Suar
O ladrão é a pior raça do inferno; é covarde e oportunista! Primeiro espera o camarada suar a camisa por uma conquista, depois sorrateiramente vai lá, leva o seu trabalho, sua camisa e até o seu suor; ou simplesmente toma com violência. Tudo porque é vagabundo, e não trabalha! Ôôô raça do inferno essa, ein? Mas nada é tão simples assim...
LABIRINTO DA SOLIDÃO
Sem nem um passo para suar o tic-tac
sob seus paralelepípedos, pontiagudos,
as calçadas encontravam-se sozinhas...
As ruas movidas por suas tenras solidão,
nem denunciavam, vultos a se esgueirar
pelas sombras das suas tristezas.
Não tinha ventos, não tinha lagrimas
os rostos denunciavam choros em seus
semblantes pálidos... Enquanto o sol
caia pelo desuso da tarde, as luzes
pendulas em seus soquetes, anunciavam
suas amarelas chegadas. Em fim, descia
a noite e essa se fazia fria, a esperança
agora, era apenas um fio invisível a
perambular pelo labirinto do sonho.
Antonio Montes
Um dia um moço
Veio me consultar
- Doutor, minhas mãos de repente
começam a suar
- Que estranho, quero apalpar
parece tudo normal
- Ah! Tem mais, as vezes
meu coração não para de acelerar
- Venha mais perto, deixa-me escutar
batimentos mais que perfeitos
- Pera aí, essa eu tenho que te falar
também sinto uma coisa estranha na minha barriga
parece borboletas que não param de voar
e o mais engraçado que isso só acontece
quando eu vejo a Joana
minha vizinha do 7° andar
- Ahhhhhhhhh! Já sei oque é
- Então doutor pode me curar?
- Olha meu jovem
a cura desses sintomas, apenas o tempo pode te dar
As piores ocupações são as que, ao final, ao prestar contas, nos fazem suar, tanto na casa humana e ainda mais na divina.
Adoro quando chove,
Odeio me molhar.
Sou fã do sol,
Detesto suar.
Corro na praia,
Não gosto de areia.
Adoro usar tênis,
Irrita-me usar meias.
Compro muitos livros,
Não gosto de ler.
Odeio engordar,
Adoro comer.
Sou assim mesmo,
Cheio de manias.
Adoro ser contraditório,
Toda noite durante o dia.
Para sentir o cheiro da lua
fazendo o coração suar,
é preciso ouvir o brilho do sol
quando os olhos fitam frisando o mar.
Não sei o que e isso que faz meu coração acelerar
Minha pernas tremer e meu corpo suar
Não sei o que e isso as vezes me faz sorrir e outras
Me fazem chorar
Me disseram que todos esses sintomas são de uma doença
Chamada amor ,Mas agora Que Já me contaminou
Quero viver minha vida a te amar ♥
Vontade!
Hoje acordei com uma vontade imensa de te ver. De fazer teu corpo suar junto ao meu, como um dia de pleno verão. De te fazer mais especial, do que uma linda tarde de inverno ou a Lua, admirada por tantos casais apaixonados!
é só ela passa por mim que eu tenho um infarte, começo a suar, fico gagueijando, fico vermelho feito uma tomate, fico fraco, as pernas ficam bambas, fico delirando, dai quando você some da minha vista, tudo volta ao normal...!
isso é o fogo da paixão!
Garota,quero fazer você suar
suar até que você não possa mais suar
E se você gritar
Eu vou forçar um pouco mais
Garota quero fazer você suar
suar até que você não possa mais suar
E se você gritar
Eu vou forçar, forçar, forçar um pouco mais
Quero um abraço daquele que sufoca, que me faz suar, que esquenta o meu corpo.
Quero um abraço para ouvir o seu coração batendo no meu, quero sentir sua respiração no meu pescoço, no meu ouvido, em todo meu corpo.
Me abraça desse jeito todos os dias, vou estar renovada, segura em seus braços fortes e quentes.
Me abraça e esqueço de tudo, esqueço do mundo, só quero você.
Acredite, pode até suar estranho mais a angustia e o silêncio trará a você uma singela sensação de paz...
IRONIA
Dia abafado, o calor faz-me suar pelas têmporas e sentir meu corpo e meus braços úmidos, como se pequenas gotículas de água o cobrissem. Não há Sol, está nublado, mas a claridade ainda assim machuca meus olhos que acordaram há menos de duas horas e tanto, por isso estou de óculos escuros e com os vidros do carro abertos. O trânsito não está muito barulhento. Paro naquela esquina, no farol. Na padaria de esquina há um mendigo quase deitado, recostado sobre a parede branca, um velho imundo, barba grande que está brigando com seu chinelo rosa. No meio da discussão recosta a cabeça na parede e fecha os olhos, que estavam há todo tempo estavam semiabertos. Não sei se é a bebedeira, a ressaca ou o peso da vida.
Neste exato momento, ao seu lado, pela porta da padaria desce aquela velha senhora na pequena rampinha, amparada pela sua neta. Elegante batom vermelho nos lábios, blusa branca de mangas longas, uma calça meio social, sapatos baixos, colar de ouro no pescoço e alguns anéis do mesmo metal nas mãos. Exibe com orgulho sua cabeça totalmente careca e carrega em um dos braços uma sacolinha.
A sacolinha cai e a latinha de Coca-Cola sai rolando pela rampinha, acompanhada pelo grito de surpresa da senhora e parando despretensiosamente no meio da calçada, entre a velhinha e o mendigo. Este, abre bem o olho até que fique novamente semicerrado e fixa-se na latinha. A senhora também e, com ajuda da neta acelera o passo para pegá-la. O mendigo se inclina cambaleante em direção a sacolinha também, mas não tem muita força, nem velocidade para alcança-las. Neste exato momento os olhares se cruzam, velhinha e mendigo. Ficam assim por alguns segundos. Segundos que parecem eternos. Olhos cansados, velhos, que já viram e passaram muita coisa em todos esses anos, mas, os olhares, não são de afronta, são de mútuo respeito.
A neta daquela senhora pega o saquinho e a latinha e guia o braço da velha para o sentido oposto ao do mendigo. Os olhares se descruzam e perdem a atenção. Um com saúde e sem dinheiro, o outro com dinheiro e sem saúde. Cada um segue sua vida, no sentido oposto. O momento é ordinário, o dia é comum; mas cada um segue o seu rumo, pensando que daria de tudo na vida para ter, em apenas um momento, o que o outro tem.
Como é bom
Como é bom amar
Como é bom fazer amor
tocar, beijar, suar
Na valsa deste calor
Teu ar meu ar a nos matar
o folego e força que nos faltou
sem ti a vida aqui sei lá...
não terá jamais este sabor
Chorar não da, sorri
grato por ti, porque Deus a mim confiou
A ti cuidar, zelar
Me entregar sempre como o primeiro amor!
"Yuri Rodrigues