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Existe um certo tipo de ignorância que beneficia, os pobres, em favor do reino dos Céus, que podemos as vezes chamar de graça.
Criar supermercados, postos de gasolina, armazens e lojas que benefíciam os pobres, também é justiça.
Quanto mais pobre, suja e faminta é uma população miserável de uma cultura mais luxuoso, rico e monumental é seu Deus e os templos sagrados de adoração.
São sempre muito ricos os humildes, os bondosos e generosos. Alguns ganham muito dinheiro mas com espirito mesquinho, movimentos soberbos e infelizes pois continuaram sempre pobres. Eles pensam que com dinheiro saíram da pobreza mas a pobreza não saiu, deles.
Falando sobre vendas, acredito que nunca se deva vender para os muito pobres e também nunca para os muito ricos. Os muito pobres não vão ter o valor total para lhe pagar, de forma fácil e os muito ricos vão ter o valor para pagar mil vezes mas vão desmerecer o produto que oferece e esteja vendendo. Sendo assim, os melhores compradores são os da classe media, que vivem de seus trabalhos e não querem e não podem se sujar, são pontuais com os compromissos e na maioria das vezes acabam se tornando amigos.
O pobre não quer mais viver na miséria contida, quer melhorar de vida e é consumista e capitalista. Enquanto isto, nunca vi um socialista, comunista e de esquerda, pobre. Todos são muito ricos e vivem nababescamente as custas dos miseráveis que ainda acreditam em conto de fadas da justiça social.
A EMPATIA ENFERMA.
Há quem diga que alguns seres se comprazem em cultivar a estima da pobreza, como se nela repousasse um símbolo de virtude ou redenção. Tais observações, lançadas com a frieza das conveniências humanas, soam muitas vezes como sentenças ditas sem alma e, quando atingem o ouvido de quem sente, doem profundamente.
A dor que nasce desse julgamento não é apenas pessoal: é o reflexo da incompreensão coletiva diante das almas que sofrem em silêncio. Enquanto uns observam de longe, outros carregam, nos ombros invisíveis, o peso de mundos interiores dores que não se exibem, mas que educam.
É então que se faz clara a urgência de criarmos núcleos de esclarecimento, não sobre a miséria material, mas sobre o amor ignorado. Esse amor que ainda não aprendeu a ver o outro sem medir-lhe o valor; que não sabe servir sem exigir aplausos; que ainda confunde compaixão com piedade.
Cultuar o amor ignorado é erguer templos de consciência onde antes havia indiferença. É ensinar o coração a compreender antes de julgar, a servir antes de censurar. É abrir, no deserto moral da humanidade, o oásis do entendimento.
Porque o verdadeiro amor aquele que transcende a forma e a posse não necessita de palmas, nem de discursos. Ele apenas é, e em sendo, ilumina.
E talvez seja essa a maior riqueza que possamos distribuir: a de transformar o sofrimento em escola, a crítica em semente, e o silêncio em voz do bem.
