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'EM BRANCO'
Não quero passar a vida
como uma página em branco.
Não!
Quero escrever e pintar a minha história
usando das cores que eu tenho direito.
E ter o direito de criar outros personagens,
e até resgatar os que ficaram no passado.
Passados a limpo também serão os meus rascunhos,
que tanto me ajudaram a planejar cada parágrafo.
Traçando o risco,
virando a página
e arriscando um novo rabisco.
Sem apagar nada
pois a borracha eu não usarei.
Deixarei que as letras borradas sinalizem:
posso reescrever qualquer linha, qualquer traço.
As vírgulas? Eu vou usar e abusar delas.
Para que todo o instante seja um sopro de vida
e em cada curva eu tenha a certeza
de que o ponto final do meu livro
está longe de chegar.
Acho que quando escrevo não vejo as palavras, vejo as coisas.
Gosto de escrever os poemas
que vem de minha inspiração
não aprecio escrever sobre temas
cujos versos não vem do coração
Acompanhados do hábito da leitura e da escrita somos privilegiados no presente com as utilidades itinerantes do passado e também com a oportunidade de lapidação e concretização de melhorias para o futuro.
Escreve-se para não ser solitário e por amor aos outros; se você não tiver essa solidariedade, é bobagem escrever.
O meu “problema” talvez seja a compulsão. Escrevo, tenho de escrever, é o que me dá vida. Talvez eu não seja um grande escritor. Mas sou um escritor.
Certas situações confortáveis são desconfortáveis, e sendo o mundo literário de momentos de inclusão e exclusão, o jeito é ficar alerta. E isso significa o quê? Trabalhar.
Em primeiro lugar eu escrevo para existir, eu escrevo para mim. Eu existo no mundo e a minha existência repete-se nas outras pessoas.
Só gente muito ingênua acredita em autobiografia. E apenas hipócritas afirmam que estão contando o próprio passado.
Acontecimento da vida
Nunca vi
Nada tão escuro
Como hoje.
Talvez entrara
Em uma ilusão,
E os acontecimentos
Da vida
Ajudaram.
Eu já escrevi muita coisa idiota,
com as quais já não concordo;
assim como já escrevi coisas belas
nas quais não acredito mais.
Convém a cada um ler o que escrevi
e receber conforme sua experiência e sabedoria.
Nenhuma palavra é sagrada.
Neste mundo tudo é imperfeição.
A canção que produz
em meu coração desajeitado
são os versos entoados
pela melodia escrita com a alma
que ama amar você
a cada alvorecer
Engana-se quem pensa que não sinto. Sinto sim, e muito. Mas não preciso explicar. Não quero. Não devo.
Minha voz trêmula
se cala
em meus lábios.
Minha escrita trêmula
se encerra
em minhas mãos.
Apenas meus olhos contam.
Sou uma eterna estudante,
amante da literatura e das artes...
adoro escrever crônicas
como me aventurar pelo mundo dos contos
e me perder e me encontrar na doçura da poesia.
talvez a minha irresponsável perda de tempo com a escrita esteja a visitar estrelas, altura astronômica. não importa, insisto.
na escrita que aprendi a conversar, ouvir, ver. acho que é por causa dessa narrativa constante que fica se formando na cabeça para explodir em desabafo de letras é que a alma não atrofia e consigo perceber os instantes longe da catarse.
Tem frase que flui naturalmente, outras levam tempo para amadurecer. Há aquelas elaboradas, mas as que eu prefiro, são as que trilharam o caminho do coração.
Aprendi que ninguém se torna poeta, a menos que nasça com o coração de um. Aprendi que não desperdicei meu tempo estudando latim. Aprendi que alma e espírito diferem um do outro. Aprendi que o amanhecer é uma ilusão, é só o crepúsculo de baixo pra cima - ou não? Aprendi ocultismo, embora pouco tenha praticado. Aprendi que a obra de Fernando Pessoa não deve ser lida em um instante - entenda por "um instante" a contagem de tempo que preferir - mas sim no decorrer de uma vida. Aprendi, da pior maneira, que depressão não é apenas uma fase, e que hora ou outra ela passa, e fica. Aprendi que amores passageiros são os mais gostosos e que quem jura amor eterno mente descaradamente. Aprendi a não negar os prazeres da vida, a vida é curta para que eu o faça. Aprendi que professoras são os primeiros amores da infância - as bonitas. Aprendi a desapegar do que antes - com apego - me fazia mal. Aprendi que as virtudes transforma-se em vícios se não as ponderarmos e, com Shakespeare, aprendi que nossas dádivas são traidoras. Aprendi que "mais" é antônimo de menos e "mas" é conjunção adversativa. Aprendi que amigos e família são importantíssimos em nossas vidas. Aprendi a adorar os superlativos. Aprendi que escrever logo pela manhã, enquanto o sol nasce, é delicioso. Aprendi que café é bom, mas fazer amor pela manhã é melhor ainda. Aprendi quê: “SÓ O QUE ESTÁ MORTO NÃO MUDA!”.
- E que mudo a cada palavra escrita!
