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Principios e fins
As horas passam e os dias ficam
Perpetuados em minhas lembranças
Boas e ruins, princípios e fins
E aqui dentro de mim,
Só o que permanece
É o vazio.
Areia nos olhos
As despedidas têm gosto de vento seco,
um sopro que arrasta o que foi sem pedir licença.
O fim se veste de silêncio,
um manto pesado que cobre os restos
do que um dia chamou de lar o peito.
Amar é deserto, vasto e sem mapa,
onde os temores brotam como espinhos,
cravando-se na sola dos pés descalços.
Cada passo é um salto cego,
uma ponte estreita, oscilante,
tecida de fios que não vemos.
De olhos vendados, tateamos o ar,
o coração apertado entre o querer e o temer.
Será chão firme o próximo instante?
Ou o abismo, lama, esperando
para engolir o que sobrou de nós?
Os fins nos despem, nos deixam
diante do espelho quebrado das promessas.
E ainda assim, no meio da areia e da dúvida,
o amor insiste, miragem teimosa,
um oásis que nunca sabemos se é real.
O ponto que delimita o fim de alguma coisa, também marca o início de outra. Lembre-se: os fins são extremamente doloridos, mas os recomeços são mágicos. Direcione a atenção para o que você quer enxergar.
Aprendi com o tempo que a vida é feita de ciclos, por isso os fins são necessários para que os recomeços aconteçam.
É comum no amor, a gente ter tanto medo do fim, ao ponto de não sobrar coragem para viver com intensidade o começo.
Sei que a vida é um fluxo interminável de idas e vindas, chegadas e partidas, começos e fins. Tudo que começa termina, tudo que chega se vai, tudo flui, tudo passa, tudo muda, tudo se renova, mas eu nunca tive maturidade para encarar com naturalidade esse vai-e-vem da vida. Todo fim angustia-me ou enche-me de nostalgia, assim como os fins de tarde.
Os fins, sejam eles de dia, semana, mês ou ano, nos ensinam, que nada dura para sempre, que todo fim mais que um recomeço é uma oportunidade de fazer diferente o que por algum motivo estava errado ou simplesmente fazer ainda melhor o que já estávamos fazendo certo.
Não prendam os seres usurpadores e débeis.
Eduque-os porque foi está pedagogia ou anomalia psicótica ensinada por seres não evoluídos...
Um fim, apesar de indesejado
após tanto tempo investido
e vários momentos vivenciados,
também pode surpreender
quando se consegue compreender
que foi necessário
e que não há motivo para entristecer
e culpar a si ou apontar o culpado,
um feito difícil de se alcançar
e ainda há os fins que são tristes
mais difíceis de se aceitar,
Entretanto, com todos eles,
pode-se aprender e deve-se enfrentar
como uma fênix que precisa morrer,
em cinzas se tornar
para renascer e voltar a voar.
As nebulosas são mesmo fascinantes,
surgem de explosões de estrelas
com uma exuberância de cores,
são começos resultantes de fins,
há uma grande beleza nos seus pormenores, um deleite intenso
para os olhos,
uma sutileza divina pra lembrar
que não se deve facilmente desistir,
pois o fim de algo de muito valor
pode ser o início de algo grandioso
no porvir.