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OS MEUS QUASE 30...
Estava pesquisando no google algum texto que falasse sobre os quase 30... Por fim, resolvi fazer o meu, com algumas das minhas resoluções.
Hoje completo 29 anos!
Meu espírito não acompanha muito bem o meu corpo, no físico eu sinto a diferença, mas por dentro me sinto jovem e inexperiente. Isso porque não passa um dia sem que eu aprenda algo novo, ás vezes aquelas coisas simples que você se pergunta, como nunca pensei ou não me dei conta disso?!?! Na maioria das situações e aprendizados percebo o quanto a gente se ilude ou se engana, a verdade das coisas está tão visível, na cara da gente! A vida mostra, a mente sabe, e o coração e espírito sentem. No fundo a gente sabe o caminho certo a seguir, mas tem medo de mudar e preguiça de se esforçar.
Hoje percebo que não vale a pena a preguiça e o comodismo, isso porque o tempo passa muito rápido, cada vez mais e mais, e aí você percebe que o mais valioso tesouro é o próprio tempo!!!! E agora?!??!? Vamos atrás! Vamos resolver e fazer tudo que se tem vontade e sonha realizar!
Dizem que depois dos 30 a pessoa se transforma, eu acredito que seja pela falta de tempo, e por descobrir quantas coisas ainda quer e tem pra fazer, bom, na minha experiência é isso.
Vivo em guerra constante com o comodismo e tudo que anseio, porém feliz e satisfeita com tudo que vivi aprendi e sou, sei que do meu jeito e no meu ritmo estou no caminho certo!
Hoje sei tudo que tenho que mudar e a responsabilidade de concretizar essas mudanças, porém não tenho medo!
Confio mais em mim, me conheço muito melhor!
Penso também, em quanta gente passou pela minha vida, quantas se foram, e como já sofri por isso, hoje porém, sou a mais desapegada. Entendo que cada pessoa passa ou fica, mas sempre deixa o que era necessário, assim como ela fica com um pouco de você também, entendo que não tem forma mais prática de aprender do que com relacionamentos, isso de forma geral... Já os amorosos, esses nos ensinam muito de nós mesmos, e tudo é válido, cada pessoa é importante, da forma que foi, que é, e assim vai.
Pois é... Eu sou muito grata pelas pessoas que passaram, e por tudo que me deixaram de bom e de aprendizado. Mais e mais grata pelas que ficaram, isso é uma coisa que se aprende bem com quase 30... Escolher os amigos certos, e se dar o direito de selecionar com quem se quer ou não conviver... Minha vida mudou para melhor quando aprendi que importante não são muitos amigos, e sim amigos muito bons em todos os sentidos, inclusive, reciprocidade existe e é linda de viver!
Teria muitas coisas para contar, mas o sentimento hoje é de gratidão! Por tudo, e todos... No fim das contas, o mais importante são as pessoas especiais que se tem por perto, a família que é um privilegio em especial pra mim, a minha é linda e maravilhosa! Importante é o conhecimento, a percepção da mudança, a coragem de mudar, o confiar em si e no que se sente, é não ter medo de dizer um não e conseguir ao menos um pouco, ser livre no que se quer fazer. Apesar de todas as interferências e condicionamentos desse mundo, a gente tem a nossa essência pura e cheia de inteligência, de lá que vem as vontades mais íntimas e verdadeiras do nosso ser!
Inclusive, hoje essa é a minha maior ambição, me encontrar, me achar, no meu eu mais íntimo, no meu interior mais profundo... Sei que é de lá que vem as respostas, todas!
Enfim, viver é muito bom, amadurecer também, e se reinventar é necessário!
Vamos que vamos, ainda tem muita coisa pela frente, e no momento, o maior conselho que posso e quero deixar, é aproveite o tempo, viva ele da melhor forma possível, do seu jeito, e com quem você gosta de ter por perto!
É isso por hoje!!!
NATAL...
Fraternidade... Solidariedade...
Mas... Só no Natal?
Ósculos e amplexos,
Marcial
ESTAMOS (QUASE) NO NATAL
MARCIAL SALAVERRY
Nesta época do ano, penso de maneira diferente do que a grande maioria das pessoas, que muito falam em espírito de solidariedade, sempre pensando nos outros, procurando ajudar, falando em doar cestas de Natal, e distribuir presentes. Mas fica uma pergunta pendente, e que exige uma resposta... E no resto do ano? Não é preciso que pensemos em ajudar os necessitados? É só no Natal? Possivelmente os velhinhos nos asilos, as crianças nos orfanatos, os doentes nos hospitais tenham mais necessidade de ajuda e de carinho no restante do ano, do que só agora.
E as reuniões de família? É só no Natal? Os pais, por acaso, não sentem saudades dos filhos ausentes no restante do ano? Vejam bem, crianças, não estou condenando o Espírito Natalino, muito pelo contrário, acho muito louvável e muito lindo que exista essa corrente de solidariedade existente no ar. Todos se preocupando com todos. Só quero dizer que essa mesma corrente deveria continuar pelo restante do ano. Aqueles que tem condições, devem manter o mesmo espírito solidário por mais 11 meses. Vamos nos dar as mãos durante o restante do ano também. E não falo só da ajuda material. A ajuda espiritual é talvez, mais importante ainda. É muito bom saber que você tem alguém em quem possa confiar, nem que seja para um desabafo, mas durante todo tempo, e não só agora.
