Sou Igual a minha Irma
Ao mar
No escuro do oceano rodeado por minhas preces jamais alcançadas, começo minha avessidade a vida. Como cactos no deserto que no fundo guardam água, remédio para quem tem sede. Se fossemos menos complexos, talvez tivéssemos conseguido flutuar, mas não. Minhas mãos estão sujas de tanto cavar por um mistério subtendido. Teu corpo nunca foi tão leve como desenhei. Eu não sei dançar, como te ensinei.
Quis pregar qualquer flor no seu cabelo, correr em qualquer lugar aberto. Cortar a alma. Quis, desesperadamente, catar toda essa sujeira guardada no baú da memória, curar toda essa dor, amarrar ao teu rosto o lírio que sempre fui. Mas minhas palavras sempre foram frívolas e nunca tocaram ninguém. Nada em mim conseguiu arrebentar o coração, esquartejar a pele, fazer sangrar o espirito. Não consegui jamais tocar teus olhos e enche-los de estrelas. Pegar teu coração sem máscaras e porquês. Mas quis, entretanto, roubar o avesso, o escuro, o medonho, a ferida aberta que a gente insiste em esconder.
Meus olhos foram capazes de enxergar teus buracos, teus cacos, tuas inspirações dolorosas. Mas não fui capaz de curar, porque a doente sou eu, com os pés sangrando, em um caminho tortuoso, em teus braços tão amenos. A cura que um dia esteve tão perto, hoje se poem distante, quase imperceptível. Só pra mostrar que mesmo ferida sei tentar. Sei abrir teu sorriso e te olhar como joia rara, única. Agora não mais importa, quem muito retém a mudança, nunca consegue o novo dos teus olhos, o abrigo destruído em que vivo.
O mar ainda continua de pé, com sua orquestra sinfônica que traz sempre o som da imaculada dor, do choro violento de todas as sereias que esperam por um amor. Então fecho os olhos, as luzes estão apagadas, consigo imaginar teus cabelos lisos, como folhas de um orvalho qualquer e sentir o cheiro de pitanga. Consigo me ver ao desalento de um adeus, de uma pergunta sem resposta e me encontrar novamente no oceano rodeado por minhas petições, entregas, sujeiras, lágrimas de sal... e me meter no meio d'água como mais uma onda contrária, carregando a fé contra a maré maligna que nada mais quer do que minha alma afogar. Sem pesos, nem roubos a mais, me desculpo mais uma vez por ter abotoado a sua camisa e lhe deixado suspirar no meu ouvido toda aquela história de esperança. Hoje nada seria como é.
A ti, meus trovões de poesia, ao mar, meu ego, minha alma.
Vou fazer uma limpeza e desintoxicação na minha vida. Aproveitar para livrar-me de pessoas falsas e sem amor, e vou começar justamente por você...
E não é porque o seu relacionamento não deu certo, que tem que dizer que nenhum dará... Minha historia é outra, meu autor é outro, a sua estava no final, talvez você tenha lido o livro rápido de mais, e acabou... A minha historia não saiu nem do primeiro capitulo, e garanto....Ela é uma saga muito complexa, não dá para ser lida rapidamente....e o final?? Que final?? apenas o escritor sabe....Não foi publicado ainda.
-' As palavras quando são vindas de tí,ficam dia e noite rodando na minha mente,tirando meu juízo e arrancando meus melhores sorrisos.'
A carta que nunca entreguei
Quero teus pés colados nos meus, feito minha boca na tua. Quero teus ossinhos marcando meu quadril feito teus olhos marcam minha alma. Quero tuas palavras marcando meu coração feito teu amor faz comigo. Quero mais de você, quero mais de mim. Quero mais de nós dois. Te quero sendo comigo. Me diga, me mostre, me olhe, me ame. Canta outra vez no meu ouvido que quer o nosso bem, que faz tudo pelo nosso amor. Não perca o costume de me desequilibrar, muito menos de me segurar no último instante. Contorna meus lábios com teus dedos e para bem na ponta do meu nariz; me olha bem no fundo de mim e diz com aquele teu olhar o que sempre me disseste.
