Tag relações
Por onde passo, deixo os meus cumprimentos de chegada e despedida, ou apertos de mão. Faço isso por cortesia, acreditando que a gentileza gera gentileza, e assim surgem relações interpessoais mais amistosas.
"Muitas vezes batemos em uma mesma tecla nas nossas ações, queira ser, amorosa, trabalhista ou nas relações humanas, já parou para pensar em colocar em prática os talentos que estão dentro de você”
As relações que mantemos são os caminhos que percorremos.
Ainda que sozinhos, somos colocados numa íntima relação com nós mesmos.
Eu entendo a plenitude, considero inclusive a linearidade das sensações de uma beleza irreparável, algo que de fato não se deve contestar, mas em mim isso segue oscilante demais. Momentos de uma felicidade inegável, de uma luminosidade tocante, como a observação de gente amada reunida, por exemplo, em contrapartida fases de incessante falta de sensações, sem cor, com a palidez desaforada de um triste azulejo branco encrustado na parede de um corredor de hospital.
Não entendo a felicidade constante, não entendo essa ode ao ser feliz o tempo inteiro, quase que como obrigação. Sou cercado de esquinas onde a vida se torna intolerável e isso não se deve ao fato de um olhar pessimista, eu sei olhar ao meu redor e contar todas as minhas bênçãos. Acredito que essa rejeição expectante, que essa intolerância viva venha justamente de tudo o que nos envolve e que pérfido dolorido ou nulo.
Sentir-se infeliz, entristecer-se, passar por uma fase em que a vida se torna intolerável também faz parte da completude que é existir, é no contraste que aprendemos a reconhecer nossas graças, é na intolerância pelo que é atual, por todo o cenário desastroso em que vivemos que aprendemos a reconhecer o que abre a nossa ferida interna.
Quando a vida fica intolerável é justamente quando ela se aprofunda, quando ela invoca a reflexão, quando toca a consciência, quando aflora nossas questões internas. Quando a vida fica intolerável é justamente quando aprendemos sobre nós mesmos, quando administramos a própria solidão, quando identificamos relações debilitantes.
Felicidade é a superfície, é quando o mar perde a profundidade e termina em uma coisa bonita e mansa que chamamos de praia, felicidade é rasa, é a bolha do conforto que criamos a nossa volta, é o que não nos permite ver além da própria felicidade. Felicidade é bonita, é necessária, mas não abre brechas para grandes reflexões.
Por outro lado, o intolerável da vida é quando o mar se aprofunda, é onde o sol não bate, é quando poucos nos suportam, é na negação das profundezas que fazemos bobas entregas superficiais, é na negação do intolerável e do difícil da vida que surgem as relações por conveniência a aceitação da comodidade em detrimento do que se é, os relacionamentos por medo de estar só. É na negação do intolerável da vida que a gente cria artifícios de felicidade momentânea, que alguns se entregam a vícios e às relações descartáveis.
Em contraponto a essa negação eu aprendi a reconhecer que tudo bem se eu for um pouco triste, que faz parte eu zelar pela vida quando esta se torna intolerável, que aplacar dores particulares faz parte da beleza e da completude que é estar aqui, que repensar sobre o meu caminho é o que me leva além e que a contrapartida é uma felicidade consciente, que vem e que sempre virá quando eu souber conhecê-la, ao invés de ficar perseguindo-a com tudo que for superficial demais.
O inacabado de cada um
Comecei uma crônica dessas há alguns minutos, mas não cheguei ao fim, foram algumas linhas de frustrações e experiências que não encheram uma mísera folha, e assim tive a ideia de criar a pasta dos inacabados e foi para lá que eu mandei alguns textos que não terminei, mas que merecem um segundo olhar, para lá também seguiu uma poesia sem a primeira estrofe, quem me dera se a vida tivesse uma pasta para os inacabados.
Nela eu colocaria quase amores que sumiram sem ponto final nem reticências, deixaria as discussões que não resultaram em conclusões, depositaria um pouco das expectativas que seguem sem desfecho, colocaria na minha pasta de experiências inacabadas todos aqueles “até logo” que falamos sem marcarmos algo em definitivo, ou ainda as conversas viscerais que abrimos mão porque corríamos o risco de parecermos chatos demais no meio da roda de amigos.
Na minha pasta de inacabados teria tudo, absolutamente tudo o que merece um segundo olhar, como aquelas opiniões sisudas demais, toda e qualquer certeza que julgamos ter deveria estar numa pasta de inacabados, porque se pararmos para pensar a própria vida estaria lá dentro, quer coisa mais transitória, incompleta, cheia de incertezas e inacabada? Acho que lá teria espaço suficiente para pessoas que julgamos cedo demais e que merecem um segundo olhar, ou ainda amores que por terem sido subestimados já que não cumpriam com as nossas idealizações foram vítimas do nosso olhar apressado deixando tudo o que poderia ter sido apenas inacabado.
