Tag penumbra
PENUMBRA
No brilho da sua vaidade
Tudo vai ficando opaco
Ao que muito se deslumbra
Quase beira à insanidade
Em Narciso o seu retrato
Qualquer luz vira penumbra.
Esclarece antes de escurecer
Sabe aquela sensação de andar num lugar escuro depois de um certo tempo se habituando à ele? É como se já soubesse onde estão os móveis, os obstáculos e conseguisse desviá-los. É como se você criasse, ainda que por um instante o poder de enxergar o oculto. Pois é, aos poucos saberás que sou assim... Você vai se assustar no princípio. Sim, vai querer se cobrir da cabeça a ponta dos pés, como se estivesse a se proteger daquele monstro que sempre imaginamos que foi morar embaixo da cama depois da luz ser apagada. Depois vai se acostumar a ausência de nitidez e criar a sensação que pode ver além dos três passos da cama até a porta. Pudera, o escuro, assim como a noite, esclarece o que o dia e a claridade escondem. O bom de sensações é que elas geralmente duram pouco, um piscar de olhos em alguns casos. Você vai pestanejar e notar que o breu volta a ser o mais visível, que nada é tudo que saberás e o pouco às vezes é mais que desejado e suficiente. Intuitivamente certas coisas se esclarecem e subitamente outras desaparecem.
Um recorte aqui, um decote lá, uma saia curta na penumbra. Quanta imaginação, garotos! Um lance fenomenal , uma morena estonteante do além! Um verdadeiro harém de loiras e morenas,que faíscava nossos sonhos. O puro combinado com o escuro.Era um mix de sensações agradáveis, quase palpáveis. E naqueles corredores imensos, era um entre e sai de saias nas salas. E por lá permaneceram nossas primeiras imagens desta Paraíso chamado mulher!
Minha força flui quando a pálida lua emergi no céu sombrio; não tenho medo nem da penumbra e nem dos seres que se esgueiram nas sombras, pois eu também sou um deles.
Há dias em que o amanhecer traz consigo a penumbra de uma noite escura e a realidade que persegue o coração....
No escuro da minha alma
No silêncio do quarto e no escuro de minha alma;
Procuro por ti minha luz, companhia que me acalma,
O subterfúgio do silêncio é a procura da depressão, ligo o rádio ouço uma canção
Sempre a espera de um pensamento novo um verso, com o papel e a escrita nas mãos...
A canção bem interpretada o cantor vai cantando,
Os meus versos perdidos no nada vão... E eu escrevendo vou rimando;
Não existem alegrias nem contentamentos nas palavras,
Sinto o peso da tristeza, solidão tomou conta e esta não se cala!
Tento me fazer de feliz, esta tudo bem... Que nada;
Esta tudo tão aparente, ao olhar-me no espelho vejo, é a tristeza estampada na cara!
Tenho pena da tristeza e da solidão, pois, são passageiras;
O silêncio não, este tem a sua beleza, é no silêncio que eu vejo as maravilhas da natureza...
Mas, aqui neste quarto trancado é um tremendo infortúnio;
Queria tê-la ao meu lado, você e eu... Nós dois contra o mundo!
Eu não fico triste pela solidão, ela não tem sido mau comigo,
Fico triste com quem diz; amor, jura amar e depois diz; somente amigos...
Sentimentos de amor e paixão a primeira vista;
Canalhice de quem diz, para mim não existe, isso é uma pura mentira,
Eu acredito que o amor e a paixão duram para sempre, bagunçastes a minha vida,
E o teu engano foi quem fez dos meus versos esta eterna despedida...
Por: Igor Barros
Penumbra...
nada é inteiro por inteiro
tudo é tão sorrateiro...
insinuação...
sutil sutilmente mente
esconde nas sombras
as meias verdades...
não revela toda a falsidade
loucura... insanidade...
demente...
só pela metade é gente.
” Não deixe os seus olhos fulgurarem da verdadeira luz;...JESUS,....e empoleira-se nos braços de uma penumbra ambiente.”
Incertezas...
de onde vim?
pra aonde vou?
por que estou onde estou?
Incerteza... falta de conhecimento a priori da minha situação...
Que confusão!
Qual será meu próximo passo?
Alguma coisa será resolvida?
As coisas apenas continuarão?
Enfim, como é feita a vida?
A certeza me fascina,
me alucina, me deslumbra,
me encante e me seduz
nada na penumbra...
tudo na luz.
A penumbra da noite diminui a visão
Mas enaltece o romantismo
Sentado à mesa
O casal à meia-luz
Se curtem e se fascinam
Por meio de palavras persuasivas
Arranca suspiros do seu par
À noite nem parece está à meia - luz
Porque a chama do amor
Ilumina o ar de escuridão
E os gestos simples e calientes
Surgem com a cumplicidade
Cumplicidade do amor "Eros"
Que irradia e incendeia o relacionamento
O vulcão entra em erupção
E as carícias se materializam
Como se fosse um jogo
Aonde não há perdedores
Pois são mútuas e recheadas de carinho
Os afetos são uma realidade real
Não é cinema e nem prosa
E muito menos carnaval
É a explosão do proibido amor
A dilatação da gestação
Dura apenas nove meses
O clímax chega
Perde-se a razão
No claro ou no escuro
Não há lugar ideal
Para extravasar a paixão
Simplesmente viva o amor
E ouça a voz do coração.
"A consciência é como uma luz que acendemos na penumbra,
só percebemos que estava escuro depois que estamos no claro"
Oh, morte! Leva me contigo para o vazio. Aonde meu ser esvaía-se completamente na penumbra da noite eterna.
“Toda ação insistentemente praticada à exaustão na penumbra, um dia involuntariamente será cometida sob a luz do sol e desnudará o real caráter do seu agente.”
Quando as pálpebras cansarem e a penumbra chegar, lembre-se é apenas um tempo necessário e, logo o sol nascerá.!
Sob o esmaecer das luzes diárias, entre o declínio do sol e um pouco antes da ascensão do luar e de total escuridão, ali está ela, linda, admirável e surpreendente penumbra, a qual meu “lado sombrio” contempla e admira, uma espécie de retorno a mim mesmo, como diria Carl Gustav Jung (1875-1961) talvez ao que foi negado, reprimido ou ainda permanece desconhecido. Instintos que insisto em controlar. Um esconderijo, que mesmo reprimido ele volta a se manifestar.
Longe de mim usar desse momento que tanto me fascina para uma total depressão, mas com total respeito e amor por cada parte que aqui dentro se criou.