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O sofrimento de um pai que enfrenta a alienação parental após a separação da ex-esposa é uma experiência dolorosa e devastadora. Ele vê o vínculo com seus filhos, uma das maiores alegrias da vida, sendo lentamente corroído pela manipulação e má influência da mãe sobre o imaginário infantil. Mesmo amando profundamente seus filhos e desejando estar presente em suas vidas, ele é empurrado para uma realidade cruel, onde a ex-esposa usa o poder emocional que detém sobre as crianças para afastá-las dele.
A alienação parental, nesse contexto, é uma forma de abuso psicológico. A mãe, ressentida pela separação ou movida por seus próprios conflitos não resolvidos, implanta nos filhos uma visão distorcida do pai. Aos poucos, as crianças, ainda incapazes de compreender totalmente a complexidade da situação, começam a ver o pai como alguém distante, até mesmo hostil, quando, na verdade, ele luta diariamente contra essa distorção, ansiando apenas por reconquistar o amor e a confiança deles.
Esse pai se encontra num limbo emocional. Cada encontro com os filhos é impregnado de tensão e incerteza, e ele sente a frieza e a desconfiança nos olhares que antes o recebiam com amor. O riso, os abraços, as conversas espontâneas que outrora marcavam a relação, agora são substituídos por silêncios desconfortáveis, palavras ensaiadas, fruto da má influência a que os filhos são submetidos.
A dor de ser mal compreendido por aqueles que ama é imensa. É como ser invisível para os próprios filhos, mesmo estando presente. O pai sente-se impotente, porque, apesar de seu esforço em mostrar quem ele realmente é — um pai amoroso e comprometido — a narrativa manipulada pela mãe sempre parece prevalecer.
No fundo, o maior medo desse pai não é perder uma batalha judicial, mas sim perder o que realmente importa: a conexão emocional com seus filhos, o direito de ser lembrado como aquele que os ama incondicionalmente, que esteve lá para eles, mesmo quando o mundo parecia querer separá-los. Ele sofre em silêncio, com a esperança de que um dia seus filhos possam enxergar a verdade e reconhecer o amor que ele sempre ofereceu, mesmo à distância.
Rússian Roulette
A aparência ingénua que me adornava fez com que eu, desavisada, adentrasse no pérfido jogo da roleta-russa da vida. Quantas vezes, em busca de paz, não puxei o gatilho, ciente de que sempre tive razão em meu íntimo?
Com o passar do tempo, notei a marca do egoísmo estampada em teu semblante, nas palavras que proferias como lâminas afiadas. Contudo, ao lançar meu olhar nas profundezas de teus olhos, percebo um bloqueio sombrio; cada vez que te encontras mergulhado em teu próprio jogo, tentas mudar a estratégia, mas a essência permanece.
Compreende, ó ser enigmático, que agora sou eu quem joga. Aprendi contigo os ardis desta dança cruel. O fato de desconhecer os labirintos da minha mente te angustia; essa é a intenção que almejo, pois este é o teu jogo.
E ao final, já conheço o desfecho: rodarás o tambor com uma risada sarcástica, embriagada pelo teu ego inflado. Será nesse momento fatídico que se dará o fim do jogo,do seu jogo para sempre.
Eu aprendi que em uma discussão, ou crise qualquer, temos que cuidar e ter condições de escolher as melhores palavras. Não é prudente humilhar, diminuir, desrespeitar, julgar motivações, sugerir necessidade de Deus, loucura ou tratamento mental e, em última instância, sugerir a morte da outra pessoa. Tudo isso, dependendo do ambiente e da frequência, pode ser considerado como abuso.
TODO ABUSO DE PODER SO GEROU REVOLTA E SOFRIMENTO.
JÁ A SABEDORIA GEROU GENTILEZA, PAZ E CALMARIA.
SE VOCÊ NÃO TEVE O QUE QUERIA TER, NÃO FOI PORQUE VOCÊ NÃO PODIA, MAS É PORQUE VOCÊ NÃO SABERIA LIDAR DE FORMA SÁBIA, GENTIL, E CALMA COM A ALMA.
E AÍ, VOCÊ ABUSARIA DO SEU PODER E TRARIA AINDA MAIS TRISTEZA DO QUE NÃO TENDO O QUE TANTO QUERIA.
Se você já saiu de uma situação complicada, sabe o caminho pra sair novamente!
E ainda pode fazer melhor, pegar outra rota, refazer os planos e simplesmente nunca mais voltar
"Quem desvaloriza uma mulher se justificando pelo modo que ela se comporta, não tem caráter. Por mais devassa e promíscua que seja, mesmo assim é dever tratá-la com dignidade e respeito."
Quanto você já suportou para não ficar só? A solidão te machuca mais que esse relacionamento abusivo, desrespeitoso e desumano?
A VITRINE DO SILÊNCIO
Na vitrine do Fatal, suas curvas perfeitas ofuscam sua real natureza.
Olhos curiosos a espiam, desejos silenciosos a consomem.
Um sorriso falso, máscara de seda velando a dor que a consome.
Lágrimas amargas, atrás do rímel, invisíveis aos olhares mundanos.
A beleza, um cárcere privado; a mercadoria exposta, a carne em oferta, a alma em leilão.
Um preço a pagar, um sorriso forçado, a dignidade em estilhaços.
O Fatal sorri, a sociedade cúmplice, enquanto ela se desfaz em silêncio.
A cada transação financeira, a cada olhar lascivo, a cada toque frio, a realidade se impõe: ela está presa em um sistema que a define, que a explora, que a condiciona.
