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Ah, e se o acaso fizer pouco caso [...] e o descaso não for o meu caso... darei azo ao acaso e sem me importar, farei pouco caso do teu descaso. E caso o acaso provoque o descaso... eu caso, sem criar caso, pois o infortúnio é mesmo um acaso.

Inserida por AdeliaArgolo

A felicidade de um amigo deleita-nos. Enriquece-nos. Não nos tira nada. Caso a amizade sofra com isso, é porque não existe.

Caso do Vestido

Nossa mãe, o que é aquele
vestido, naquele prego?

Minhas filhas, é o vestido
de uma dona que passou.

Passou quando, nossa mãe?
Era nossa conhecida?

Minhas filhas, boca presa.
Vosso pai evém chegando.

Nossa mãe, dizei depressa
que vestido é esse vestido.

Minhas filhas, mas o corpo
ficou frio e não o veste.

O vestido, nesse prego,
está morto, sossegado.

Nossa mãe, esse vestido
tanta renda, esse segredo!

Minhas filhas, escutai
palavras de minha boca.

Era uma dona de longe,
vosso pai enamorou-se.

E ficou tão transtornado,
se perdeu tanto de nós,

se afastou de toda vida,
se fechou, se devorou,

chorou no prato de carne,
bebeu, brigou, me bateu,

me deixou com vosso berço,
foi para a dona de longe,

mas a dona não ligou.
Em vão o pai implorou.

Dava apólice, fazenda,
dava carro, dava ouro,

beberia seu sobejo,
lamberia seu sapato.

Mas a dona nem ligou.
Então vosso pai, irado,

me pediu que lhe pedisse,
a essa dona tão perversa,

que tivesse paciência
e fosse dormir com ele...

Nossa mãe, por que chorais?
Nosso lenço vos cedemos.

Minhas filhas, vosso pai
chega ao pátio. Disfarcemos.

Nossa mãe, não escutamos
pisar de pé no degrau.

Minhas filhas, procurei
aquela mulher do demo.

E lhe roguei que aplacasse
de meu marido a vontade.

Eu não amo teu marido,
me falou ela se rindo.

Mas posso ficar com ele
se a senhora fizer gosto,

só pra lhe satisfazer,
não por mim, não quero homem.

Olhei para vosso pai,
os olhos dele pediam.

Olhei para a dona ruim,
os olhos dela gozavam.

O seu vestido de renda,
de colo mui devassado,

mais mostrava que escondia
as partes da pecadora.

Eu fiz meu pelo-sinal,
me curvei... disse que sim.

Sai pensando na morte,
mas a morte não chegava.

Andei pelas cinco ruas,
passei ponte, passei rio,

visitei vossos parentes,
não comia, não falava,

tive uma febre terçã,
mas a morte não chegava.

Fiquei fora de perigo,
fiquei de cabeça branca,

perdi meus dentes, meus olhos,
costurei, lavei, fiz doce,

minhas mãos se escalavraram,
meus anéis se dispersaram,

minha corrente de ouro
pagou conta de farmácia.

Vosso pais sumiu no mundo.
O mundo é grande e pequeno.

Um dia a dona soberba
me aparece já sem nada,

pobre, desfeita, mofina,
com sua trouxa na mão.

Dona, me disse baixinho,
não te dou vosso marido,

que não sei onde ele anda.
Mas te dou este vestido,

última peça de luxo
que guardei como lembrança

daquele dia de cobra,
da maior humilhação.

Eu não tinha amor por ele,
ao depois amor pegou.

Mas então ele enjoado
confessou que só gostava

de mim como eu era dantes.
Me joguei a suas plantas,

fiz toda sorte de dengo,
no chão rocei minha cara,

me puxei pelos cabelos,
me lancei na correnteza,

me cortei de canivete,
me atirei no sumidouro,

bebi fel e gasolina,
rezei duzentas novenas,

dona, de nada valeu:
vosso marido sumiu.

Aqui trago minha roupa
que recorda meu malfeito

de ofender dona casada
pisando no seu orgulho.

Recebei esse vestido
e me dai vosso perdão.

