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Às vezes, ser despreocupado e negro é uma forma de revolução.

Todos os homens são criados iguais. A não ser que você seja barulhento e negro e possua uma opinião, aí tudo o que você recebe é uma bala.

⁠Não luto por um mundo de igualdade racial, isso porque tenho a certeza da impossibilidade.
Luto por um mundo onde o amor e o respeito sejam prioridades. Assim nossos direitos entrarão em vigor e os problemas de desigualdade serão resolvidos!
Não se trata de igualdade, mas sim de não ser descriminado ou menosprezado por minha etnia.
Iguais não somos mesmo, mas perante ao Criador, feitos a imagem dEle, PERFEITOS.

(V.2)

Era só ⁠Novembro
Mas era só um lar
Invadido,  
Agredido,  
Destruído.  
Mas era só um adolescente
Negro,  
Autista,  
E estava com a família.  
Mas era só uma mulher
Negra,  
Grávida,  
De quatro meses.
Mas era novembro
Negro,
Cada ano mais preto
Pelo luto ou insulto?
Mas só tinha pretos
Eram corpos sem valor,  
Palavras sem verdade.  
Quem vai acreditar neles?  
Combateram a agressão?  
Espancaram sem razão,  
Mataram mais "um", irmão!  
Quem tem culpa?  
Esses filhos da p...?  
Ou nossa omissão?  
Nossa: Todos nós —  
Mulheres, homens,  
Negros, brancos, indígenas ou não,  
Que não aceitam mais  
Essa violência estampada e desenfreada.

⁠ Tem pessoas que nascem para ser estrelas, e tem pessoas que se esforçam para se tornar buracos negros tão massivos que nem uma estrela se arriscaria chegar perto. Mais poderoso do que o brilho próprio é a magnificência de assumir e aceitar a própria escuridão.

As minhas raizes,
Tem anos,
Tem choro,
Lamentos e glórias,
Tem sangue nas minhas raizes,
Passado, futuro e agora.
Tem rezas e lendas,
Heróis e vilões,
Assunto pra boas histórias
Tem luta nas minhas raizes,
Pele vermelha, latina e Angola.
É vitrola, cavaco, pandeiro,
Capoeira, é ginga e roda,
Tem cultura nas minhas raízes,
Assuntos para outras escolas.

Instagram; @eufuipoeta.

HOJE EU PERCEBI

Hoje, eu procuro entender melhor o sentido da vida.
Procuro observa os mínimos detalhes que a vida tem para mostrar.
Tento ser o mais racional possível diante da beleza que é a vida.
Não procuro desmoraliza-la, pois mesmo que eu quisesse eu não poderia.
Eu cuidadosamente tenho um grande apreço pela vida.
Eu tenho um enorme debito com a vida, pois sei que nunca irei pagar, por eu não ter condições.
Um dia, eu me vi tenta me destruir, tentei por varias e varias vezes me expulsar do corpo.
Só que a vida foi comigo paciente, foi comigo respeitosa.
Me deu muitas e muitas oportunidades de tentar de novo.
Me deu muitas e muitas oportunidades de começar de novo.
Olha! Eu por muitas vezes, machuquei e magoe pessoas, e mais ainda as que eu amo.
Senti que o fim já teria chegado e não avia mais o porque eu continuar aqui.
Só que sem querer, vi que eu não era o dono da vida, mais sim, a vida quem é, a minha dona.
Que eu não poderia nada fazer comigo mesmo, a não ser com o corpo.
Como eu não sou o corpo, mais sim, apenas um hóspede que abita por um tempo determinado aqui dentro, ai eu percebi o quanto eu nada sei da vida.

<Sobre (os) viventes (daqui)>

Esquivava-se na curva dos olhos
das dores e da má vontade,
desviando-se dia a dia de bala perdida
e da morte certa nas esquinas de seu bairro.

Seguia firme sem se preocupar com seu karma,
mesmo em liberdade assistida (legado de seu passado escravo)
marca tatuada pra sempre em sua pele negra,
eternizada pra sempre em sua já tão maltratada carne.

Com a malícia da juventude e inacreditável habilidade,
seguia vencendo suas guerras pessoais, todos os dias
segurava as pontas sem se sentir um covarde
e caminhava pisando firme o chão de terra vermelha de sua comunidade.

Da janela de sua casa admirava o esgoto a céu aberto
que se misturava com o filete de água limpa da mina,
nascente que abundava sob a pedra onde coaxava o sapo
(única paisagem natural restante) depois que decidiram “urbanizar” o bairro.

Com o corpo esguio e nariz para o alto seguia em frente
sem se empoderar de arrogância ou outro sentimento similar,
com o corpo ereto e rijo rompia o vento, de peito aberto
e coragem latente e sangue gotejando dos olhos.

A essa altura de sua vida,
já nem se esquivava mais de coisa alguma,
batia de frente
e quase sempre sobrevivia.

Diz a lenda que havia uma Cisne Negra que vivia muito solitária.
Essa cisne não tinha a beleza 'dentro do padrão'. Ela se sentia rejeitada. Ela se sentia incapaz. Ela se sentia vazia!

Foi quando certa vez enquanto nadava pelo imenso rio, a cisne se deparou com um lindo, forte, parrudo cisne!
Este então se encontrava parado, quieto, na beira do rio!.

Ela então mais do que depressa colocou-se ao lado dele, e percebeu então, que este não fugia de perto dela, tornarando-se assim, tudo o que ela mais procurava, e precisava - UM ÓTIMO COMPANHEIRO.

