Tag navio
"Não entro em um navio onde o comandante não crê em Deus."
Milhares de pessoas confirmando em um só homem.
Quem não sabe nadar e nem voar tem que saber rezar.
Sobrevive quem tem os pés no chão.
O avião está perto do Céu, mas não pode pousar nas nuvens.
A sorveteria e a pizzaria Brasileira tem sabor Italiano.
"Com tantas cores, pintar sonhos preto e branco é só para quem tem imaginação colorida."
Wesley D'Amico.
Artista, Escritor, Maluco Pensador.
Não estou aqui para ganhar medalhas e nem para ter bens materiais, o filho do dono do mundo não andava de Gucci e não era fã de nenhuma marca Italiana.
Se comunicava com o Pai sem celular.
Quem se distrair, perde a hora para subir.
Ninguém sabe ao certo o que fazer, mas pensar ajuda a evoluir.
"Colocar alguém que não entende de reparos para ser o capitão do navio, basta um furinho para um naufrágio."
PEDRA DO NAVIO
Profª Lourdes Duarte
Grande pedra repousando sobre outro bloco rochoso,
Mas precisamente um afloramento granítico imperial
Esculpida pelo tempo ou por um Deus supremo
Erguida, das rochas, surgiu uma Nau.
Ora singela, ora rústica, ora imponente,
Aos olhos de quem a contempla ou a admira,
Pedra do navio hoje é seu nome,
Beleza única no cenário turístico do Bom jardim.
Contrasta com o verde dos seus arredores
Debaixo de um céu azul, anil
Pedra do Navio, ou Nau de pedra
És bela como nunca se viu.
Uma lenda bem antiga fala de um mar bravio
Que em um naufrágio, uma princesa ali morreu
O mar secou, a princesa encantou
E a rocha ali se ergueu.
Lendas são lendas, histórias e fantasias
Mas o que se tem de verdade e é atrativo de Pernambuco,
Uma linda pedra, com o formato de uma nau
Embelezando os verdes campos de Bom Jardim,
Minha Terra Natal!
Estamos apenas de passagem nessa vida, por isso somos navios e não âncora. Pessoas entram e saem da nossa vida o tempo todo. Se o tempo levou é porque já te ensinou o que era preciso. Aceita e segue!
Filhos são navios que vem de longe, nós pais somos apenas porto, onde por algum tempo eles ancoram.
QUEM SÃO?
Há muitos e muitos anos, um poeta revoltado
Escreveu Navio Negreiro, pois estava indignado
Com o povo que emprestava a bandeira para cobrir
A infâmia e a covardia que se viam por aqui!
E no palco da cidade, ao som do toque do tambor
Ouvia-se o poeta clamando ao Nosso Senhor:
“Senhor Deus dos desgraçados!
dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura...ou se é verdade,
tanto horror perante os céus?!”
Quem são estes miseráveis sem acesso a habitação?
Nas praças, sob as marquises
Buscam no lixo seu pão
Quem são? E de onde vieram?
Quem são? E por que miseram?
Quem são? E o que fizeram
Para tal condenação?
Quem são estes que, transportados, piores do que gados, vão?
Subempregados, suburbanos, exaustos na condução
Sem ter moradia digna, nem acesso à educação
Sem saneamento básico, com parca alimentação
Quem são estes cidadãos?
Quem são? Quem são? Quem são?
Tantos anos se passaram, mas tão pouca evolução
Ainda se usa a bandeira para encobrir a inação!
E no centro da cidade, ao som do toque do tambor
Ressoa a voz do poeta, clamando ao Nosso Senhor:
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se eu deliro...ou se é verdade,
tanto horror perante os céus?!”
Disfarço olhares,
Ao olhar para aqueles pares,
Em pares de pares,
Entre olhares,
De mãos dadas,
Na calçada,
Ou em qualquer outra parte da cidade,
Ainda que para isso, não haja funcionalidade,
Só a felicidade,
Do não desgrudar,
Amor na palma da mão,
Daqueles de perder o juízo,
De noites mal dormidas,
Um grude que é!
Sem tropé,
É vontade de se estender em qualquer lugar e fazer um colchão de corpo,
Enebriado,
Cheiros, gostos e toques,
Como quem tem o prazer de dançar na cozinha,
Ao som da vitrola,
Tocando Bossa Nova naquele Ap de praia no oitavo andar,
No centro de Floripa,
Amor de Pipa,
Voa no ar,
Sem se dissipar,
Mas, se perdeu no meio do mar,
Naufrágio no Campeche,
A alma se perde,
Nunca mais se reveindicou,
Amor louco amor,
De navio partiu meu amor,
E minha alma em si naufragou...
