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Eu queria que o tempo voltasse, mas como isso é impossível, só quero que ele passe logo.

Quando os sonhos trazem momentos nostálgicos que se transfiguram em um aperto no peito, passando do inconsciente para a memória, isso se chama saudade.

Suspirei, afinal, meu momento era nostalgia.
Odiava aquela aflição.
Já era madrugada e não consegui dormir. Naquela noite eu senti o abraço da saudade. E chorei."

"Querido diário, faz tempo que não te conto, mas a verdade é que não tenho o que contar.
De repente o tempo para e tudo é só nostalgia."

Transição


E nos bosques de minha alma


Se esconde o tempo


Onde um dia eu fui feliz


Em que não havia marcas


Não havia cicatriz





Eu era inteira e segura


Não temia a solidão


Que hoje me tem como prisioneira


Sem carinho e sem razão





Oh alma sofrida venha aqui


Me dê sua mão


Não deixe a nostalgia roubar seu brilho


Tirar sua fé e ferir seu coração





O passado é só história


Que mora apenas na memória


Cuide então do seu presente


não deixe que ele passe em vão


Ele é sua semente que irá colher alí na frente


Olhe adiante , pise no chão





E quando o “ontem” na porta do “hoje” bater


Seja firme não se deixe amolecer


Diga Adeus e agradeça pelo que te fez crescer


Mas não se envolva, feche a porta e se abra para um novo amanhecer.

Dias de dezembro...

Chega dezembro
Com sua crueldade invade os corações
Traz a saudade daqueles que queríamos perto
Relembra o pesar das vivências mal decididas
Evoca a angústia de vermos um ano se acabar sem as realizações tão sonhadas, brotadas à mesma época do ano que passou...
Sei que este é ideal inverso, que a magia envolve esses dias de amor...
disso não duvido
Apenas não ignore minha lamúria, pois ela também é real.
Vivê-la é o que tenho de concreto aqui, agora
Transformá-la em perspectivas otimistas é meu plano para os próximos instantes
E que ninguém julgue tal surto contraditório
Pois o consolo muito breve virá:
A esperança cuidará de convencer-me que a vida é esplendorosa
Que ela recomeça a cada dia, mesmo que seja um dia de dezembro.

Lembranças do passado é como rodar disco de vinil na vitrola, às vezes a agulha arranha de rodar sempre na mesma faixa...

O ⁠teu vazio mora aqui do lado.
Na cama vazia.
No guarda roupa sem suas camisas
No sofá da sala.
O teu vazio mora aqui, dentro de mim.
Na falta de colo, 
De afago,  
De presença.
Indeléveis vazios que estão a me consumir.

⁠No Limiar dos Dias
Aprendemos que a vida não é um carnaval contínuo.  
Há horas em que o corpo se ergue como trincheira,  
as pernas inquietas tecem labirintos sem chão,  
e os pensamentos, cavalos desgovernados,  
rasgam a madrugada com cascadas de talvez.  
Então, o mundo se cinde:  
de um lado, o véu da fantasia,  
onde os desejos são sussurros em chamas, do outro, o chão da realidade, cujas raízes sangram números, horas, cicatrizes.  
A conta chega não em moedas, mas em peso.  
E se você não se posiciona, o tempo se pociona por você, assim como rio que não retrocede, esculpe suas margens em seu lugar.  
Não há escapatória:  
é preciso largar a pedra que carrega, aquela que entala o peito e finge ser abrigo,  
e seguir com o rio, entregar-se à correnteza que arrasta  
até o mar, onde o sal dissolve certezas e o infinito é um útero de recomeços.  
Pois só quem solta o lastro do controle descobre que navegar  
é também ser navegado pela força que move planetas e ciclos: a arte sagrada de fluir.

Sutil, como asa de borboleta, uma lembrança pousou no meu sorriso.

Por vezes estou tão cansada, não é o corpo, porque, do cansaço do corpo dou conta com uma boa noite de sono. Tenho a alma cansada!
Nessas alturas apetecia-me correr campo fora, de encontro ao vento, pegar num punhado de terra e lambuzar a alma, mas... tinha que ser num dia de outono: num daqueles dias em que a chuva miudinha fustiga o coração com a suavidade de uma lágrima fugidia.
E dou por mim a pensar: a minha doidice tem calos nas mãos e o coração suspira pela planície, por isso mesmo:
Não me encaixo num tempo de encaixes passageiros!

Tem coisas na vida que as cores nunca vão conhecer ,e os poetas sempre vão apreciar, dias de luto , rascunhos de poesia , e tempos de nostalgia

Foi só um toque sutil, mas com força suficiente para adentrar as frestas do tempo e se deitar na eternidade.