Outra coisa que vejo muito, é a necessidade que muita gente sente em comprar presentes para todos. Penso de uma maneira muito peculiar nesse sentido. Dou muito mais valor a um abraço sincero, a um telefonema, a uma carta, a um e-mail, a uma mensagem de "zapzap" (agora somos modernos), do que a um presente caro, ainda mais se levarmos em conta que é muito difícil acertar-se o gosto exato de alguém, e assim, quantos presentes comprados, às vezes com algum sacrifício, chegam a ficar esquecidos num fundo de gaveta qualquer, por não ser do gosto de quem recebe. Todavia, um abraço sincero, um beijo sincero, um simples cartão bem bolado, marcam muito mais, pois é algo pessoal, é algo que quem recebe sabe e sente que recebe de coração, e não como decoração.
Meus amores, quem não estiver de acordo comigo, não se chateie com o que disse, e não perca seu jeito de ser. Todos têm o direito de pensar e agir como preferir. Isso, aliás, se chama livre arbítrio. Só exprimi minha opinião, e não tenham dúvidas de que também pelos 364 dias outros do ano, estarei sempre de braços e coração abertos para bater este nosso papinho diário. Para quem vai viajar neste fim de ano, já deixo aqui meus desejos mais sinceros de um MUITO FELIZ NATAL, e que todos os outros dias do ano sejam igualmente felizes, bem como todo o ano que vai entrar.
E que neste Natal você alcance tudo aquilo que desejar, e que o próximo ano, seja bem melhor do que este que está terminando.
Simplesmente, UM LINDO DIA, extensivo aos 364 demais dias, é o meu desejo, de coração...
Quando a saudade está quase indo embora, a lembrança grita chamando-a, e convidando-a a ficar mais um pouco.
Não tenho medo da cumplicidade dos que fazem o bem. Para muitos, ser bom nos dias de hoje, é um pecado quase que mortal.
Os muros são como as pontes, a diferença está no fato de que os paredões são construídos na vertical e as pontes na horizontal. Olhe para as árvores, foram os primeiros muros a surgir mas podem ser derrubadas para se fazer pontes. Mas isto é subverter a ordem natural, porque é a natureza que diz quando basta. precisamos de mais muros destruídos que árvores caídas.
O fim do meu quase (S.S)
O luto é uma coisa intrigante: ao mesmo tempo que a gente sente e sofre, com o passar dos dias ele também descama os nossos olhos, permitindo que a dor se dilua em lembranças.
Você já teve que sepultar alguém vivo? É uma dor que se prolonga, latejando no peito, pulsando em compasso fúnebre.
Você quer esquecer, mas a pessoa está a poucos segundos de uma ligação, a um botão de "enviar" no WhatsApp, e às vezes, a poucos metros de distância... E você tem que lutar contra a vontade de falar, o desejo de correr para os braços, o desespero de querer estar perto... É como se o tempo se arrastasse em câmera lenta, enquanto a saudade tece uma teia invisível ao seu redor.
Eu ainda guardava a caixa do "nosso 1º mês". A lembrança triste daquele jantar à luz de velas, flores e balões da minha explosão de amor por ter encontrado a minha versão idealizada de felicidade, que nunca se concretizou. Um castelo de areia que desmoronou com a primeira onda da realidade.
Agora estou aqui, diante das poucas lembranças que me restam, pondo fim a tudo o que não vivemos, um futuro que se esvaiu, como areia entre os dedos.
Eu fui apenas uma frase na tua vida, e ainda assim enchi meus pensamentos com imensas bibliotecas sobre você, sobre nós: as viagens que não fizemos, os roteiros rabiscados em mapas que agora amargam poeira. Idealizei nossas sextas-feiras cozinhando juntos, o aroma do molho de tomate caseiro impregnando a cozinha, as risadas soltas enquanto debatíamos sobre a vida. O gosto do vinho em noites frias, em dias quentes, o vinho de dia qualquer... as conversas na varanda de casa, nossas cadeiras na areia da praia vendo o sol se despedir no horizonte, as discussões acaloradas sobre nossas diferenças, que seriam pequenas desde que estivéssemos juntos. Os domingos preguiçosos, o café da manhã na cama, o cheiro de café fresco invadindo a casa... as visitas na casa da sogra, o bolo quentinho, o sorriso acolhedor... o almoço em família com aquele barulho de felicidade ensurdecedor, os cafés com amigos, as gargalhadas... A felicidade comum, aquela que se encontra nas pequenas coisas, na rotina extraordinária do dia a dia...
Agora tudo se resume a cinzas, literalmente. Difícil fazer morrer o que ainda está vivo, pulsante e palpável... é como arrancar um órgão do corpo sem anestesia.
O que fazer com tantos planos? O que fazer com tantas promessas? O que fazer com a nossa música, que tocava especialmente pra nós sem que precisássemos pedir, que embalava nossos sonhos e agora soa como um réquiem...
Uma vez o poeta perguntou se "se morre de amor"? Eu não conheço ninguém que tenha morrido de amor. Eu queria viver de amor. Ironicamente não morri de amor, mas estou tendo que matá-lo. E isso dói. Dói fisicamente. Aperta o peito, a alma chora, a sensação de morte é terrível. A dor nos mostra o quanto amamos. É a prova de que o amor existiu, mesmo que breve e incompleto.
O nosso "quase" ainda vai me assombrar por um tempo... Como um fantasma que habita os cantos da casa, sussurrando lembranças e reacendendo a chama da saudade.
Eu ainda acordo com coisas pra te contar. Como agora. Hoje eu decidi pôr fim a ideia que eu tinha de você. Queimei tudo o que me lembrava você, e com o coração ainda sangrando de tanto amor, joguei as cinzas no mar... e com os olhos cheios de lágrimas eu te disse adeus...
Mas ainda dói. E eu sei que ainda vai doer por um tempo, até que um dia o som de ouvir o teu nome me faça sentir nada... Apenas uma brisa suave, um murmúrio distante, uma lembrança adormecida.
Lília Raquel Farias Nunes
16/02/2025
