Tag gaúcho
Ser criança é uma coisa tão bela que todos nós guardamos uma parte da infância no coração e na lembrança.
Pedido de um fronteiriço...
Pra quem vier da Fronteira...
Me traga alguns presente...
Um Conaplole de leite...
Media luna e um pomelo...
Um vidro de caramelo...
Alegria e boa notícia...
Uma Norteña una Patrícia...
Um abraco do chibeiro...
Não esqueça do palheiro...
Do chouriço nem do pancho...
Um pedacito de chancho...
Pra vestimenta alpargata...
Uma solingen de prata...
Aquilo que é flor de faca...
Pra atravessar na guaiaca...
Em mode de precisão...
Por fim, daquele chão...
De regalo a boina encarnada...
pras festa da gauchada...
Me bombeando de primeira...
Saberem que sou da Fronteira...
E não preciso mais nada...
Uma hora, a gente percebe que, para ser feliz, precisa apenas de um ombro amigo, de um sorriso sincero e de um Chimarrão bem cevado.
“O locutor gaúcho acaba de anunciar que: `escoregou` uma `careta` `caregada` de `macarão` na `sera` de `Soriso`.
Eu, tu, dois filhos, um guri, e uma guria, juntos, fazendo um churrasco, tomando um mate e dando risada, que tal, topa essa comigo?
Estamos cada vez mais carentes de lideranças no país, em decorrência disso devemos, cada vez mais nos interessar por política, pois é por meio dela que o país se reerguerá.
[Invasão]
Sou uma eterna apaixonada da natureza e, no quintal passei a cultivar tomates. Especies: longa vida; rasteiro; tomatinhos cereja e tomate "gaúcho" (uma espécie aqui do RS).
Tirei duas colheitas e estava perto da terceira ...
Na última semana, uma família de insetos (Percervejos) invadiu meu novo plantio, escalou livremente os caules dos tomateiros, atacou e causou uma verdadeira destruição das folhas e dos frutos ainda verdes..
Os tomates não apenas nos alimentam, mas também fazem parte da cadeia alimentar de insetos, pragas e coisinhas similares.
É um círculo inevitável!
GAUDERIAR ANDEJO
É fato o gauderiar andejo
Nestes rastros como me vejo
Desenhos em cada pegada
Que por vezes ficam paradas
Encruzilhadas de escolhas
Ainda que meio zarolhas
Saber aguentar o repuxo
Tempera na forja o gaúcho
Muitas chispas em cada golpe
O quanto essa sina suporte!
Gaúcho macho
Preparando o meu Mate
para um original
Chimarrão Gaúcho macho,
Porque merece igual
cuidado quando
o coração está apaixonado.
Nunca me interessei em ser o melhor jogador do mundo, muito menos que as pessoas pensassem nisso; só queria jogar futebol, divertir-me e que as pessoas se lembrassem de mim por ser um jogador feliz. Eu me divertir muito em campo.
"A questão de Ronaldinho Gaúcho não é saber jogar futebol. O fato é que ele não tinha mais paciência, e muito menos necessidade, de fazê-lo. Ou seja, não suportava mais se submeter à rotina que exige disciplina, concentrações, viagens, e é claro, boa forma. Estava na hora de aproveitar a vida com o que ganhou de forma honrosa, com o talento e o suor de seu trabalho, ao longo de quase 20 anos." (Lance Prees - Extra On-line O Globo)
Eu sou gaúcha, mas nunca fui particularmente entusiasta de ser gaúcha. Na infância, vestia o traje de prenda, cantava músicas típicas e dançava na escola, como se fosse algo lúdico. Achava que, num mundo globalizado, pertencer a uma região era coisa do passado. Acreditava que éramos todos cidadãos globais e pós-modernos. Mas então vi minha terra arrasada, as ruas por onde caminho alagadas, o bar onde costumo ir com meus amigos debaixo d'água, o centro da cidade, onde há apenas duas semanas houve carnaval, inundado. Vi as cidades arrasadas, as pessoas com barro nas pernas e lágrimas nos olhos. Vi a água levar tudo, tudo, da minha gente. Foi aí que percebi o quanto pertenço ao Rio Grande do Sul. Pertenço à gente que amo, aos meus conterrâneos, e a dor de todos é minha também.
Li no jornal uma carta de uma senhora narrando a enchente de 1941. Enquanto ela descrevia a água subindo no centro de Porto Alegre, nos bairros Navegantes, São João, Menino Deus, nas ruas de Praia de Belas, com o Pão dos Pobres sendo evacuado, eu sentia um arrepio. Parecia que ela estava narrando minha própria experiência. Solidária, ela me deu voz e as suas palavras devolveram as minhas. Então, ela usou o termo "flagelados" para descrever aqueles que perderam tudo. Aquilo me assustou, achei forte. E me dei conta de que é uma das palavras que dá dimensão do que estamos passando. Um estado debaixo d'água, com milhões de flagelados. Não falo apenas daqueles que perderam suas casas ou entes queridos, falo de todos nós que estamos em estado de choque diante dessa tragédia. Dos meus amigos que saíram às pressas de casa, dos que perderam tudo, dos animais nos telhados, do vizinho idoso que vai comigo buscar água no espelho da Redenção, com nossos carrinhos de feira. E uma semana parece um século.
Há um mês atrás, quando a vida era feliz, estava no Rio de Janeiro e vi a exposição que Ailton Krenak realizou a curadoria, no CCBB. Lá tinha uma imagem de dois meninos e um homem num barquinho. Só se via a copa das árvores e muita água. Estavam sobre a aldeia onde moravam. Fiquei comovida, imaginando como seria passar por isso. Achei que entendia, que minha empatia alcançava. Eu estava errada. Eu não sabia de nada. A tragédia não se empresta. E o que posso fazer, como Krenak fez, é contar. O que quero dizer é que vamos viver, vamos reconstruir.
