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"- Oi, Inocência cadê tua mãe a Dona Prudência?
- Foi avisar a vizinha Dona Impaciência que mesmo ela sendo livre para ir, às vezes é melhor ficar."
Kate Salomão
Minha Mãe
Gosto da inocência dela:
Benze crianças,
Faz simpatias,
Reza sorrindo,
Chora rezando.
Gosto da inocência dela:
Apanha rosas,
Poda os espinhos,
Coloca nas mãos,
De meninos branquinhos.
Gosto da inocência dela:
Conta histórias longas,
De negros perdidos,
Nas matas cerradas,
Dos chãos do país.
Ama a todo o mundo,
Diz que a ida à lua,
É conto de fada.
Gosto da inocência dela:
Crê na independência,
E é tanta a inocência,
Que até hoje ela pensa,
Que acabou a escravidão.
… Inocência dela…
Infelizmente perdemos a inocência no decorrer da vida, o mundo sempre irá conspirar para que vc coloque maldade nas atitudes do próximo, diante disso, vc não acreditará nas palavras, mesmo que estejam falando a verdade, vc sempre ficará com um pé atrás, e ai, perderá a oportunidade de ajudar alguém que as vezes está realmente precisando do seu auxílio.
A maior crueldade do mundo é, em verdade, a substituição natural da inocência de uma criança pela malícia do homem.
MINHA MOCIDADE
Dizem que suave é o coração de um jovem,
Pois ainda não aprendeu a se ferir,
Não foi corrompido pelo dia a dia imóvel
E nem viu os sonhos se despedaçarem.
Ser jovem é cativar a inocência;
É ter, nos olhos, esperanças.
A juventude é a idade das utopias,
É o tempo de se saber invencível,
Imortal.
Depois que ela passa,
Passamos o resto da vida
Procurando respostas,
Sem sabermos, ao menos,
Que apenas isto nos basta:
Ser jovem,
Mesmo que de pele enrugada.
Quando uma pessoa é acusada de algo, o julgamento das pessoas é assim: se sou eu ou quem eu admiro, devemos aplicar a presunção de inocência, ou seja, esperar a decisão final da justiça; se é inimiga ou alguém que não importa para mim, a pessoa já é culpada e "cancelada".
"Não há nenhum inocente aqui que possa vir a ser salvo: somos todos diabos."
(trecho de "O Conde de Santo Amaro")
ser criança é saber aproveitar cada segundo vivido. é ter a sinceridade tão grande para falar o que pensa e gargalhar das coisas mais bobas. é fazer amigos e as pazes com a mesma facilidade e ter a inocência estampada no sorriso, revelando a crença na bondade humana. pensando bem, acho que temos mais a aprender com elas que elas conosco.
As crianças já nascem conhecendo o mundo com particular intimidade. Elas apenas procuram, ao tatear as coisas à sua volta, ora engantinhando, ora mal se pondo em pé. Ocorre, por uma infelicidade da natureza humana, que elas têm contato com os adultos e... sua inocência se perde.
É uma história de amor, nada muito especial: duas pessoas constroem, com vontade e inocência, um mundo paralelo que, naturalmente, bem rápido desmorona. É a história de um amor medíocre, juvenil, na qual reconhece sua classe: apartamentos exíguos, meias-verdades, frases de amor automáticas, covardias, fanatismos, ilusões perdidas e depois recuperadas – as bruscas mudanças de destino dos que sobem e descem e não partem nem ficam. Palavras velozes, que antecipam uma revelação que não chega.
AMOR DE FLOR
Moço, você aí do buquê de rosas
Na boa, não mate as flores
Só pra tentar me impressionar
Eu gosto mesmo é de quem tem
Amor de verdade pra dar
Amor de flor é um instante pra acabar
No início é lindo de se ver
Enfeita até o anoitecer
Mas depois que o sol renasce
Ele mostra sua face, seu apodrecer
Moço, você aí do buquê de rosas
Na boa, não compre as flores
Mesmo sendo artificiais
De plástico e mentirinhas
Esse mundo já tem demais
Eu não preciso de amor de flor
Eu prefiro amor de cor
De cor transparente
Daquela que dá pra ver
A pureza de um coração inocente
(19/09/2019)
"A inocência se vai, quando o tempo vem. Nôs pega pela mão e nôs leva para longo do que um dia já fomos."
A inocência…
Que linda virtude humana em nós tida;
Quando em pequeninos, por cá andamos;
A começar a viver nossa vida;
Sem maus fazeres, que em tal semeamos!
Semeamos com nosso crescimento;
Pela maldade que a nós foi deixada;
Por seres, piores que um mau jumento;
Tão tidos, nesta raça em nós achada!
Que pena, descendermos da tal raça;
Que neste viver tão mata a aparência;
Que a todos, tão podia embelezar!
Quando em nós víssemos, gasta a carcaça;
Tivéssemos a tida na inocência;
Que por cá tão perdemos, por azar.
Com profunda mágoa;