Sonho Perdido

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Sou um pedinte perdido no vale sombrio, lugar onde meus sonhos são assombrados por abantesmas que brotam de minha mente conturbada.

AMOR PERDIDO III

A perfeição com que tratei meus amores
Meu trouxe onde estou hoje
Sempre quis mais do que podiam me dar
E sempre dei mais do que eles mereciam

A espera da felicidade, vivi cada um deles
Da única forma que se pode viver um amor...
Amando-os mais do que tudo
Mas nem sempre é o suficiente

Agora sei que amor é mais do que amar,
E amar é bem mais que sofrer por eles
E aprendi da forma mais dura que se pode aprender
Perdendo-os...

Só porque alguém tropeça e se perde não significa que está perdido para sempre.

O amor é caprichoso e temperamental. Vem quando quer e vai sem avisar.

Há dias em que tudo parece inacabado. Que a vida se esqueceu de nós e que nada mais vai além daquilo que queremos. Que o tempo está correndo e só nós paramos diante dele. Quando isso acontecer, deixamos de lado o que parece estar perdido e buscamos tirar uma folga de nós mesmos. Procuramos dar uma pausa para que a nossa mente vá em busca de um lugar que nos permita encontrar a Paz interior.

Se pelo menos um verso meu,
Mesmo confuso, perdido,
Te fizer sorrir quando acabar de ler,
Tudo vai fazer sentido.
Porque vai ter sido um poema
Que me levou até você.

Allan Dias Castro
“Voz ao verbo”

A noite é longa, profunda, vazia e pensativa.
É nela onde os pensamentos mais insanos, barulhentos e caóticos atormentam.
Um misto de passado, futuro e incertezas se reúnem para atormentar a tranquilidade frágil que se cria na mente.

A noite é longa, profunda, vazia e pensativa.
É nessa escuridão que ela encontra abrigo, é nessa solidão que ela busca conforto e nesses pensamentos insanos que a loucura se aproxima da genialidade.
Uma Genialidade louca, fugaz e imprecisa.

A noite é longa, profunda, vazia e pensativa.
É a noite que os pensamentos à perturbam com coisas vagas que jamais terá reposta satisfatória.
Coisas que somente ela percebe a imensidão que tem, se torna profunda, em um profundo abismo que se atira e não se encontra fim.
E assim, a noite segue Longa, profunda, vazia e cognitiva.

Seus olhos de menina, sobre caem ao vago noturno esvaecer da longa noite que traz o conforto aparente do amanhecer.

A noite, Longa, profunda, vazia, pensativa da lugar ao esclarecer.

Tudo o que não fazemos por amor é tempo perdido. Tudo o que fazemos por amor é a eternidade reencontrada. A única coisa que não nos podem tirar, a única coisa que a morte não pode nos tirar, é aquilo que doamos. O que tivermos dado, nada nem ninguém pode nos tirar. É essa doação que fica de nós mesmos.

Já não dá mais para continuar assim.
Me entreguei demais,quase que eu não sabia cuidar da minha própria vida mas tudo era um engano meu.
Eu sei que vai ser difícil para mim,mas eu tenho que aceitar que não dá mais.

A igreja que vai as ruas é a esperança dos que não vão a Igreja

Quando você desiste, para de procurar e acreditar, vem alguém como um anjo, te resgata e faz tudo acontecer diferente de qualquer outra realidade, ai você acredita que nunca esteve nada perdido, apenas estava para acontecer tudo no tempo e momento certo, sem ao menos você esperar...

Tentar achar meu caminho não significa que estou perdido.

Já não tenho tempo pra ficar perdendo tempo com quem não tem tempo pra mim!!!

Não corro atrás do tempo perdido, pois esse tempo já se foi.Eu crio meu próprio tempo, pois nele o tempo é meu.

Um transeunte perdido na solitude de seus pensamentos junto a uma mistura indecifrável e corrosiva de sentimentos, decerto está tentando descobrir uma maneira de escapar da rotina, da loucura. Talvez esse homem urbano deva perder-se para encontrar-se, trilhar caminhos desconhecidos e divertir-se com o que encontra, parar para aproveitar os pequenos momentos.

Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Monólogo

Estar atento diante do ignorado,
reconhecer-se no desconhecido,
olhar o mundo, o espaço iluminado,
e compreender o que não tem sentido.

Guardar o que não pode ser guardado,
perder o que não pode ser perdido.
— É preciso ser puro, mas cuidado!
É preciso ser livre, mas sentido!

É preciso paciência, e que impaciência!
É preciso pensar, ou esquecer,
e conter a violência, com prudência,

qual desarmada vítima ao querer
vingar-se, sim, vingar-se da existência,
e, misteriosamente, não poder.

⁠Caminho se conhece andando
Então vez em quando é bom se perder
Perdido fica perguntando
Vai só procurando
E acha sem saber
Perigo é se encontrar perdido
Deixar sem ter sido
Não olhar, não ver

Quero uma poesia que penetre em minh’alma,
E me faça por entre lágrimas
Sentir o gosto do riso:
– Nada foi perdido!

