Tag pressa
A pressa passou, agora o "lance" é esperar, esperar o que vale, ver o quão evolui e o que ganhei esperando.
Há muitas coisas que podemos fazer durante um momento de desânimo. Mas apenas uma é eficaz de fato; Aprender!
DE ÚLTIMA HORA
Quando percebi
Que a ausência do nosso olhar
Tornaria sonho realizado da distância,
Tomo as rédeas
necessárias para virar uma ilusão
Convido- te de ultima hora,
Para sair a brisa do vento
A respirar cheiro de relva
e assistiremos após,
Um espetáculo inédito
Chamado "Nossa História"
Tudo...
De última hora.
CAIXINHA VERMELHA
Sinto que deverás preencher um vazio que possuo nesta caixinha vermelha
Que trago no bolso esquerdo.
Sinto que eu posso estar te fazendo feliz
ao te dar um futuro
embalado na caixinha vermelha
The Silence
O que faço eu?
Quanto para eles
O meu silêncio é perturbador
e o meu falar é devastador?
PRESSA
Ela tinha pressa.
Pressa de amar,
pressa de ser amada
Aí um dia ela descobriu
Que ela não passava de uma pressa...
Sem exigências...
sem exigências,
apenas o possível,
sem ilusões,
mesmo que no todo irrealizável,
melhor assim,
ter alguém ao lado,
essência plena,
aquietando,
há que esperar,
a pressa não faz o coração mais leve...
Hoje não mais me permito ter pressas,meu coração já se preencheu de certezas que junto da razão aceleram sem sua direção...
Tempo
Ansiedade moderna: O pressurosismo
'Depois', para quem sofre de ansiedade, não é menos que um instrumento de tortura.
'Sobrecarga', para quem sofre de ansiedade, não é mais que uma consequência recorrente do querer e do fazer imediato, do "tudo agora".
'Angústia', para quem sofre de ansiedade, não é senão o efeito da consciência do tempo corrido em vista do que ainda não foi realizado, da decepção corrente ou mesmo da perca definitiva/temporária da esperança.
Luzes vermelhas se afastam
E luzes amarelas se aproximam
São brancas ou amarelas?
Nem sei ao certo mais
Graças a esse frenesi
De conter a si mesmo, incapaz
E pestanejo, de súbito
Em sono profundo imergindo
Perdido em um deserto (quão lindo!)
Onde a areia é cinza e compacta
Um deserto de luzes e muita fumaça
Tudo é quadrado, tudo é medido
E ainda assim não há harmonia
Tudo é nocivo aos meus sentidos
Um mundo retorna, outrora ia
Aonde ia, se agora volta?
E amanhã novamente irão
Em busca do quê, pelo bem de quem?
Como gado, assim, anda essa multidão
Os cérebros de cada são agora um para todos
Rememos, pr'onde o voga ditar a chegada
Se é que chegada há
Se não enlouquecermos durante a empreitada
Me recuso, entretanto, a mover passivamente
Um remo longo, pesado e egoísta
Que vale mais que a própria gente
Pobres zumbis, sem alma e intelecto
Platão, tire-os da caverna
Creio eu que para a vida eterna
Eu possa ainda espera-los aqui em cima
Há pressa pra vir
Eu deixei pra lá as coisas que tinha pra fazer... Sim, não me interessava mais a papelada sobre a mesa do escritório, nem tampouco o que o chefe iria pensar da minha saída repentina minutos antes de encerrar o expediente. Eu sou mesmo um canalha. Passei dois sinais vermelhos, subi na calçada da igreja com o carro só pra cortar caminho - fui perdoado de imediato (Deus sabe melhor que ninguém como é o amor) - , abusei da velocidade entre os carros. É inevitável não calcular quanto tempo se vai poder ficar perto da outra pessoa. É típico de quem se dedica estudando pra uma prova durante a madrugada e pensa ao deitar: "tenho duas horas pra dormir antes da prova". Eu deixei pra lá o estudo, o descanso, o sofá e a rede (social). Deixei pra lá o desejo de comer, de tomar um banho e me ver antes de te ver, deixei pra lá meus medos e meu costume tosco de pensar sempre que nada vai dar certo. Deixei tudo pra lá, o que trouxe até aqui foi o que sobrou de mim. Não temas nem pense que sou migalhas ou o resto. O que me sobra é muito e todo teu.
Tenho pressa, tenho pressa de quem tem fome, fome por algo que ainda não sei, mas que me dá um vazio oco desses que ecoam na alma.