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Certa vez, um professor me disse que o olho que olha também é olhado. Na época, entendi isso de forma literal, mas hoje compreendo a profundidade dessa afirmação, algo que levou décadas para se revelar. Já refletiu que os olhos também são feitos de átomos? Isso nos leva a perceber que há uma subjetividade intrínseca no ato de ver e ser visto. Não é apenas uma questão física, mas também uma interação profunda entre o observador e o observado, sugerindo que a realidade é cocriada na troca de olhares e percepções.
A subjetividade de um mundo melhor reside nas diferentes esperanças que cada coração carrega, tecendo realidades únicas que, unidas, podem transformar o futuro.
Não existe narrativa correta.
O problema é a ausência da sua narrativa.
Se expresse, a subjetividade da sua verdade é única e, transforma ilusões em real justiça.
A poesia da vida se faz na subjetividade da verdade, no quão frágil são as relações o humanas e do quanto a superficialidade está em alta.
Pensar em poesia no início de 2024 é estar frente ao paradoxo da geração que faço parte, ver o mundo tal qual está e querer permanecer a mesma jovem rabugenta e antiquada nao faz muito sentido, mas o que faz ?
Hoje penso no tempo de qualidade, hoje penso na rotina, vaidade e penso de verdade.
Que 2024 venha com novas perspectivas, cheio de amor, paixão, amizades e tudo de bom que possamos imaginar.
E que venham mais perguntas, pois filosofia e poesias andam lado a lado, que a curiosidade também faça parte desse novo ciclo e que ausência de quem amamos seja ausente, só quero presenças verdadeiras e músicas boas, quero cola, resina, osso, batidas, eletros, ecos, ampolas e doações, quero está na mais fiel versão de mim mesma, de corpo e alma no que me proponho e de olhos fixos no que almejo, me permito sonhar somente com aquilo que não é prioridade, sem mais delongas, vivamos nossas próprias crônicas.
"A falta é o que nos habita e nos escapa; não é para ser preenchida, mas para nos lembrar que o desejo é infinito."