O cisne começou então, a se mover, devarinho, não fugindo, mas demonstrando que queria que ela o acompanhasse numa nova jornada. Ela foi então nadando atrás de seu amado.

Ela se sentia tão feliz! Ela se sentia viva outra vez....se sentia querida! Se sentia necessária! Ele era tudo o que ela sempre quis....fazia ela se sentir unica!....Era perfeito! Parecia um sonho...

E realmente era....depois de muito tempo acompanhando o cisne por todos os lados, ela então notou algo estranho.
Eele era quieto...não falava muito, apenas olhava atentamente para ela, sem demonstrar reações!.

Tentando arrumar respostas, ela descobriu finalmente que aquilo que ela tanto acompanhava com tanta dedicação, e que parecia ser perfeito, não era um cisne.
Aquilo era um pedalinho......ah você conhece...pedalinho...aquele que a gente senta, e vai pedalando ao redor do rio....feliz e contente!

Pois é ....quem diria....se apaixonar por um pedalinho..UM PEDALINHO EM FORMA DE CISNE!
O pedalinho era aquilo que ela semroe idealizou...
Era o companheiro perfeito pra ela?


Ela viu então, de repente, seu mundo desabar...
Saiu, nadando o mais forte que podia, aos prantos, em desespero, com o coração na boca, com medo....com ódio de não ter enxergado a verdade antes....se sentindo um nada....mais uma vez...

Pouco tempo depois ela encontrara um outro cisne, que nadava por alí.
Este foi até sua direção, e lhe perguntou o caminho.
Ela ainda triste, lhe explicou e disse que o acompanharia se ele preferisse, pois afinal não havia mais nada para ela por alí. Nada que a prendesse.

Ele agradeceu, e adorou a idéia.
Foram os 2 seguindo caminho ao longo do rio.
Nesse longo caminho, os 2 tiveram um romance...ela achou que seria bom....talvez um novo amor para curar as feridas abertas de seu coração.

Porém este cisne não era bem intencionado...ele só queria uma diversão....um passatempo
Não era um companheiro carinhoso.
Apenas estava bem acomodado.

Ela não parava de pensar em seu antigo amor (sim o pedalinho).. não aguentou tamanho descaso de seu novo amante....e se foi...

Se foi?....mas para onde?....

Ela voltou!....

Sim!....ela voltou.....se posicionou ao lado do pedalinho e lá ficou....

TUDO o que ela queria....era um companheiro!....Diversão ela podia achar em qualquer lugar!

Mas o pedalinho foi ficando velho....se deteriorando....tudo..tudo foi se acabando.

Ela não tinha companhia...não tinha mais ninguém....

Passou então o resto de seus dias sozinha.....pensando....tentando....encontrar aquele que a completaria....que lhe fosse bom....que lhe fizesse companhia...

FOI EM VÃO.

Todo o prazer é um vício, porque buscar o prazer é o que todos fazem na vida, e o único vício negro é fazer o que toda a gente faz.

Fernando Pessoa, in Livro do desassossego

⁠Somos pessoas, somos como os pássaros e as abelhas. Preferimos morrer sob os nossos pés do que viver de joelhos. Diga bem alto: sou negro e tenho orgulho disso!

James Brown

Nota: Trecho da canção Say It Loud, I'm Black And I'm Proud.

Quem tem preconceito não enxerga a beleza do negro.

Negro é lindo
Negro é amigo
Negro também é
Filho de Deus

Às vezes o céu me parece cair sobre a minha terra, negro como negro de fumo, obstruindo todo o fluir de meus sentidos, paralisando minha alma e meus pensamentos, parecendo um quarto escuro, um vazio absoluto, a espera de um novo sol e de um novo entendimento.

O preconceito está nos olhos de quem vê

Sou mulher
Sou negra
Sou lésbica
Sou brasileira
E nem por isso deixei de ter dois olhos, duas orelhas, um nariz e uma boca, exatamente como você.

Eu tô tão cansado que fiquei pensando:
Feliz é o Stephen Hawking que não move um dedo

Injustiças e preconceitos nesse mundo desigual
Negros e pobres excluídos, parece ser normal
Ah, se a humanidade adquirir consciência
Que Deus nos criou iguais e para mesma convivência

Do gordo, ao magro.
Do negro, ao pardo.
O que importa é saber amar.
Quem é a sociedade para os padrões ditar ?

Não somos vítimas sociedade, somos protagonista da mesma. Negros, brancos ou índios fazemos parte do mesmo Brasil.

Me desculpe meu senhor, mas não me olhe com desprezo não é porque eu sou negro que eu vou lhe assaltar, me desculpe minha senhora, não é porque me visto assim que uso droga toda hora. Negrinho, asfalto, pixe, carvão, azulão, isso é muita emoção, apelidar é fácil, mas suportar é difícil. Me desculpe minha senhora, mas será que da para parar por agora? Este rosto leva sofrimentos, que foram jogados ao vento, porque queira você ou não, será um médico então. Nelson Mandela, Joaquim Barbosa, Barack Obama, isso é só um pouquinho da fama que leva vários negros que já passaram pelo mesmo desprezo.

Os negros anos de sua vida considerados por você assim, são os mesmos que tornam límpidos os anos futuros.

Trocamos a lança, a espada e a faca por bons livros. E agora sim, estamos armados e oferecemos perigo.

Vamos aprender a amar esquecer o preconceito a discriminação vamos evoluir e ser um exemplo para a próxima geração.

E quem diria, eu q nunca tive medo de escuro acabei tendo medo de ficar sem o tom negro de seus olhos, minha pequena flor .