Que lindo seria se aprendêssemos a reconhecer, se parássemos de colocar as pessoas na forma das nossas idealizações, porque assim a gente viveria mais experiências completas e menos inacabadas por medo do que vão pensar ou do que vão dizer. Se tivéssemos coragem de armazenar coisas relevantes na pasta de inacabados pediríamos mais desculpas e julgaríamos menos, atribuiríamos, ainda que em longo prazo, um desfecho para tudo o que poderia ter sido, mas não foi.
É por conta disso que aprendi a desconfiar das pessoas certas demais, não das seguras, mas das muito certas sobre tudo, pois se pararmos para pensar certeza mesmo não há nenhuma. Então tudo bem que eu não termine minha crônica, que a poesia fique sem a primeira estrofe e sem sentido, a vida também é assim a gente é que fica buscando sentido em tudo e tendemos a atribuir a ela os sentidos que melhor nos cabem, até mesmo como autoproteção.
No final a própria existência é a nossa pasta de inacabados e dá para voltar atrás, se arrepender, mudar de ideia, resgatar relações e romper com idealizações, porque não há caminho certo, nem portinha da felicidade, muito menos o mapa da mina e se não há mapas pouco importa o caminho, o que importa é manter-se em movimento e perdoar tudo o que ficou por acabar.
Sobre amar
Amar deveria ser um acontecimento natural que nos torna melhores, pois passamos a acontecer mais intensos a partir do outro; você cuida de mim e isso é bom, mas eu te amo por tudo o que somos quando estamos juntos. Você me faz rir e isso me entorpece, mas eu te amo por todos os sorrisos que você permite que eu arranque de você. Você me resgatou de uma solidão desastrosa, mas eu te amo porque você escolheu ficar mesmo tendo infinitas possibilidades de ir.
A falta de diálogo é um mal que deteriora o convívio humano, gerando desentendimentos, conflitos e esfriamento das relações.
Uma pessoa pode ter sido uma idiota pra você.
E você pode ter sido uma idiota pra uma pessoa.
Mas isso não significa de que a pessoa será idiota pra todo mundo, nem que você será também!
Quando conhecemos uma nova pessoa temos sempre a CHANCE de sermos uma pessoa melhor e conhecer também o melhor da outra pessoa (seja amigo, parente, parceiro... )
A cada pessoa que conhecemos temos toda essa CHANCE de melhorar!
Até um dia realmente sermos quem gostaríamos de ser.
Ai depois de tanto tempo, aquela pessoa ou outras podem te falar: "Como você está diferente".
E com certeza estarão, ambos! Todos!
Tudo vai depender das CHANCES que você aproveitou!
SOBRE CONSTRUIR RELACIONAMENTOS
Se você Investe boa parte de seu tempo para construir grandes relacionamentos, você certamente está se tornando uma pessoa cada dia mais rica. Quando falo de riqueza não falo só de dinheiro, pode ser também, mas não apenas isso, você com certeza tem aumentado seus ganhos em conhecimento, amizades, negócios, experiências de vida, ampliado sua visão e sua ideias.
O ponto importante é doar-se, contribuir, pois certamente a medida que está disposto(a) a contribuir, verá também o quanto ira receber de contribuição, carinho e respeito.
SOBRE CONSTRUIR RELACIONAMENTOS
Se você Investe boa parte de seu tempo para construir grandes relacionamentos, você certamente está se tornando uma pessoa cada dia mais rica. Quando falo de riqueza não falo só de dinheiro, pode ser também, mas não apenas isso, você com certeza tem aumentado seus ganhos em conhecimento, amizades, negócios, experiências de vida, ampliado sua visão e sua ideias.
O ponto importante é doar-se, contribuir, pois certamente a medida que está disposto(a) a contribuir, verá também o quanto ira receber de contribuição, carinho e respeito.
Siga em frente mesmo que devagar, siga em frente, se pode acelerar, acelere, se não, continue em frente devagar, mas não pare, nunca.
Se há doutrina insensata e antissocial, é o ego que ostenta sem sustentar a alma!
Seguramente, o que rompe os verdadeiros laços de solidariedade e fraternidade, em que se fundam as relações sociais.
Egos inflamados e mentes febris são o desequilíbrio espiritual do mundo!
"A sabedoria está também em reconhecer o indivíduo e estabelecer em todas as relações, níveis de proximidade, para aprender a amar o outro independente das suas imperfeições e das nossas expectivas".
