Tag gonçalves
Na escuridão da noite;
Vago em meus pensamentos;
Concluo que não é tortura recusar o que não era o bastante para me completar!
Não me arrependo da renúncia, só me pego pensando como o mal me repreendia e não me merecia.
Eu te amo
Mas meu amor não o prende,
Não a rótula,
Não o reprime,
Não o limita,
Não o anula,
E sim, te liberta
Revisita-te
Acolhe-te
Escolhe-te em meio a bilhões
Não preciso provar ao te prender, mas posso te amar e te pertencer a qualquer distância.
Só quero amar.
Hoje eu poderia ter me rendido
Rendido a um desejo antigo
Aos maços de cigarro que um dia me fizeram companhia;
A segurança que sentia ao procurar aquele abraço;
Aos sorrisos falsos e álcool sempre ofertados;
E caso continue citando, me tornaria uma covarde, revirando uma eu que não existe mais!
Cego Blues
Num chapéu cor de farinha
Com uma cachaça e uma garrafa quase vazia
Uma cegueira cega que nem ela
Um tempo certo na hora errada
Um blues de um forró bem triste
Uma criança que não chora nem vai embora
E três mesas vazias.
Uma lembrança de um perfume
Um chale branco, saudade e ciúme
Uma parede de uma alusão púrpura bondade
Um amor insano, regado e negado
Invejado pelos anjos, flechado caboclo
Uma antiga mentira virou verdade
E as tais mesas vazias
E depressa vai cada vez mais lenta
A noite e o dia feito o amor que se inventa
Arde, queima e contenta
Falso feitiço feito a destilada água que torpe
Os modos e as giras
que envolta de nós se sustenta
Nenhuma mesa, onde não a via
O local deixou a razão com sorte
A música acabou e o bumbo coração tenta
Bem mais poema do que cena
Eu sorrio vida que brilha, não me faço de dentes.
Vida não esfazia no feitio de mesas fazias.
Sexta feira dia 13
Gatos pretos vasculham seu medo
Ansiosos ao receios das surpresas
Na noite cheia do azar e da sorte
Onde muitos nascem
Outros morte.
Vontade que dá, esse seu cheiro de sumiço
Passa sem vontade na memoria que não há
Esse amor suplico em direção contrária
Eu ando pela rua e você calçada.
Enquanto eu te defendo de outros elementos
Olho pro seu vento e não encontro sua soprada
E penso: será mesmo nossa a mesma estrada?
Brisa de cangote
Flutuar feito os pés do filho
Vir do Mar quando enverga
Não é Banzeiro do Rio
São as ondas da praia
Oceano das marés
Sobe e desce na lua certa
Sobre o fim
Quando o mundo acabar
Quero fazer um show em sua homenagem
E a quem quiser ouvir
Tocar até começar tudo de novo
E poder dançar logo de cara!
Quando criança me achava feio e burro por que pensava que todo mundo fosse feio era burro, e isso mudou muito a minha vida a perspectiva de uma maneira geral. Quando passei a perceber outra lógica tanto tempo tinha passado, tantas situações. A concepção de beleza é uma ilusão burra da nossa fútil inteligência.