Olhei para a cara dela,
quede os olhos cintilantes?

quede graça de sorriso,
quede colo de camélia?

quede aquela cinturinha
delgada como jeitosa?

quede pezinhos calçados
com sandálias de cetim?

Olhei muito para ela,
boca não disse palavra.

Peguei o vestido, pus
nesse prego da parede.

Ela se foi de mansinho
e já na ponta da estrada

vosso pai aparecia.
Olhou pra mim em silêncio,

mal reparou no vestido
e disse apenas: — Mulher,

põe mais um prato na mesa.
Eu fiz, ele se assentou,

comeu, limpou o suor,
era sempre o mesmo homem,

comia meio de lado
e nem estava mais velho.

O barulho da comida
na boca, me acalentava,

me dava uma grande paz,
um sentimento esquisito

de que tudo foi um sonho,
vestido não há... nem nada.

Minhas filhas, eis que ouço
vosso pai subindo a escada.

Carlos Drummond de Andrade
Andrade, C. D. "Nova Reunião - 19 Livros de Poesia", José Olympio Editora - 1985

Tenho também meu lado ingênuo, carinhoso e aventureiro.
Sou amante dos sonhos e refém dos meus desejos.
Às vezes ciumenta, apegada e carente.
Logo mais Independente e, quando necessário, indiferente.
Responsável e sem juízo.
Talvez já seja quase um caso perdido!
Às vezes sou silêncio e solidão.
Em outro instante quero gente à volta, adrenalina e emoção.
Ora sou fogo e logo mais tempestade.
Sou brisa suave e chuva de verão.

Em caso de despressurização

Eu estava dentro do avião, prestes a decolar, e pela milionésima vez escutava a orientação do comandante: "Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão automaticamente a sua frente. Coloque primeiro a sua e só então auxilie quem estiver a seu lado". E a imagem no monitor mostrava justamente isso, uma mãe colocando a máscara no filho pequeno, estando ela já com a dela.

É uma imagem um pouco aflitiva, porque a tendência de todas as mães é primeiro salvar o filho e depois pensar em si mesma. Um instinto natural da fêmea que somos, todas. Mas a orientação dentro dos aviões tem lógica: como poderíamos ajudar quem quer que seja estando desmaiadas, sufocadas, despressurizadas?

Isso vem de encontro a algo que sempre defendi, por mais que pareça egoísmo: se quer colaborar com o mundo, comece por você.

Tem gente à beça fazendo discurso e reclamando em nome dos outros, mas mantém a própria vida desarrumada. Trabalham naquilo que não gostam, não se esforçam para manter uma relação de amor prazerosa, não cuidam da própria saúde, não se interessam por cultura e informação e estão mais propensos a rosnar do que a aprender. Com a cabeça assim minada, vão passar que tipo de tranqüilidade adiante? Que espécie de exemplo? E vão reivindicar o quê?

Quer uma cidade mais limpa, comece pelo seu quarto e seu banheiro. Quer mais justiça social, respeite os direitos da empregada que trabalha na sua casa. Um trânsito menos violento, é simples: avalie como você mesmo dirige. E uma vida melhor para todos? Pô, ajudaria muito colocar um sorriso neste rosto, parar de praguejar, encontrar soluções viáveis para seus problemas, dar uma melhorada em você mesmo. Tudo o que nos acontece é responsabilidade nossa, tanto a parte boa como a parte ruim da nossa história, salvo tragédias pessoais e abandonos sociais. E, mesmo entre os menos afortunados, há os que viram o jogo, ao contrário dos que viram uns chatos.

Antes de falar mal da Caras, pense se você mesmo não anda fazendo muita fofoca. Coloque sua camiseta pró-ecologia, mas antes lembre-se de não jogar lixo na rua e nem de usar o carro desnecessariamente. Uma coisa está relacionada com a outra: você e o universo. Quer salvá-lo? Garanta-se primeiro. Não se sinta culpado em pensar em si próprio. Cuide da sua saúde. Arrume o que é seu. Agora sim, estando quite consigo mesmo, vá em frente e mostre aos outros como se faz.

