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Cada um alcança a verdade que é capaz de suportar.

O que Lacan chama de um sujeito petrificado pelo significante é um sujeito que não faz quaisquer perguntas. A definição mais simples de um sujeito petrificado é a daquele que não se questiona sobre si mesmo. Ele vive e age, mas não pensa sobre si.

Um ato é ligado a determinação do começo, e muito especialmente, ali onde há a necessidade de fazer um, precisamente porque não existe.

O amor é impotente, ainda que seja recíproco, porque ele ignora que é apenas o desejo de ser Um, o que nos conduz ao impossível de estabelecer a relação dos... A relação dos quem? – dos sexos.

Assim, longe de a loucura ser um fato contingente das fragilidades de seu organismo, ela é a virtualidade permanente de uma falha aberta em sua essência.
Longe de ser para a liberdade 'um insulto', ela é sua mais fiel companheira, e acompanha seu movimento como uma sombra.
E o ser do homem não apenas não pode ser compreendido sem a loucura,como não seria o ser do homem se não trouxesse em si a loucura como limite de sua liberdade.

⁠Entenda: para muitos, estar no buraco é escolha. 
Respeite!

Joyce, acho mesmo que não seja legível – não é certamente traduzível em chinês. O que é que se passa em Joyce? O significante vem rechear o significado. É pelo fato dos significantes se embutirem, se comporem, se engavetarem, – leiam Finnegan's Wake – que se produz algo que, como significado, pode parecer enigmático, mas que é mesmo o que há de mais próximo daquilo que nós analistas, graças ao discurso analítico, temos de ler – o lapso.

Jacques Lacan
Seminário 20, A função do escrito, p. 51

Apresento a vocês os melhores votos para o ano novo, como se costuma dizer. Por que "novo"? Ele é como a lua, entretanto, quando termina recomeça. E esse ponto de término e de recomeço, talvez pudéssemos colocá-lo em qualquer ponto, a diferança da lua, que foi feita, como todos sabem e como uma locução familiar o recorda, à intenção de não importa quem. E há um momento no qual a lua desaparece, razão para declará-la "nova" depois. Mas quanto ao ano, e para muitas outras coisas e, em geral, o que chamamos de "real", ele não tem um começo estabelecido. Entretanto, é necessário que ele tenha um, a partir do momento em que foi denominado "ano", em razão da demarcação significante do que, para uma parte desse real, definimos como ciclo. É um ciclo não completamente exato, como todos os ciclos no real. Mas, a partir do momento em que o apreendemos como ciclo, há um significante que não cola interiramente com o real. Nós o corrigimos falando, por exemplo, de ano grande a propósito de uma coisinha que varia de ano em ano até fazer vinte e oito mil anos. Em suma, se recicla. E então, o começo do ano, por exemplo, onde colocá-lo? E aí que está o ato. [...] Um ato é ligado a determinação do começo, e muito especialmente, ali onde há a necessidade de fazer um, precisamente porque não existe.

Um poeta, um filósofo e um psicanalista.
O poeta diz: "Ah! Que virtude o amor.
O filósofo diz: "O amor só se exprime na virtude".
O psicanalista diz: "próxima sessão, sábado pela manhã, depois da ressaca. Quero entendê-los no processo intermédiario entre a embriaguez e a lucidez".

Nunca haverá cura sem o devido reconhecimento de necessidade.

Isto foi de arder as pregas da alma!

⁠Sopre suas cinzas, recolha os próprios fragmentos, e recomece, quantas vezes forem necessárias para cumprir a sua missão.

⁠Após um grande vendaval, é preciso ter a dignidade de recuperar o fôlego e se reerguer à altura necessária para enfrentar suas próprias limitações.

⁠Não poupe aquilo que se perde pela falta de uso! 

⁠As coisas que você esconde de si mesma/o não somem. Elas encontram um lugar escuro e silencioso para morar. Mas, volta e meia, emergem, só para te lembrar que seguem ali, te acompanhando dia a dia...