ARTIFICIAL

Nesse mundo tão vazio de toques na pele
Cheio de toques na tela
Olhares rasos
Conversas secas
Onde não há mais lugar para cartas escritas a mão
Nem se conhece o cheiro do amigo

Nesse mundo sem conversas na calçada
Onde não se olha mais o céu
Não se conta mais estrelas
E os pirilampos são apenas recordações

Temo que a primavera nos dê flores de plástico.

E a saudade mais complexa, talvez injusta e difícil de entender ou de se lidar é aquela que sinto por uma pessoa que nunca pude conhecer. É a falta que me traz um sorriso de uma face rubra jamais tocada, de um olhar doce tampouco aguçado, de um abraço sincero sequer sentido nos aconchegos dos meus sonhos. É o vazio que foge de interpretações racionais e embarca no campo das emoções sem pedir licença, sem falar o porquê, sem trazer o eco daquela voz que jamais escutei fisicamente.

Minha saudade sem sequer te conhecer é você.

Nostalgia

Como quisesse amado ser, deixando
O coração sonhador, espaço em fora
A paixão, sem olhares e sem demora
Vestir tua quimera e partir em bando

Excêntrico senso, tonto, malversando
O tempo e a hora, sem valia: e, agora
Que passou, sente a solidão, e chora
E implora, a aura antiga recordando...

E, o agrado rebelando compungido
Atrás, volta carente de convivência
Do abraço com calor e de amante

E assim, nos versos andei perdido
- Já! pranteio a dor em reverência
Murmurando o amor daqui distante

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Cheiro de terra molhada, por onde passou a cigarra prevenida que a chuva anunciou. Gota por gota, a tocar o tapete da vida, mais parece uma sinfonia para o deleite do que as nossas almas estão a escutar. E como lágrimas do céu, a substituir as nossas, vem riscando os mais lindos quadros pintados pela natureza que, gentilmente, agradece retribuindo com o renascer de novas paisagens, perceptíveis até para os que anseiam por uma breve partida dessa água tão divina.

Depois de você me restou essa mania de perceber o contrabaixo nas músicas.

Sabe aquele tempo que a gente lembra com uma certa nostalgia: amigos de infância, o céu estrelado, olhar apaixonado, amarelinha na calçada, estudar um dia antes da prova e ainda tirar nota alta, pois é, bons tempos... Um dia a gente cresce e acha que sabe tudo, que agora sim vou ser feliz, ter uma casa, um carro, um bom emprego... uma pena que a gente demora tanto tempo para perceber que bom mesmo era sentar na calçada e olhar para o céu, imaginando os monstros que as nuvens formavam... bom mesmo era rir de tudo sem grandes preocupações, com a inocência que só uma criança traz no olhar... bom mesmo era curtir estes momentos tão especiais, tão cheios de sonhos, de fantasias, de esperança, tão perto de Deus.

no balancear dos loureiros deixei a minha infância, hoje as memórias me chegam na corrente da brisa, num murmúrio de nostalgia...

Chega um momento em que se pode perceber o quanto aproveitamos pouco, seja aquela tarde de outono ou até mesmo aquela hora de almoço de uma segunda-feira qualquer. E é a partir desse momento em que começamos a perceber coisas que antes não conseguíamos enxergar; você percebe as horas com mais atenção, costuma prestar mais atenção na vida e passa a viver mais os momentos. São nesses momentos da vida em que se percebe o quanto ela é curta.

Queria voltar no tempo em que eu pensava que todos os meus erros, na verdades eram acertos.

⁠Hoje tô meio assim:
Meio triste
Meio sozinha
Meio pensativa
Meio na minha
Meio reflexiva
Meio calada
Meio nostálgica
Meio nada
Estou tão meio tanto
Que juntando os pedacinhos
Dá um inteiro de depressão.

O Brasil é o país da nostalgia. Vive-se no ontem, no antes de ontem. É uma saudade eterna, declamada ao som da melancolia. Alguns ainda insistem na monarquia, outros se lamentam nostálgicos até do fim da ditadura. Ancorados num passado que não fabrica peças de reposição, assim nos tornamos cemitério de tudo, um povo aos prantos pelo que se esvai, um museu sempre lambido pelo fogo, ferro-velho de memórias que se decompõem a céu aberto.

Por vezes perde-se espaço no silencio imposto pelo óbvio, é nessas horas que o ser coabita com a futilidade dos factos e a memória é somente; um baralho de cartas que as evidencias derrubam!