Sou seu Quase Amor Odeio meio Termos
Em Star Wars, o poder da Força, do lado sombrio, submete pessoas. Quase - mas deletei - escrevi sobre política.
Ontem, conversando com um antigo professor, quase me vi em um debate. E apesar de amar bons diálogos, eu ODEIO debates.
De falhas sociais, ele passou a falar em Cristo.
O professor Waldo é bem conhecido por sua aversão religiosa, e antes que eu abrisse minha boca, ele pergunta:
"Você acredita em Jesus, e em toda aquela 'maravilha' que dizem que ele fez?".
Respondi que "sim".
Ele continua:"Existe lógica crer nisso?
"Sim. Vejo sentido". - respondi.
"Qual é a lógica?"-Ele questiona.
Prossegui então:"Professor, eu já admirei muita gente na vida. Escritores que venderam best sellers de auto ajuda, e que nem falavam 'bom dia' para o porteiro. Admirei intelectuais que escreviam como 'anjos', mas em suas reuniões particulares criticavam seus semelhantes. Já admirei mestres que, afetuosamente ensinavam o filho do outro em sala, mas não acalentava o seu próprio filho, em casa. Já admirei influenciadores que esbanjavam carisma no palco, mas que não expandia nenhum valor humano. Líderes religiosos que diante do púlpito enaltecia seu 'deus', e nos bastidores ria das crenças alheias. Políticos que prometiam vida digna ao povo, e eram capazes de roubar-lhes a dignidade."
Cansado dos exemplos, ele me interrompe:
"Ok. O que tudo isso tem a ver, e qual é a lógica de acreditar na beleza do seu Jesus?"
Respondi: "Essa é a lógica. Estamos todo tempo em contato com pessoas comuns se passando por extraordinárias, escrevendo bonito, ensinando, filosofando, cativando, palestrando, mas vivendo o contrário. A lógica está em crer e admirar alguém sem hipocrisia, que foi capaz de viver conforme o que pregou. Não se fascinou com a fama, nem almejou o poder dos homens, e do início ao fim, foi fiel a seus valores."
O professor Waldo deu risada e disse: "Menina, você falou, falou... E não falou nada. Você que é boa de lábia, poderia ter se esforçado mais para me fazer crer nesse tal Jesus."
Dei aquele sorrisinho, e sabendo que ele só queria uma mesa redonda, me despedi aliviada:
"Professor, foi bom ter ver, mas meu objetivo não é missionário, e por hora fico feliz, apenas por ter evitado um debate.
(Argumentos/Fernandha Franklin)
Um quase lamento de domingo
Naquela madrugada, juntei todos os meus cacos
com os restos da imensa tristeza que me consumia
e tranquei tudo junto com os meus sonhos
em um envelope branco sem selo.
Junto com as cinzas do meu corpo cansado
e com o pranto que inundava meus olhos de lágrimas na ocasião.
Por todos os lados que eu olhasse
só via os insetos (todos) caminhando sem rumo,
perdidos pelo chão da cozinha.
Na pia, os pratos sujos, com os restos da janta de ontem.
Despedaçado por dentro,
vesti a dor que o caminho pintava d’ouro.
Caminho amargo e duro que se precipitava.
E bem em meio a este meu lamento,
vi refletido no espelho do móvel de subir ratos lá de casa,
dois ou três segundos do mais puro desespero
e da mais singular desilusão.
<O menino quase invisível>
De tão leve naquela noite, parecia voar por entre os carros...
Bailava pelo asfalto feliz, como se estivesse no teatro municipal.
Seu corpo parecia flutuar pelas calçadas manchadas de dores e silêncios enormes.
Marchando solene pela madrugada seguia calado, silenciado, parecendo cansado de estar sempre em modo repetição... Exausto! Era como se sentia quando se deitou na porta da padaria naquela noite.
Assim como fez praticamente todos os dias de sua vida até ali, (treze insólitos dias),
com as mãos trêmulas e sujas do pó do asfalto,
arrastou-se lentamente, e rastejando puxou para o seu lado uma latinha de metal encardida (dessas de refrigerante)
que qualquer criança compra na vendinha da porta da escola.
Acendeu com dificuldade o isqueiro,
que por diversas vezes naquela noite o aqueceu.
Rodou a carretilha do isqueiro como quem brinca de roleta russa.
Riscou a pedra do isqueiro como quem puxa o gatilho de uma arma na direção da própria cabeça.
Aquele projétil foi o último. Aquela pedra foi a última.
Quando voltou do transe o trânsito já estava complicado...
Buzinas, carros por todos os lados, pessoas caminhando apressadas e o olhando atravessado como se ele fosse um bicho e prestes a atacá-las.
Ainda meio sem saber aonde estava, espreguiçou-se lentamente, por duas vezes seguidas. Logo após isso, deitou-se novamente sob a marquise. E apesar de ser ainda uma segunda-feira nem se importou! Não teria mesmo de ir para a escola.