... As palavras podem suscitar todas as emoções; pasmo, terror, nostalgia, pesar... As palavras podem desmoralizar uma pessoa até a apatia ou espicaçá-la até o deleite, podem exaltá-la a extremos de experiência espiritual e estética. As palavras têm um poder assustador.

Inserida por escribajosue

As psicanalistas pós-graduadas são todas assim, talvez por causa de Lacan.

Inserida por rosarosaly

Palavras são construções sociais que nos privam ou definem oque já tínhamos.

Inserida por xdoutsiderxd

Desejo de hoje:

Menos tiques e mais toques (físicos?)
Menos tiques e menos TOCs.

Mais ligações e menos tiques (dos teclados?)

Mais atenção aos TOCs (transtornos ?)

Inserida por Liandi

Foi nas pequenas perdas que o Desejo se encontrou.⁠

Inserida por Liandi

Foi naquele instante que teve certeza de que Freud e Lacan tinham razão: os homens casam com mulheres que parecem com suas mães.

Vicente

Livro- As Mulheres Invisíveis

Inserida por mariamadeiro

⁠O inconsciente sempre criará oposição a tudo o que tentar acessá-lo, como uma espécie de “antivírus” que utilizamos no nosso computador, a resistência será essa primeira resposta de que algo está tentando “penetrar” em seus “arquivos”. Toda manifestação de oposição é entendida como resistência e precisa de uma atenção especial, pois não foi por acaso que nosso inconsciente “gritou” ante aquela “invasão”

Inserida por Liandi

⁠Inconsciente, a métrica do desajuste.

Inserida por Liandi

⁠Sofro, logo existo


Silogismo

1- Ansiamos obstinadamente por saber desde que nos damos por humano (''o que *não cessa* de *se escrever*'').

2- A coisa em si é inacessível (''o que *não cessa* de *não se escrever*'').

3- A verdade se apresenta apenas como possibilidade (''o que *cessa* de se *escrever*) e tudo isto nos causa angústia.


Esclarecendo

Me refiro a verdade da coisa e do real enquanto todo. A nossa relação com a verdade, real enquanto todo, é de angústia e ela marca seu impossível através da contingência, gerando pela lembrança sofrimento, pois o conjunto aberto nos causa incômodo, como prova, perguntar algo e ouvir uma resposta que não responde, além de termos uma necessidade não só orgânica, mas também em pathos pela verdade, por significados, sentidos e porquês. Uma das possíveis formas de elucidar que a verdade se apresenta a nós como possibilidade, mesmo ela sendo impossível, é o fato de tudo isto ser questionável, sendo assim, talvez a verdade nunca se apresenta, mas apenas a nós é representada enquanto impossível através de nossa linguagem insuficiente. Como a linguagem e a razão é o que nos define como humano, pois é o que nos diferencia, e sendo tudo isto seu grande marcador de realidade e desejo, podemos assim concluir por equivalência ou analogamente a regra da cadeia que sofremos, portanto, existimos.
Obs: Talvez este não seja o grande desejo da razão, principalmente no seu primórdio, talvez seja apenas meu objeto a, mas se atendo que é ela e a sua busca que nos define como humano, mesmo ela sendo um subproduto de uma complexa circuitaria neural ou detentora de uma substância pensante, ela é nós e nós somos ela em essência; só não nos damos conta de tudo isso porque o afeto não emerge a todo momento, até porque não desejamos, daí a fuga do tédio através do divertimento como retratou bem Pascal, mas este de fato é o nosso ser.

Inserida por Oaj_Oluap

⁠⁠Se eu só consigo ser (estar) energizado, calmo, em paz e uma pessoa do bem num contexto de reclusão com minhas ideologias e num lugar afastado dos demais "involuídos", temo que essa vivência não possa ser sustentada como positiva.

Inserida por Liandi