O instinto é uma coisa maravilhosa. Ele não pode ser explicado nem ignorado.

Agatha Christie
Agatha Christie, O Misterioso Caso de Styles (1920)

Não aconselhes o tolo:
em qualquer caso ele te culpará depois.

A vida é como uma corrida: haverá sempre pessoas mais velozes ou mais lentas que você. Tudo o que conta, no final, é o vigor que você despendeu ao percorrer o trajeto.

Te juro que se me der tua mão, não vou pegar no braço, mas sim na cintura.

Quando você avistar uma mulher solteira almoçando com um amigo, ela está almoçando. Não está tendo um caso ou namorando!

Não posso interferir
Na sua decisão
Mas de nós dois
Eu não abro mão

Quer ficar com ela, fica
Mas fique sabendo
Que eu vou ser seu caso pro resto da vida

Não que seja demais, talvez seja até de menos o meu exagero, precipitado, em te/me apaixonar. Só não venha me dizer que eu não avisei que eu era caso sério. Feliz demais por um mistério. - (Meu pedaços - Nanda Ribeiro)

O acaso não deveria fazer parte nesse caso.

Falsas esperanças,
falsas palavras,
falso arrependimento,
falso ódio,
falsas verdades vindo de um
falso caso, com falso conhecimento.
Onde a verdadeira atração,
que pode ser física ou não, geram uma
falsa (quase que verdadeira) alegria.
Porém, o amor, nem chega a ser falso.
Pois ele nunca existiu.
Diante de toda essa ''boa falsidade'' viciante,
espero ao menos criar um
falso vínculo.
Já entrei na sua vida!
E apesar de ter sido surreal. Vimemos na realidade,
melhor dar valor ao que se pode sentir, tocar; ver de perto sabe?!
Eu sei que você sabe...
sei que finge estar distante.
Mas sabe que já esteve perto demais.
Então, que desta vez seja novamente surreal.
Ou melhor, falsamente real.

O tempo passa rápido demais, sabe, e todo ano que termina é um ano a menos que não posso mais recuperar.

O importante não é a queda, pois ela é inevitável, o importante é reerguer-se.

Aprenda a gostar de seus fracassos, pois são eles que o construirão. Seus fracassos é que darão sabor às suas vitórias.

Quem ousa vence, Marcus. Pense nisso sempre que estiver diante de uma escolha difícil.

Uma vez alguém me disse que nada acontece por acaso.
Porém, nós nos conhecemos por acaso e terminamos por acaso,
nosso caso foi por acaso, e não passou de um mero caso.

⁠Você só terá vivido Paris quando tiver tido pelo menos um caso extremamente indecente.

⁠Meus medos ao denunciar eram o investigador e o promotor que assumiriam o caso, pois os dois podem destruir o processo se não o levarem a sério e investigarem bem e se decidirem não acusá-lo.

SONETO Nº3 - CASAS, CASOS E CASADOS

⁠tanta casa sem gente 
e tanta gente sem casa
tanta gente se casa
e tanta gente descasa

descasa por puro descaso
casa só pra ter casa

há quem crie asa mesmo depois que casa
e quem depois de casado se encasa
casos que parecem ser de caso pensado
e acasos que de caso em caso já é casado

gente que se junta pra evitar pergunta
gente que desculpa pra esconder a própria culpa
gente que se ama mas não casa
e gente que só pra esquentar a cama se casa

tem ainda quem depois que casa tem um caso
e quem prefere o acaso a casar
mas o caso não está no casar em si
e tampouco no "se casar"

casar por casar é como sair de casa 
só pra não se atrasar 
ou evitar o azar
pois há casa em demasia
mas pouca casa há um lar

Água e livro não combinam, exceto no caso de prova dágua⁠.

O caso.

E naquela noite
Não era o meu dia,
Era tarde demais.

Inserida por FrancismarPLeal

Que oração?

Não uso acessórios desnecessários.
O relógio, por exemplo. Neste caso,
Vi que o tempo me apertava o pulso.

Inserida por FrancismarPLeal