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Para que eu não morra em vão!

⁠Faço preces ao universo
para que ouça meu coração,
trazendo a mim o que mereço
e mantendo o que me faz bem.

Guiando minha mente aos seus planos,
livrando-me do sofrimento das ausências.

Que meus desejos não tenham mortes súbitas,
como as que anseio aos meus medos.

Rogo!

Ouça as ritmadas sinfonias que ardem em mim,
para que assim eu não me perca em devaneios.
Se seu poder maior me proteger,
não temerei viver.
Não me impedirei de sofrer,
pois irei crer
que você não permitirá
que eu morra em vão.

Inserida por eiraissantos

Ai de Mim, Idealizadora!
(Raissa Santos)

⁠Creio em conexão 
Vivo de amores e paixões 
Não sei suportar o tédio de NÃO amar.
De não buscar.
Mal de nós: idealizadores!
Pecado meu:
Querer com tanta verdade. 
Encontrar...
O que?
Talvez nem eu sabia!

Ai de mim!
Descobrir que existem outras formas de respirar. 
Imagina só,
Falar e não sair poesia:
Das mais cruas,
Mais duras e cruéis,
Dessas que rasgam o peito
E nenhum curativo é suficiente.

Ai de mim, se ei não tivesse cicatrizes de amores passados.
Dores vivas que não me largam.
Como vivem os não poetas?
Os avisados?
Os ateus?
Como pulsam?
Ai de mim saber!

O que me restaria viver?
Nada!
Só a vida. 
E a vida anda meio desvivida pra mim.

Inserida por eiraissantos

Aparente fracasso do homem espiritual 

Por que me fizeste sentir tão fundo,
Se tudo o que toco se vai?
Carrego nos olhos o mundo,
Mas dentro… só há o jamais.

Fui verso jogado ao vazio,
Fui fogo querendo calor.
Fui rio pedindo abrigo,
Mas só recebi desamor.

Falei com o alto silêncio,
E ele me ouviu sem falar.
Toquei no tempo que escoa,
Mas ele não quis parar.

De que vale saber o caminho,
Se o passo me pesa demais?
De que vale ver o destino,
Se ele sangra em sinais?

Quis tanto amar sem medida,
Mas o peito virou prisão.
Hoje sou sombra ferida
De uma antiga canção.

E mesmo sangrando no escuro,
Há algo maior que o reverso.
Não estou só, nem perdido:
Eu habito no seio da Mãe do Universo.

Daniyyel Elan

Inserida por Daniloribeiro

HORAS TANTAS

Horas tantas, aterrado e um tanto aflito
Confidenciei para a lua o meu detrimento
Do acaso, que com as desditas foi escrito
E se a fito, ainda o sinto no pensamento

Atroa, n'alma um pávido e nuvioso grito
Titilando dores em um amofino violento
Arremessando os anseios para o infinito
Tal o choro do cerrado aflado pelo vento

Clemente lua, que o meu azar sentiste!
No firmamento confessei o meu pranto
Enfardado pelas nuvens transparentes

E no meu peito, uma solidão tão triste
Onde o poetar a soluçar em um canto
Escorre silenciosas lágrimas ardentes

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

VELHAS LAMURIAS

Secura. Que tristura lá fora! Tristura!
Embrusca-se o cerrado, os olhares
Craqueleja. Árida a aquosa candura
Nos seus velhos e eternos pesares...

Sinto o que a terra sente, desventura
A mágoa que diviso, nos reles azares
O inverno. Frio e queimado, mistura
Fulgurando o cinza, anuviando os ares

Ah! Porque ordenaste este tal fado
Fazendo de minha alma tua criada
Ouvinte, ouviste os prantos, cerrado!

Meus e teus, na sequidão embaralhada
Tem pena de mim, deste pesar mirrado
E as velhas lamurias por mim poetada!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
04/09/2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO COM CHARME

Moço, se no tempo, velho eu não fosse
Onde a dor da saudade a apoderar-me
As recordações a virarem um tal carme
E a lentidão em mim se tornarem posse

Ah! Aquelas vontades já me são adarme
O que outrora me era tão suave e doce
Num gosto acre o meu olhar tornou-se
O espelho, um revérbero, a desolar-me

O meu espírito a tudo acha tão precoce
Já o corpo, cansado, soa em um alarme
Na indagação a juventude que o endosse

Da utopia ao caos dum tão triste arme
Envelhecer, como se não fosse atroce
Então, vetusto, tenhas arrojo e charme!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2016, 18 de novembro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO LAMENTO

Quando, o acaso na má sorte vem
O lamento soluça no tal sentimento
Que maldigo o fado sem entendimento
Das lágrimas do azar que consomem

Sou tal sofredor deste encoscoramento
Que invejo o estado de quem não tem
Da bonança e fortuna dos que vão além
Descontente é o meu porte sem portento

Se a amargura é algo que me convém
É, pois, de desprezo feito meu momento
Tal quem destinado à vida com desdém

E nesta lama, enlameado é o meu contento
Pois triste é lembrar que sorte não contém
Mas sereno, tenho a Deus como fomento