“É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós.”
(José Saramago)


"Fora da Ilha"_ um olhar para si

Ainda que tenhamos a certeza de que nada passa desapercebido de nossos olhares mais críticos e aguçados, nada somos e nada sabemos. Nem de nós mesmos, muito menos acerca do que nos fascina. Somos uma legião de sabidões, doutorados em hipocrisia e mestrados na leviandade. Vivemos como se soubéssemos o segredo da vida e impregnamos o nosso trajeto com o peso vil das experiências mal sucedidas. Ora bolas, quem somos e para onde vamos? Eis esse grande mistério milenar...
Seres surtados e altamente despreparados para a vida e para o que ela oferece... Nem mesmo conseguimos enxergar o que faz morada em baixo de nossos olhos. Nada, definitivamente nada é observado como se deve. Abandonamos pessoas como coisas, como peças... E volta e meia retornamos, ou tentamos retornar Justamente porque não conseguimos lidar com a ausência da lágrima e da devoção.

"Neguei tanto, mas não era pra desistir tão rápido. Mesmo distante eu sabia que você estava ali, e sem isso eu não sei viver. Que merda!"

Um vaso quebrado não retorna nunca... Que grande carência humana. Voltamos atrás vez ou outra, daquilo que não nos proporcionava mais nada, simplesmente pelo fato de não conseguirmos lidar com a perda do que um dia foi seu. O amor vai, o amor vem... O amor empaca e o amor some. Será amor?

Para tanto, nada é necessário, basta ver o sorriso de quem um dia chorou. E tudo muda de cor.... O amor morto ressurge como uma fênix, dói peito, falta ar... Até as borboletas que já pairavam em outro ambiente retornam. Sofre o ultimo, sofre o atual, sofre o próximo... Sofremos! Porque o que não prestava mais, volta a ser tudo e o que era tudo passa a ser nada. Triste estágio. O ciclo não para... E basta uma tentativa e a coisa volta a ser como antes! E assim vai... Solidão, tristeza e vazio.
Um dia, cansamos de procurar.... Vamos promover o encaixe, quase que forçosamente. Ainda sobraram peças, sem cor, sem perfeição no encaixe, com muitas brechas e ainda assim o resultado surpreende, ficou lindo e foi o melhor que pude arrumar.... Mesmo torto, vazado e sem cor, gasto, a figura encanta. O desenho que se forma ao final é tão explendoroso aos nossos olhares cansados, que passamos o pouco tempo que nos resta sentados em nossos sofás nos questionando o porque de não termos montado isso antes! Lembrando de todas as peças que jogamos na caixa e que nunca mais encontraremos. Ta certo... É assim, o quebra cabeça vira quadro e o quadro vai pra parede. Que conto maldito! Logo vem o caminhão... Mas nem deu tempo da parede amarelar! Bom, lá se vai o quadro e todas as outras peças da casa direto para o lazarento sumidouro, porque? Nada mais habita ali. Acabou o tempo!

Caminhar na vida e aguardar peças, aguardar encaixes perfeitos para a nossa existência... Que grande estupidez humana. Amores vem e vão, massacrados pela intolerância e o egoísmo, pelo medo, por incertezas... E o que fica? Nada!
O que somos e para onde vamos? Volto a dizer... A grande verdade, humildemente falando é que não vamos a lugar nenhum! Por que já estamos aqui. Estamos aqui e aproveitamos a nossa estadia vivendo a miséria das relações vazias. Dos encontros vazios e das relações sexualmente satisfatórias e emocionalmente destrutivas. Que cagada! Não conseguimos enxergar o bom até que o tenhamos expulsado completamente... Não conseguimos viver o presente até que este vire passado, que fiasco! Tudo o que vai passa a ter valor e gosto, que engolimos diariamente com a sede do desgosto e da solidão! Que nutriente né?
Assim como o Rei de Saramago não considerava a existência de uma ilha não mapeada, nós acreditamos ser os entendedores de todos os nossos mistérios, todos! E nada escapa, sou isso e ponto.

Mesmo assim, o rei liberou a busca. Permitiu o barco seguir em águas profundas, rumo ao encontro da tal ilha! E o encontro... Ahhhh, esse se da, aos poucos... De fora pra dentro, e que aventura! Solitária, mas nem por isso ruim... Porque para ver a ilha, a briga e feia... É preciso sair dela! Sair, se despir e olhar minuciosamente para ela... Conhecendo-a como que pela primeira vez... Que grande exercício de renascimento! O que nos é importante, o que realmente nos nutre... O que queremos, o que nos constitui?
Muitas versões de Saramago sobre o conto da Ilha já foram compartilhados... Mas o autor nos deu esse presente para isso mesmo, e isso também faz parte. Sair de si... Olhar pra si, mapear a si... E por aí vai! Nada melhor... Não há nada melhor...

Afaste-se de sua ilha, olhe para ela e veja o quanto ela é linda e feia ao mesmo tempo. Conheça seus sentimentos, respire! Se conheça! E faça cada minuto valer a pena. Afinal, ser um perdido em nossa própria ilha, não deveria ter cabimento!