E antes que pudesse voltar a sonhar novamente, foi enxotado às turras e a vassouradas pelo dono da padaria, que além de uma caneca de água fria, atirou-lhe também dois ou três pães dormidos.
A sua sorte era tudo o que lhe restava. Tomara que só lhe atirassem pão e água; paz, cama e teto ele já tinha desde a inauguração daquela padaria, há uns três ou quatro anos atrás.
E só pra constar... as vassouradas diárias do dono da padaria era a sua
“Essa menina é tão boa que não chora por quase nada. Está sempre por aí com um riso frouxo no rosto semeando paz. É a alma dela que transborda na superfície, de tão boa, de tão linda”.
Lentamente
Assim germina a semente
Num passo ingrato e quase inaudível
Desata o laço
Pequeno pedaço que se vai
Sem deixar lembrança
Também não leva saudade
Nada se perpetua
Os passos na rua
Apressadamente
Brancura dos dentes
Sorriso na escuridão revela
O que a claridade escondia
Lentamente, dia-a-dia
Como enorme carruagem que vem
E quando passa
Atropela
Depois se afasta lentemente
Talvez a vida tenha sido
Por acaso e sem igual
Mas sempre tem prazo a cumprir
E faz doer e fica mágoa e apaga
E quase sempre acontece
de forma proposital.
Edson Ricardo Paiva
AS COISAS
No cotidiano da vida, quase todas as coisas são insignificantes. A maioria dos nossos pensamentos, boa parte das ações que fazemos, alguns sentimentos que experimentamos, quase todos os nossos movimentos não têm maiores significados, não possuem muito valor. Pertencem à parte superficial do nosso ser, vêm e vão como ondulações no mar, não deixando nenhum vestígio ou efeito nas profundezas do ser. Porém, em raros momentos, quando entramos em contato com a música de nossa alma, se algo da consciência profunda nos tocar ou se detiver de alguma maneira, essa fração de segundo é a única coisa significante que ocorre no meio de toda a inutilidade do cotidiano da vida. Este é o único ponto precioso, e o resto, um mundo de ilusões e disparates. Para tornarmos a vida significativa, para darmos o seu verdadeiro valor e sentido, nós devemos então nos afastar das trivialidades da superfície e procurar por alguma coisa mais profunda. Na verdade, devemos nos aprofundar muito se quisermos que as coisas deixem de ser insignificantes.
Enquanto uns costumam viver reclamando por quase nada,outros vivem a sofrer de verdade,e tenta se reerguer na fé.
Em arte e cultura perante as plataformas criativas é quase impossível encontrar um novo que seja totalmente pré inexistente e original.
Quase morto em plena sexta-feira, é uma pena eu ter resistido, por que segunda-feira tem mais e mais!
Quase sempre é necessário enxergar os problemas alheios com os olhos de quem está sofrendo ele,pois a simpatia não é algo que irá fazer a situação ser diferente e sim a empatia ou seja a conexão.
Esquecer leva tempo. Não julgue o sofrimento alheio com base na sua cicatriz já quase apagada; você pode ter sido forte, mas nem toda ferida tem a mesma profundidade.
Desejando o quase impossível!
Nesta manhã,
Em um ambiente quente e fechado,
Penso em ti.
Penso em ti para poder refrescar a Minha mente quente,
Para poder refrescar os meus pensamentos
Enlouquentes
Mas não consigo receber uma lufada de ar fresco para a minha pobre e dormente mente
Somente penso no desejo ardente e insistente em estar consigo
Mas devido a esta distância,
O meu coração chora
Se eu pudesse!
Se eu pudesse me tornar uma abelha
Voaria
E a flor que exala o melhor cheiro
Procuraria
Ainda que nos mais altos montes a flor existiria
Pra lá voaria
Se tivesse que atravessar oceanos
O faria
Só para colectar o melhor pólen e levar
Para o melhor Mel fabricar
E quando do seu lado estaria
Ao estado humano voltaria
E o Mel mais saboroso te ofereceria
Os meus ombros te daria,
Para que o seu rosto nele te apoiasses
O meu peito te daria,
Para que nele a sua cabeça colocasses
E não deixaria de te dar o meu Colo
Para que nele te deitasses
E quando adormecesses,
Do seu lado ficaria
Porque a insónia me controlaria
E do seu lado não sairia
Até adormeceres...
Mas nem que adormecesses
Do seu lado não sairia
Quando acordasses deste pesadelo
Ali eu...
Infinitamente te abraçaria
E em qualquer lugar que tu quisesses
Te levaria
Eu te quero,
Desejo,
E do seu lado almejo estar
Porque te amo!
O homem matou quase todos os animais que colocavam a sua vida em perigo... agora tornou-se o animal.