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Moça, fique firme, vai passar. A dor é grande e parece que invade o teu peito de uma forma tão violenta, que te deixa sem força. Eu sei, moça, é duro. Mas, fique firme. Repare que, todos os dias, dezenas de relações se rompem, se deterioram e se acabam. Seu coração foi feito pra sobreviver a isso. É tudo orquestrado, moça. Em breve você vai perceber que só frequentou uma boa escola. Aprendizado. Experiência. Leve isso com você. Levanta essa cabeça e fica firme.
Moça, não tenha medo das adversidades do caminho. Se for pra chorar, que seja sozinha assistindo um drama épico na Netflix no final da tarde de um domingo qualquer. Mas, chorar por alguém que não demonstra importância em te fazer sorrir, moça, é burrice. Não trate isso com normalidade, porque o amor não é a fatalidade que vendem por aí. Não creia na lenda de que todo casal vive nessa inconstância sentimental de arrogância e vacilos tolos de homens bobos. Tenha amor por você e pela sua felicidade. E só ame quem amar a sua felicidade, também. Porque, moça, quem amar a tua felicidade vai lutar, até em dias tristes, para te fazer sorrir.
O ator de 54 anos, Domingos Montagner, deixa mulher e três filhos. Morreu numa tarde de quinta-feira, após passar a manhã gravando cenas finais de uma das mais belas e densas novelas da Rede Globo, Velho Chico. Um mergulho em uma tarde de quinta-feira. Em uma folga, ao lado da companheira de trabalho, Camila Pitanga. Rápido como o estampido de um estouro. Segundos de distração nas correntezas de um rio carregado de misticismo e significado. Um rio onde, dias atrás, cenas da novela se desenrolavam no afogamento e resgaste do seu personagem.
Em um estampido. Daqueles que causam choque e que não sabemos se é tiro ou se é bomba. Talvez, em um tempo menor do que o barulho que nos causa a mente. A vida se esvai. Escapa das nossas mãos em uma dança melancólica de perplexidade, como declarava os repórteres globais ao anunciar a morte do colega de emissora. Perplexidade. A morte e seus significados. E essa mania de mexer com o coração da gente. Com o estomago da gente. Eu, que tanto tenho me irritado ultimamente. Que tenho estourado por tão pouco. Que tenho dito tantas coisas desnecessárias a gente que não vale a pena, e deixando de dizer tantas coisas que vale a pena as pessoas necessárias. Eu, que tenho pedido pro dia ter um pouco mais de tempo pra que eu possa dar conta de tanta coisa. Que tenho mantido com o café uma relação séria e essencial para manter os meus olhos abertos..
A morte e seus efeitos. O sentimento de tristeza é obvio. Um ator, protagonista de uma novela em reta final. Mas, o choque é por saber o quanto somos e estamos à mercê de morrer. Amanhã, daqui a uma semana. Ou agora. Brincamos de viver, achando que nunca vamos morrer. E quando acontece um fato desses, engolimos seco. A morte mostrando quem manda. E quem se habilita a desafia-la agora?
Muitas pessoas vão dizendo mal de nós à medida que vamos fazendo o bem que elas não conseguem fazer.
Nas redes sociais as pessoas não mostram o que elas realmente são ou o que sentem, mas sim aquilo que elas gostariam de ser e o que sabem que causa inveja, desejo e compaixão aos outros.
O tamanho das nossas ideias depende muito do número de idiotas que se juntam e que conspiram contra elas.