Subestima a minha Inteligencia
Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida.
Minha boca
é pouca
pro desejo
que anda à solta.
A culpa minha, maior, é meu costume de curiosidade
de coração. Isso de estimar os outros, muito ligeiro,
defeito esse que me entorpece
Minha vida se divide em três fases.
Na primeira, meu mundo era do tamanho do universo
E era habitado por deuses, verdadeiros e absolutos.
Na segunda fase meu mundo encolheu,
ficou mais modesto e passou a ser habitado
por heróis revolucionários que portavam armas
e cantavam canções de transformar o mundo.
Na terceira fase, mortos os deuses,
mortos os heróis, mortas as verdades e os absolutos,
meu mundo se encolheu ainda mais
e chegou não à sua verdade final
mas a sua beleza final:
ficou belo e efêmero como uma jabuticabeira florida.
Minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que tristeza era uma alegria falhada.
Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza.
Antes que o mundo acabe,
deita-te e prova
Esse milagre do gosto
Que se fez na minha boca
Enquanto o mundo grita
Belicoso...
E nos cobrimos de beijos
E de flores...
...antes que o mundo se acabe.
Antes que acabe em nós
Nosso desejo.
Será o mundo com sua impersonalidade soberba versus minha individualidade como pessoa mas seremos um só.
Um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui. Não por nobreza: cuidar dele faria com que eu me esquecesse de mim.
Então, eis a minha única curiosidade: você às vezes pensa nisso como eu penso? Com um suave aperto no coração?
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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