Olhamos muito para os outros, enxergamos a falsidade nas relações alheias. Mas a vida com o tempo nos ensina que apunhalamos quem mais nos ama, e que aqueles que mais amamos vivem nos apunhalando.
- Que frio!
- Lá fora?
- Aí dentro.
- De casa???
- Na morada do seu peito.
- Me aquece?
- Me esquece!!! Já te cobri, enquanto você... sempre me descobre.
* (des)cobertas
O pecado que a igreja condena tem no céu: A satisfação dos sentidos, prazer. E o pecado que o Céu condena tem na igreja: As relações sexuais, ambição! Mas, é o inferno terráqueo que nos ensina o "jeitinho brasileiro".
Acho que estamos ficando especialistas em contatos superficiais, sabe?
Nada de coisas muito profundas...nada que gaste muito tempo...afinal, estamos sempre com pressa, pois estamos indo, indo, indo...pra onde mesmo?
A lógica da pressa tem permeado nossas relações, em um patamar absolutamente preocupante.
Parece que estar apressado virou um item de moda...e assim como um pretinho básico, cai bem em todas as estações.
Os comerciais dizem que não temos tempo pra sentir dor, a novela mostra pessoas apressadas, ricas e sorridentes, os carros correm como se estivessem numa corrida sem fim...as crianças não sabem mais esperar, querem tudo agora e querem tudo rápido e os pais também apressados em continuar “compartilhando” a vida nas redes sociais, sedem logo aos seus pedidos, afinal...ninguém pode com essas crianças de hoje, não é?
Desculpa, mas acho que tem alguma coisa muito errada com a gente...muito mesmo.
Creio que não estamos percebendo que a lógica da pressa está levando partes das nossas essências...estamos perdendo habilidade de fazer contato olho no olho, abraçar e ser abraçado, ouvir com atenção, falar o que sentimos, calar quando for preciso.
Conversar bobagens virou assunto proibido, ficar de bobeira virou perda de tempo.
Onde você pensa que vai chegar assim?
Vale lembrar que também não há tempo pra isso de tristeza... posta uma indireta em quem te deixou assim que tá ótimo, nada de entrar em contato e tentar resolver, isso é coisa do passado.
O que percebo é que a lógica da pressa encontrou nas redes sociais um casamento perfeito, nos mantém na ilusão de que ainda somos seres sociais, que interagimos e compartilhamos a vida, e até fazemos isso...mas cada vez mais superficialmente.
E pra piorar, somos cobrados o tempo todo pela resposta rápida...afinal, por que você passou um dia offline mesmo?? Que absurdo!! Em que mundo uma pessoa vive sem olhar o whatzap? Em que mundo vive alguém que não posta a vida inteira no Instagran? Como assim você não leu a conversa toda do grupo??
É quase uma “obrigação moderna”.
E sinceramente, não creio que o erro está nas redes, nem nos relógios, mas na dose...Viramos vítimas da pressa e estamos esquecendo da nossa obrigação conosco, a de dar alma aos nossos dias, de viver o momento até ele findar, saboreando cada segundo.
Eu me sinto como Padre Fábio falou em uma de suas postagens sobre pressa...estou fazendo pirraça, finjo que vou, mas não vou...rsrs. Sinto que eu ainda gosto de dar alma ao meu corpo, mesmo quando “a vida não para”.
Dani Oliveira
Se você é contra as relações casuais, mas só recebe carinho, amor e atenção em datas comemorativas, talvez precise repensar sua opinião acerca das relações casuais. Ou repensar sua relação.
Se você é um alguém interessado, interessante, que se esforça nas suas relações em todos os sentidos. Alguém inteligente, respeitador e etc. Por que achas que merece qualquer coisa menos que isso numa outra pessoa? Queira alguém que pontue suas qualidades, e não alguém que subtraia.
A experiência do livre arbítrio
A ambivalência está em todos as relações para quem ainda não se curou e não respeita o livre arbítrio. Essa história de Deus e o Diabo na terra do SOL faz sentido. Tudo está dentro de nós. Se desejamos viver o drama, que vivamos. Se desejamos viver a plenitude, que vivamos. Temos chances de evoluir na medida que descobrimos que o que nos incomoda no outro é o que precisamos curar em nós. Quando acessamos essa chave iremos buscar apenas a satisfação. O equilíbrio. Seja por meio da alegria ou do sofrimento. Tudo é a forma como olhamos para o externo e o interno. E tudo reside na busca de encontrarmos nosso ponto de equilíbrio. Sat Nam - pelo respeito nas relações.
A rotina fermenta o açúcar das relações. E transforma iniciativa em apatia, companheirismo em desprezo, generosidade em mesquinhez.
