Tag branco
Havia algo no ar, enigmático,
desencontros, um vazio,
seria um adeus?
soando a melodia do cansaço
em compasso final, dolorido,
deixando desafinadas notas
a brindarem em acordes tristes
a saga do que foi, mas que talvez,
nunca tenha sido...
Olhos alucinados visam superfície rosada
Lacrimejando meu espasmo nervoso
Por que é penoso
Quando aprecio de seu ouro?
Lorde clemente, não suporta intenção divina
O presente que me foi dado, tomado para mim
Santificada sob mãos cautelosas
Agasalhada angelical
Longe dos indignos
A felicidade esbelta platina
Marcada desde nova em sua inocente serventia
Chacoalhava tempo a tempo em seu balanço na pradaria cinza
Sem o tempo importar
A quem mais importaria?
Um paraíso preso a um jardim cinzento
Carregava consigo seu reflexo primaveril
Refletida em carne e sangue
A alma dividida unicamente igual
Uma imperativa garota ao rumo da outra
Razões existênciais que vibram
Construindo sem parar meu mártir ensandecido
O caminho criado a base de prazer sem fim
Sou o guia desta viagem lasciva
Rumando direção contrária dos valores
Ó destino incolor marcado por mim
Trajando vestes brancas como marfim
Leva-me aos céus, minhas flores do pecado
Esperar que o Congresso elabore e aprove Leis mais rigorosas para combater e punir corrupção - é o mesmo que esperar dos ratos 🐁uma manifestação pública em favor da ratoeira e do chumbinho.
Poemeto
Ondas cantam no mar
em acordes de sal e sol
para a todos encantar
Acordes de sal e sol - metáfora criada pela autora
Endeusava o branco
Por não ser o padrão real
Mas compreendeu
Que o mundo é seu,
Tentar nunca faz mal
Vestido branco
Mar calmo, sol escaldante,
pernas a vista, capelos espalhando charme e seu perfume através dos ventos sem freios,
na escadaria feita para os passos de uma Deusa seu vestido branco revela a chegada do grandioso momento,
no horizonte, a cúpula em cor azul da igreja beija a orla e abençoa o mar com a sensação de uma brisa em meio a uma miragem.
Folha em branco
Te entreguei uma folha em branco,
feche os olhos e entenda o presente,
desenhei carinhosamente duas pessoas abraçadas,
um coração,
um relógio quebrado,
e quatro pegadas na areia caminhando rumo ao infinito.
Eu posso consertar uma página ruim. Não consigo consertar uma página em branco.
EM BRANCO ...
Olho-te devaneando, arranjando, e aí tento
No vácuo do teu vão, da palidez e alvura fria
A poesia que transvaze do meu pensamento
E, somente rabisco uma fisionomia tão vazia
Mas, insisto no carente, inteirar o anseio lento
Com feito, fantasia: - nessa sensação sombria
E assim, então, criar solenidade no momento
Para ver se abranda a minha solitária melodia
Em branco, a imaginação no papel em agonia
Escreve e apaga, retira e devolve, cria e recria
Que zombaria, e a desordem devora o escrito
Ó solidão, fala alto, deslustrando cada ensejo
Tudo revelado, nada mostrado, e pouco vejo
Neste curto desejo, só um versar mais aflito! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/02/2021, 11’42” – Triângulo Mineiro
Você pode pensar que tudo está em preto e branco, porém a vida mostra que está sempre colorida!
Basta abrir os olhos e olhar ao redor!
Raízes da existência
Já não podemos mais admitir
preconceitos e diferenças tais
que desde sempre existiram
separando as pessoas e sem razão
Todos nós somos capazes
de entender que é uma missão
sermos unos nesta breve passagem
em busca do melhor a todos e da paz
( 001 )
· 23 de setembro de 2012 ·
PÁGINAS EM BRANCO
Jenário de Fátima
Tudo aquilo que nos sempre vivemos,
nos rumos que tomaram nossas vidas,
pelas noites de insônia, mal dormidas
Ou na quebra das promessas que fizemos.
lembrando bons amigos que perdemos,
ou canções que já não mais são ouvidas
Chorando as tristezas escondidas
de amores dos quais nunca esquecemos.
Tudo isso faz parte de nossa historia,
Historia que vivemos dia a dia
Editadas em um livro na memória.
E a minha, pra lhe ser sincero e franco,
Dá-me um aperto, uma angústia, uma agonia,
Quando olho tantas páginas em branco.
Em pleno o século XXI, os homens ainda se perguntam o porquê das várias raças, nunca vir ou ouvir dizer, que há um jardim, com apenas uma flor.
Se nós seres humanos fossemos como as cores, o que melhor nos representaria seria o branco e preto, as particularidades que os cercam refletem de forma exata a personalidade de cada um, o branco traz consigo a sensação de paz, esperança, alegria e contagia a todos ao seu redor, entretanto o preto carrega consigo a dor, tristeza e necessidade de sermos fortes quando não aguentamos mais… Assim somos nós, pessoas que em determinados momentos estamos felizes, comunicativos, rindo atoa com nossos amigos e familiares, e outros que de tão sombrio, procuramos o isolamento, choramos sem nem entender e quando mais nada parece ter saída, levantamos a cabeça e vamos à luta com uma força que não conseguimos compreender. Ao meu vê, o branco e preto são as cores que mais tem cor, pois conseguem refletir tanto a alegria e prazer da chegada, quanto o choro causado pela dor da partida.
#TARDE #CHUVOSA
Feliz, embora louco...
Dizendo coisas que ninguém entende...
Enquanto a chuva fina chega de mansinho...
Pelo meu rosto branco, sempre frio...
Uma ilusão de sonho...
Vendo as estrelas que choram sozinhas no mesmo lugar...
Num instante com a paz e a harmonia...
Flores nas asas do vento...
Caminhando com a saudade infinita no peito...
Muito além do que o pensamento pode alcançar...
Abri os gomos do tempo...
Sinto o que eu não posso ter...
Descobri que tudo foi um doce engano...
Amo por apenas crer...
Espero um amanhã por toda a vida...
Apesar do vento forte...
E da chuva no caminho...
Sei que está o destino...
Sandro Paschoal Nogueira
Branco azul
Uma folha em branco
agora com curvas azuis
pela simples atitude
há tão pouco reprimida
de uma mente fértil
mas sorrateiramente fugaz
Uma folha em branco
o espelho de um autorretrato
que quase sempre em cacos
reflete as distorções do mosaico da vida
Uma folha em branco
pronta pra ser escrita
lida, sentida, desvendada
e que reluta constantemente
a esse ato de coragem
Resistência
Uma folha em branco... não mais.
Letras, desenhos, símbolos, emoção
no momento em que se permitir,
ainda que com rasuras,
ser arte
na curva de uma caneta azul.
"Quando a gente olha com os olhos do outro, vê muito mais ...e aquilo que nós pensavamos ser cinzento,não é cinzento mas uma tonalidade que se desbotou do branco"
