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Porque o ato de cozinhar é um exercício de criatividade, de ciência, de química, de física. Uma aula maravilhosa de história de uma comunidade, de um município, de um povo, de uma civilização e de um planeta inteiro. Mas, muito além disso tudo: cozinhar é, indiscutivelmente, um dos maiores atos de amor que um ser humano pode ter por outro. A ideia de alimentar o próximo com aquilo de que se dispõe, de agradar ao paladar de um convidado, seja ele pobre ou rico, isso é indescritível. Se você não sente amor, não se aproxime da cozinha!
Os medíocres criaram uma espécie de militância, de fiscalização daquilo que se “pode” e daquilo que “não se pode”. Se alguém me flagra preparando um prato à base de aspargos na manteiga com figos marinados, eu sou imediatamente taxado de “pernóstico”, de “arrogante”, de “soberbo”. Mas se eu sou visto comendo um pseudo-hambúrguer podrão do McDonalds, aí já não tem problema, porque o padrão do McDonalds, na cabeça dos medíocres, “pode”. Só que eles desconhecem o fato de que um combo em qualquer lanchonete não artesanal custa quase o dobro do meu pacotinho de aspargos e de figos marinados.
A gastronomia tem um poder enorme de transformação. É através da comida que a gente fala sobre cultura, respeito, inclusão, saúde, sustentabilidade. Um restaurante pode ser um espaço de acolhimento, de troca, de reflexão.