Com o "EU" fragmentado, sonhos desfeitos, futuro incerto, um vazio profundo.
Mas o Fatal não se limita àquela vitrine. Sua sombra se estende por toda parte, transformando cada um de nós em mercadoria. O Fatal, a vitrine, um reflexo distorcido da sociedade. Vendemos sorrisos forçados em reuniões; nosso corpo e mente, em jornadas exaustivas; nossos sonhos, em troca de migalhas de reconhecimento. A alma, uma mercadoria barata, negociada em contratos e relações tóxicas. A liberdade? Um luxo perdido a cada hora extra, a cada compromisso assumido por obrigação, a cada "sim" que significa "não". A prostituição, em suas múltiplas facetas, se infiltra em cada canto da vida, espreitando nas relações interpessoais, nas pressões sociais, nas demandas do trabalho, nas expectativas da sociedade. A hipocrisia se espreita em cada julgamento, em cada crítica, em cada olhar que condena, mas que se alimenta do mesmo sistema que explora. A busca por validação, por reconhecimento, por segurança, nos reduz a estilhaços, vítimas e cúmplices dessa grande farsa. A mulher na vitrine, um símbolo dessa realidade, um reflexo de nós mesmos. Ela vende seu corpo; nós vendemos nosso tempo, nossa energia, nossa dignidade. A moeda de troca é diferente, mas a essência da transação é a mesma: a alienação, a exploração, a busca desesperada por sobrevivência em um sistema que nos reduz a mercadorias.
Na vitrine ou na rotina, a alienação é a mesma; a exploração, sistêmica; e a luta pela dignidade, uma constante e necessária revolta contra a hipocrisia que nos cerca...
(a.c) -
21/02/2025
Medir a crueldade, a violência e o abuso com parâmetros de justiça sem a compaixão de se colocar no lugar do próximo é o mesmo que cometer o pecado que está julgando. Quando por religiosidade é a mesma falta de fé dos fariseus e carrascos que crucificaram o Cristo.
Na terra de natureza abundante e horizontes vastos, a mulher brasileira dança sob céus nebulosos, contrastantes e nefastos.
Nas sombras do cotidiano, uma dura realidade, ela foge do espectro da violência, sem descanso, sem piedade.
No lar, onde deveria encontrar abrigo e amor, é onde muitas vezes enfrenta um mar de odio, violência e temor.
Entre paredes que testemunham silêncios amargos, a mulher brasileira busca forças e se contenta com migalhas e desprezíveis afagos.
No tecer de seus dias, entre laços e desvãos, enfrenta o desconhecido, sem medo de seus grilhões.
Em um sistema que às vezes parece não notá-la, ela ergue sua voz, desafia a injustiça, mas a maioria se cala.
Com a coragem de quem tece os fios do destino,a mulher brasileira é luz em meio ao seu futuro escuro em desalinho.
A maioria dos empregadores brasileiros, sobre tudo entre os jovens e em lugares de baixa renda, exploram e desrespeitam a mão de obra dos trabalhadores, visando altos lucros financeiros e impondo jornadas imorais bem perto da nefasta escravidão.
O problema dos relacionamentos abusivos não é propriamente eles, somos nós. Nós é que demoramos tempo demais para reconhecer, para entender que é tóxico, para aceitar que nos faz mal, nós é que demoramos tempo demais para sair deles. Na esperança de que a pessoa mude, vamos perdendo as forças. Às vezes, quando finalmente saímos já não resta mais nada em nós de alto estima e amor-próprio. O deserto que fica é tão vasto que durante anos nada de bonito cresce ali. O tempo de reconstrução é demorado e dolorido. Não espere ficar acabada por completo para ir embora, para sair de um relacionamento que te deixa doente.
Às vezes, romantizamos um relacionamento abusivo porque acreditamos que os raros momentos bons que passamos superam os momentos ruins. Nos agarramos com força as essas migalhas de amor e seguimos frustrados e infelizes mentindo para nós mesmos e alimentando por medo ou covardia um sentimento que só nos faz mal.
Nós mulheres, demoramos para descobrir que estamos em uma relação abusiva porque é sempre fofo as exigências de quem amamos, confundimos atitudes abusivas com zelo e seguimos achando que quanto mais zeloso, mais merece o nosso amor.
A maioria das mulheres têm medo de terminar uma relação abusiva por medo de ficarem sozinhas e mal sabem elas que já estão sozinhas e que além de estarem sozinhas ainda carregam o peso de uma relação morta, que as impedem de sair do lugar e enxergarem novos horizontes.
A praxe é só um pretexto!...
Dizem que é p'ros integrar;
Mas, eu não vejo um só texto,
Que me faça acreditar.
Pode servir p'ra acalmar,
Violar e conviver;
Mas, também, pode ajudar
Alguns ímpios a vencer!
in VERSOS - Trovas e Sonetos
Velocidade
Circulam em excesso de velocidade,
Como se de um autódromo se tratasse.
De ninguém têm piedade,
Para exibirem a sua classe.
Velocidade desalmada
Ligam o carro e põem a sirene a gritar.
Depois, é só acelerar e acelerar…
Atingem velocidades de arrepiar
E os pacóvios têm de se desviar…
Impunidade
O líder permite que eles maltratem os cidadãos,
Com injúrias e agressões das próprias mãos.
Mas, a culpa é dos ignorantes, cúmplices desta dança,
Que esperam, no conforto do seu recato, pela mudança.