POR UM FIO
Cá no sul está frio
E na pele arrepio
Sentimento vazio
Sem falar nem um pio
O sossego anda esguio
Busca forças bravio
Desancora o navio
Mundo a fora no rio.
A maturidade é como o fogo
das caldeiras
de um grande navio,
que, pra continuar aceso,
deve ser continuamente alimentado
com aquelas máquinas
num movimento constante
queimando carvão
como deve ser o amadurecimento
que aprendizado consome,
pra que a embarcação
possa seguir seu trajeto
e enfrentar os possíveis desagrados,
não é certo pensar que ficaremos amadurecidos por completo
e nem que o roteiro será encurtado,
muito pelo contrário,
estamos sempre amadurecendo,
cada um no seu nó adequado.
Por muitos anos,
fui um astuto pirata,
tive marcantes aventuras,
passei por vários lugares,
conheci muitas pessoas,
poucas, as confiáveis,
consegui algumas vitórias,
escapei de alguns entraves,
tive algumas paixões,
mas nunca um amor de verdade,
vivi assim por bastante tempo,
até chegar aquele fatídico momento
Quando, após uma árdua batalha,
perdi toda a minha tripulação,
milagrosamente, consegui escapar
daquela terrível situação,
depois, fiquei cansado
de tudo e de todos,
resolvi seguir meu próprio caminho,
solitário, sem um rumo exato,
neste meu grande navio,
desde então, tenho velejado,
ancorando em algum porto
só quando realmente necessário,
por estes mares,
já enfrentei o sol escaldante,
ventos fortes e tempestades,
mas também desfrutei
de brisas, de belas paisagens
e de momentos de tranquilidade,
há alguns dias, cheguei neste arquipélago, onde estou ancorado,
um lugar deserto e bem afastado
que aparentava não haver nenhum morador
até que, há trinta noites, isso mudou,
estava contemplando as estrelas
quase num total silêncio,
ouvia apenas as ondas do mar
e, às vezes, os assobios dos ventos,
quando, repentinamente, pude ouvir
um canto suave e muito atraente,
fui surpreendido, nem sonhei
que pudesse existir um som tão lindo,
não pude resistir, precisava descobrir
de onde vinha,
olhei, várias vezes a minha volta
sem sucesso, até que avistei
sobre algumas rochas
às margens de uma ilha próxima,
um ser esplêndido cantando
que da cintura pra cima,
era uma mulher de uma pele macia,
uma face delicada,
cabelos cumpridos
e olhos de um brilho raro,
enquanto que, na parte de baixo,
possuía uma calda cheia de escamas
de um tom dourado,
senti uma forte euforia
que nuncatinha sentido antes,
olhava-me profundamente
que parecia que já me conhecia,
sensação hipnotizante,
tentei aproximar-me, mas,
infelizmente, ela assustou-se
e preferiu afastar-se,
frustrado, fiquei refletindo
muito sobre aquele fato ocorrido
até pegar no sono,
depois do dia ter amanhecido,
acordei, já de cabeça fria,
acabei lembrando que já tinha
ouvido muitas histórias
sobre aquela criatura,
que tratava-se de uma sereia
daquelas que atraíam os navegantes pra uma morte certeira,
entretanto, penso que assim não seja,
que, talvez, apenas, os fizessem
ignorar as suas vidas antes
deles conhecerem-nas.
Durante todas estas noites,
tenho tentado revê-la
e não penso em desistir,
não sei o que me aguarda,
quiçá, eu pereça,
mas sinto que, finalmente,
encontrei uma razão pra estar vivo,
se estás lendo estas palavras,
é muito provável que eu já tenha fisicamente morrido,
entretanto, certa vez, disseram-me
que só se morre de fato
quando se é esquecido,
então, escrevi está carta
e coloquei nesta garrafa
a fim de que alguém a encontre
e saiba da minha existência
e da minha história.
Viver pode ser uma grande aventura
ou uma intensa loucura,
vezes, pra uns, serás um sábio aventureiro,
em outras, pra outros, serás um louco,
melhor não dar tanta atenção.
assinado, Capitão Fer que, finalmente, encontrou seu propósito.