Sons
SONS & sensaÇÕES: a homofonia da vida
Tudo se torna perfeitamente idêntico sem desiguais por receber cada um o fôlego da vida agraciada pelo único Deus, cada um conforme a sua estrutura. (Gn 2:7)
Obrigada, Senhor, pelos sons e sensações da vida:
🐦os passarinhos cantando🎶
🕊o pombo arrulhando
🐕o cachorro latindo
🐈⬛o gato miando
🗣os vizinhos falando
🚂o trem passando
🏍a moto acelerando
☁️o tempo nublado
🌬a brisa fresca soprando no meu corpo…
✌🏽tudo isso reflete a minha paz‼️
Que paz! Quão tremenda paz eu vivo neste momento! É como se não houvesse problemas dos quais me lembro num átimo com a sensação de que não existem. Que sensação de liberdade!
Em tudo isso, desde o início eu menciono a tua presença conosco, pois sem ti nada disso é possível (Jo 15:5). Deus é tudo em tudo e em todos e seu sopro divino é sobre a vida em seu todo.
Sibilam gritos,
em rumores estranhos,
de seres malditos,
monstros tamanhos !
Sibilam dores
nos corações,
já sem ardores,
nem emoções !
Sibilam vozes,
feios sons e miragens,
são atrozes
em cruéis passagens...
Sibilam os astros
no céu, parados,
provocando ritmos
dos corações em brados
Cores
.
Abrindo os olhos me adianto
Olho meu teto branco
e logo me levanto
Com os pés no meu recanto
a janela destranco
.
É hora do Sol
iluminar o quarto
Esse grande farol
merecia mais um quadro
Sua luz na parede
está dentro do enquadro
Ouço depois do girassol,
na esquina do mato
Um passarinho com sede
canta com e sem bequadro
Peço que se aconchegue
no meu humilde quadrado
Se a(con)chegando o pequeno alado,
minha água comparto
Pousou ao meu lado
E pediu um trato farto
Falou sobre a família
E que chegara mais uma filha
Convidei pra se instalar,
só minhas coisas não podia bicar
Ele agradeceu
Mais tarde apareceu e me surpreendeu
Eram mais de nove,
provenientes da mesma impressora
Não tem quem reprove
aquela galera promissora
Todos na cor laranja
e qualquer música, aquele grupo manja
.
Hoje foi cantado
o caminho trilhado
Disse que os certeiros raios solares
aqueles per-feitos sem esquadro
Tocam ventos polares
daquele lugar gelado
Mas não é suficiente
pra deixar o ninho quente
E ele, o pequeno alado,
buscou novos lugares
Provou novos sabores, viu novas cores,
Conheceu outras flores... sentiu novos ares!
.
E como se eu
fosse enviado por um santo
Mais uma vez me agradeceu
por ouvir seu canto
e lhes dar um lindo canto
Falei que não era pra tanto,
ver eles felizes e livres
já me traz encanto
.
.
Nunca tinha escutado nada como aquela voz, e ele desejou ter o contrabaixo nas mãos para poder retribuir os sons, uma mistura de chocolate e creme, algo que ele queria beber através da própria pele.
Poderia lhe dizer as palavras mais lindas e singelas...
Não vais ouvir; são palavras, não sons!
Mas são sonoras, como as cores da manhã!...
E poéticas como uma noite clara de luar...
Ritmadas como as ondas de um mar calmo...
Como um "bim bom" a pedir a letra romântica de uma bossa-nova!
Só entendes, percebes e sentes os sons! Todas as suas nuances!
Até vês as cores e matizes sonoras! Ali se faz prisioneiro!
E viajas nessa vibração em hz! Das notas..., tomes nota!
As palavras são meu sentir!
Meu pulsar! O meu vibrar!
Minha poesia e meu jeito de amar! E de também chorar!
As palavras são fotografias de minh´alma
Os sons, instrumento de minha mensagem mais íntima
Que ora canto, escrevo, ou desenho com luz!
Como o "tum tum" em meu peito
Que acelera quando o ouço tocar!
Até mesmo o pequeno mosquito que caminha sobre a luz da lâmpada dispõe de seus súbitos porém valorosos sons,
a própria lua que ergue-se apenas ao cair da noite sobre o lençol de estrelas ainda assim prova-se um ser magnificamente especial.
Sons que contam
Apesar de não ver, o pensamento voa longe, a realidade se esvai e as memórias vem à tona tomando conta da mente. Foi ao ouvir novamente aquele som, que me prendi aqueles pensamentos.
Uma infância tomada pelo movimento, pela quantidade. Muitas pessoas, muito trânsito, muito barulho, muitos sons diferentes para se apreciar.
Não sei se é possível expressar, mais é algo como, entrar em choque com a chegada de tantas memórias, ao ouvir alguns sons, o que é estranho já que é apenas som, é como se voltasse no tempo, como se tudo que me ocorreu na infância pudesse voltar. Como se eu pudesse sentir o cheiro dos meus avós ao ouvir a cachorrinha deles latir quando eu ainda hoje vou naquela casa. Como se eu pudesse estar de novo com os meus amigos das aulas de flauta ao ouvir alguém tocar alguma música. Como se ao parar no transito e ouvir o barulho eu pudesse reviver as minha memórias de quando criança. Como se ao ouvir o barulho de dezenas de turistas andando pelo Capivari, e entrando e saindo do hotel e pedindo diversas informações, eu pudesse por apenas alguns segundos lembrar de tudo, lembrar de como eu me divertia correndo pelos corredores do hotel junto com alguns amigos e com a minha prima. Como se o som das ondas, e o latido do cachorro de vizinho que nunca aparecia, eu conseguia imaginar quando eu corria pelo gramado daquela casa gigante, atrás nosso cachorro, e com todos reunidos ao redor da churrasqueira, conversando e rindo muito, era tanta diversão, a piscina, os amigos, as ondas, a união, conversas e gargalhadas, são tantas coisas que um simples som pode nos remeter. Lembro me até hoje de quando minha mãe batia na porta do banheiro e me mandava sair do banho por que eu já havia ficado tempo demais e já estava sendo desperdício, tenho essa memória toda vez que ligo o chuveiro e escuto a água cair tocando o chão e começando a escorrer. Toda vez que ouço cachorros latindo me lembro de quando eu saia pelo condomínio para caminhar levando junto a mim meu cachorrinho, e nós passávamos perto de algumas casas onde eles tinham gangues de cachorros e era como se eu e meu pequeno fiel escudeiro estivéssemos provocando aquela matilha gigante que latia por baixo do portão, sem poder fazer nada.
