Tag tinta
Você faz ideia do porque poesias são penduradas em varais?
Talvez para escorrer lágrimas de tintas e dos que escrevem.
Usando poesia de forma errada
Com pessoas não amadas
Me desprezam ou me usam
De uma forma valentia
Me usando me acalentando
Sou de conversa boa, fácil
Porém não me satisfaço
Tenho, ou melhor
Não sou obrigado a ter
Apenas bagunçar ainda mais meu ser
O seu já me basta.
Não fico orgulhoso,
Aliás,
A tempos não o sinto.
Um café e um livro barato
A ordem exata não nos importa
Não sou o dedo na sua cara
Lhe dizendo o que deva fazer
Sou o rosto e as vozes
Que te dão todo o prazer.
Prazer é o seu
O meu é dever.
Desenhar pedacinhos de amanhã.
Vamos libertar as palavras ancoradas no medo.
Criar partituras sem código, sem segredo.
E sobre seu corpo faremos poesia.
Sobre sua pele desenharemos alegria.
Vamos pintar no amanhã,
Confortos para cada hora.
Vestir-nos da força,
Que faz nascer à aurora.
Não é preciso ferir o hoje,
Com o punhal da vingança.
Agoniza-se já o agora,
E para o amanhã a esperança se aflora.
Vamos fazer flores de arvores perdidas.
Vamos gritar por cima da vida.
Vamos desnudar o nosso interior.
Vamos seguir o que nós ensinou,
O nosso Senhor
Vamos...?
Nós temos a tinta,
Nos, somos a tinta.
O nosso irmão,
É o nosso talismã.
É o papel do nosso amanhã.
Enide Santos 31/07/14
O que escrevo e o que vivi são fatos indeléveis, mas sempre com uma nova oportunidade a cada manhã... Coração de Tinta.
A vida é como um pergaminho, escrito á tinta, onde não se tem borracha ,mas se tem sempre um tinteiro, para escrever de novo e de modo diferente.
À tinta de escrever
Ao teu azul fidalgo mortifica
registrar a notícia, escrever
o bilhete, assinar a promissória
esses filhos do momento. Sonhas
mais duradouro o pergaminho
onde pudesses, arte longa em vida breve
inscrever, vitríolo o epigrama, lágrima
a elegia, bronze a epopeia.
Mas já que o duradouro de hoje nem
espera a tinta do jornal secar,
firma, azul, a tua promissória
ao minuto e adeus que agora é tudo História.
Papel e tinta...
(Nilo Ribeiro)
Papel e tinta,
base do escrever,
se o amor não "pínta",
verso o sofrer
dava um haikai,
e não uma poesia,
mas se o amor se esvai,
escrever vira ironia
papel e tinta,
já não tem serventia,
minha vontade está extinta,
não escrevo mais poesia...
Sempre escrevo com a tinta dos meus silêncios
no meu caderno de pensamentos.
Ah... É o meu melhor momento!
Agora, olhando deslumbrado para ti, tão linda e radiante, penso honestamente que ainda não descobri meu talento para a arte da pintura e talvez, infelizmente, nunca venha a descobrir, mas, se um dia, eu tiver, quero muito que venhas a ser a minha poesia inspiradora que fará esta aptidão facilmente florescer.
Até consigo imaginar-me dando vida a uma simples tela, pitando atenciosamente com aquarelas os teus detalhes airosos, usando toques amáveis de um pincel como se eu estivesse tocando carinhosamente o teu belo rosto, toda suavidade tua pele, instantes raros e maravilhosos que guardaríamos na mente.
Por meio dos meus sentimentos sinceramente profundos e de algumas tintas, usaria todo o tempo necessário para pintar-te detalhadamente com a atenção merecida e que, desta forma, o resultado ficasse o mais realista possível, uma justa representação da tua imagem, fonte inesgotável de inspiração, uma viva arte.
"Atitudes escritas a lápis podem ser apagadas."
Cuidado com o que você escreve na vida dos outros.
A tinta, mesmo apagada, deixa manchas.
As assinaturas na frente e no verso nas obras originais do artista brasileiro amazonense Manoel Santiago, geralmente são diferentes. Afinal na frente, eram feitas com pincel e tinta, que muitas vezes ainda estavam frescas e molhadas e na parte de trás no verso eram feitas com lápis ou fusain, um bastão de carvão muito usado em pintura, permitindo assim uma gestualidade do autografo mais firme.