Dia desses, antes de dormir, percebi uma coisa. Pensei que o amor fosse meu, mas não: é todo teu. Guarda com cuidado, num canto escondido qualquer que seja. Lembra dele, vez ou outra. Olha.
Sente saudade,
como eu faço.
Não sei se namoro ou não. Vai contra minha razão e emoção. Mas me sinto perdido na solidão. Onde posso encontrar razão? Ai meu coração.
Cheguei numa fase da minha vida em que eu quero apenas ser feliz, pois é, mesmo que haja aqueles dias ruins, eu quero sempre ter um sorriso bem largo no rosto. Mas quero ser feliz mesmo, internamente e externamente. Não faz sentido eu ficar sofrendo, ou reclamando da vida, isso não ajudará em nada a minha situação. Afinal de que modo eu posso mudar a minha história, com blá blá ou com ação?
"Assim eu queria minha vida"
Queria eu viver assim,
Correr sem medo de cair,
Sentir a brisa do vento,
Cantar só pra mim.
Amar e não sofrer,
Sonhar e não acordar do sonho.
Queria eu encontrar,
No perfume das flores,
No pôr-do-sol,
O sentido da vida.
Sorrir com vontade,
Chorar de alegria,
Na chuva me molhar.
Queria eu alcançar
O mundo sem pensar,
Contar estrelas num céu infinito,
Ser feliz, me apaixonar.
Assim eu queria minha vida...
"Bom dia Espirito Santo, amado de minha alma, que me faz acordar com vontade de viver,
que me faz sorrir ao saber que ganhei mais um dia para realizar o melhor, que a cada segundo
me ama, que me traz paz, que me abraça quando triste estou, que acalma meu coração quando a aflição insiste em aparecer, que não retira os seus olhos de mim, que me faz forte pra vencer todos os dias."
Tu, que te consideras amigo meu, Tu que te consideras amiga minha.
Tu, que dizes saber os meus pontos fracos,Tu que sabes reconhecer os meus pontos fortes.
Tu, que gostas de mim tal como eu sou, Tu, que não tens mais nenhum interesse para além daquele que mostras.
Dizei-me agora o que achas de mim, apenas e só, tal como eu sou ;)
Eu tento desvendar os mistérios da minha mente, mas sempre acabo como você – e como meus amigos, como meu ex namorado, como minha prima de segundo grau, como todos ao meu redor – sem entender o que realmente se passa aqui dentro. Digo, eu não sei mesmo o que eu sinto. Uma hora eu amo, outra hora é como se não fizesse mais sentindo pra mim. Uma hora, o mundo é um lugar totalmente confortável e eu finalmente penso que achei meu lugar nele. Até voltar a surtar e me incomodar e querer fugir de tudo a minha volta. Uma hora eu só quero ser feliz, calminha, bobinha. Na outra eu só quero uma tempestade, uma dorzinha, só pra vida ser mais emocionante. Eu me isolo quando quero chegar mais perto, quando insisto em achar que talvez possa dar certo. Porque definitivamente não vai dar e ter esperanças é coisa de gente boba. Enfim. Eu acho que sou perdida. Não. Não acho. Eu tenho certeza. A diferença é que eu não camuflo isso, como a maioria. Salto alto e batom vermelho não vão calar a mocinha que chora assistindo filme de romance. Cabeça levantada e olhar misterioso nunca vão esconder essa bagunça toda. A única coisa que eu sei sobre tudo isso é que eu não posso calar quem eu sou, muito menos mudar. E cá estou eu, assumindo de peito aberto que eu sou a pessoa mais inconstante que você pode conhecer. E insegura. E complicada. E difícil de entender. E não é fácil nem pra mim ter que me aceitar todos os dias desse jeito. Mais complicado ainda é ter uma angústia no peito e não saber de onde veio e como passa. Complicado é acordar de manhã e não achar graça em sair de casa. Mas eu consigo. E se alguém ao meu redor não estiver pronto pra entender isso, que vá embora. Não peço esmola de ninguém. Quem quiser ficar, fica. Quem quiser continuar do meu lado enquanto eu vou pro lado contrário, que continue.
E o tempo passa tudo se torna rotineiro, a minha ausência perde a importância e aos poucos me torno apenas uma lembrança.