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ÉS O CERRADO COM UM LAMENTO TRISTE (soneto)

És o cerrado com um lamento triste
escorre o entardecer na melancolia
e tua alma bela no encanto insiste
na ilusão tens uma banzar alegria

se o gemido dos sons angustiados
e desafinados, tonteia o teu ouvido
toque com os olhos os feitiços alados
deixes o prazer, então, ser nascido

Vê que o diverso há sedução, também,
e ambos se fazem de encantamento
num ordenamento de bem e paz

que todos, num, são congraçamento
É música sem letra, e afoito audaz
uníssono: do feio e do belo vai bem além

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
fevereiro de 2019
cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O silêncio é o exato momento do nada no lamento.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/12/2015, 09’20” – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

A POESIA QUE CHORA

A poesia que chora, desinspirada
Na solidão, que padecer me vejo
Na realização, e tão despovoada:
Sofre, implora, por um puro bafejo

Não basta ter a rima apropriada
Nem só desejo de lampejo: desejo
Assim, tê-la, no versar que agrada
Não, no amor findo, oco e sem beijo

No exílio e no vazio que me consome
Não basta saber que no tempo passa
Que tudo passa, quando só quero estar

A poesia que chora, ficou sem nome
Separada do sagrado e tão sem graça
Quando a trova teria de ser de amar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020, 05’53” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

LIBERTINA (soneto)

Recordo, ao ler-te, as épocas sombrias
Ó escura poesia, de outrora, tão torta
À inspiração, lasciva, e da alegria morta
E em tuas trovas, as vis sensações frias...

Simetria e rimas, nas fantasias vadias
Enroupadas, pária de Suburra à porta
E a impudicícia em tuas linhas, absorta
Acabrunhando o decoro nas ousadias

Ó nuvioso e tristonho cântico em ruína
Na esquina pesada, tendo a fonte impura
Do lampejo, na qual se traje de Messalina

Tu, prosa descarada, sem amável ternura
Sem o amor, traindo a mão na sua rotina
Libertina, que ao poético só traz amargura

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/03/2020, 04’59” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠“prego”

Talvez que um dia no verso meu chorado
sob a luz da saudade, num versar falando
tu ouças nas rimas o meu ser apaixonado
em um grito de padecimento te saudando
Está lágrima que fez o papel ficar borrado
não se atenha. É meu prosar lacrimejando
quando vaza do coração pra ser escutado
e que na dor da solidão vai transbordando

Não é simples sofrer, ou, que nada valeu
é aperto no peito e, que ainda não passou
e cá no soneto, um suspirar cruciante meu
O grito, se ouviste, por favor, é sentimento
que vai corroendo a súplica, assim, te dou
um canto: com choro, gemido e sofrimento.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 junho 2024, 15’04” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Ela consegue facilmente controlar o silêncio, mas por algum motivo, não as lágrimas. 

Inserida por mileneabreu

⁠Naquela noite ela chorou até as memórias renderem-se, mas no seu peito ainda podia se ouvir, o cântico das lágrimas aos poucos se desvanecerem. 

Inserida por mileneabreu

⁠Então, se estiver muito cansado(a) de prantos, sente-se ao meu lado, eu também sou muito experiente com lágrimas. 

Inserida por mileneabreu

⁠… as lágrimas se encarregam em expor coisas que permanece no coração, por serem grandes demais para serem escritas ou ditas com palavras.

Inserida por mileneabreu

⁠Que lástima, a iprogresia sendo intrépida em se expor em sua máxima autenticidade.

Inserida por mileneabreu

Na madrugada adentro
mato aos poucos o sentimento
com cada vestígio apagado
só me resta lamento
lembranças de um antigo sentimento

Inserida por JesuelAndrade

Não me entusiasmo tanto com tudo que tenho e não lamento tanto sobre tudo que não tenho.

Inserida por ReneGois

Ninguém é obrigado a lutar, mas⁠ não poderá lamentar ao não conseguir vitórias.

Inserida por J3ff

Só merece reciprocidade de bom sentimento, aquele que amou a si mesmo, se entregou por inteiro, respeitou o outro e enterrou o lamento

Inserida por RandersonFigueiredo

⁠Quem costuma se lamentar pela orientação que o vento costuma traçar, não encontra tempo para ajustar as velas da sua própria embarcação

Inserida por RandersonFigueiredo

⁠⁠Saudades de vivenciar aquele momento,
De ver aquela pessoa querida, 
De sentir aquele aprazível sentimento 
que faz diferença pra vida,
Uma ambígua sensação 
entre o Lamento e a Gratidão 
por algo que nos deu 
uma tamanha satisfação.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠Um grande lamento
 para quem não nota
que a tua beleza externa 
é uma pequena amostra 
de como és por dentro.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠⁠Ela é muito admirada,
Sabe chamar atenção,
Por muitos, é invejada,
Sua falta traz decepção 
Tem o seu valor,
mas com a pessoa errada
pode causar alguma dor
se for subestimada,
Então, melhor tratar a Beleza
com o devido respeito
e sem superestimá-la
pra que não se torne 
uma ameaça 
causando vários lamentos.

Inserida por jefferson_freitas_1