São tantas memórias que acho que palavras não são capazes de descrever. Não acho que haja espaço o suficiente para isso, sempre vai ter alguma coisa, seja cheiro ou som que nos remeta a alguma situação que já aconteceu. O tempo passa, mais as memórias ficam, e são despertadas nas situações na qual menos esperamos. Por que sem nem percebermos, os sons nos contam mais do que imaginamos.
Mocidade e textura
.
Defina bem sua necessidade
nesse tempo de pandemia
Resgatar a mocidade
e reencontrar sua harmonia
Brincar com a motricidade
lavando louça na pia
Dialogo com sinceridade
pode gerar boa polifonia
.
Não precisa reinventar a roda,
basta apenas usar de outra forma
Se tal coisa te incomoda,
lembre-se daquela norma
Nada se cria; Nada se perde
Tudo se transforma
.
Tempo de febre
alta temperatura
Tem que passar para que não se quebre
nossa linda cultura
Que como em uma pintura
lança cores com fartura
Lembro-me de partitura
ao aprender cada ligadura
.
Tem que sentir a textura
interpretando toda aquela conjuntura
Como artista cria caricatura
precisão de arte como na acupuntura
.
É preciso gerar um mundo mais honesto
levantar um único estandarte
Que leve amor em cada gesto
e difunda por toda parte
.
Sois muitos Sóis
Não pense que está sós
Somos muitos sons
Apenas reflexões
de belos sonhos bons
.
.
Nem sons, nem imagens , nem uma bela paisagem.
Apenas uma breve lembrança embaçada do que teria sido a felicidade.
Há sons e imagens que ficam dentro de nós fazendo um eco que só aumenta. É algo enlouquecedor, não é mesmo? Parece que nunca mais iremos nos livrar desse som, desse eco, dessa sombra tão escura, desse lugar de loucura.
Luzes, piscas, brilho, farol, cores, sons
O olhar não consegue fixar
Dança frenética
Passos rápidos
Vida passando
Seja rápido
Corre
Corre
Agora, já foi.
Os sinais são simples. Às vezes são sons. Às vezes são cores... e às vezes são vibrações. Eles continuam sinalizando para mim que nada é seguro neste mundo.
Queda d'água
Som que nos envolve e acalma,
numa ópera de ternos murmúrios !
Na melancolia da tarde, vem o sossego...
Enchendo a boca do poeta...
de sons mudos, que voam de dentro da alma !
DEVANEIOS
Ó caro silêncio, por que se fazes presente aqui?
Quem lhe chamou? Quem o convidou?
Submerso estou nas águas mais profundas de um imenso oceano.
E quem se faz presente? Você, ó silêncio.
Poderei um dia ouvir o som das águas agitadas e das bolhas de oxigênio estourando na superfície?
Me deixe sair, me deixe sentir.
Não seja egoísta querendo tudo pra si!
Me deixe em paz mas não me deixe.
Tu sabes, ó silêncio, que és rude, mas ao mesmo tempo, ironicamente, tu és, ó silêncio, meu companheiro.
Meu isolante, aquele que me faz pensar no oceano mesmo sem ouvi-lo.
Obrigada, caro silêncio, por me permitir refletir. Isso e somente isso, é pelo que serei grata.
Agora me deixe sair e tentar.
Não me deixe com esses devaneios excessivos, pois tu sabes que os tenho.
Me deixe silêncio, e só volte quando eu mandar.
Gata Borralheira
Não há sons.
Sumiram todos os tons.
As noites carregadas de azuis deleites não mais são.
As noites de luas cheias vazias estão.
Noites escuras de breu absoluto
Tudo submerso em densa névoa.
Tudo um imenso deserto.
Não há mais prosa, nem versos.
Tudo está ao inverso.
As batidas do coração aceleram,
a cabeça anda às voltas.
Um mundo fictício.
Nessa corda bamba – um suplício.
Cena de cenários desfeitos...
Nada faz efeito.
Neon.
Intempestiva vida.
Sonhou cinderela.
Acordou gata borralheira...
E como gata do borralho viverá a vida inteira.
À porta de entrada da casa um par de sapatos largados...
Eternamente na mente projetados.
Projeto que deu errado.
Preste atenção no que você diz
Úlcera adquirimos com sonidos.
Tudo tem frequência e vibração
Respeita seu corpo e sua mente
Infectado vamos apodrecer
Defenda sua imunidade
Os sentidos são afetados pelos sons.
O silêncio tem o poder de despir todos os sons, se o infinito tivesse voz, seria a voz de tudo que não fala. Mas o que é o infinito senão e tão somente a voz do silêncio, as vezes eloquentes, as vezes... não sei diga você!
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