Sonetos de Fernando Pessoa

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É por isso que tomo ópio, é um remédio.Sou um convalescente do momento, moro no Rés do chão do pensamento e ver passar a vida faz-me tédio

E pode levantar-me desta poltrona deixando os sonhos no chão...

São as minhas confissões, e, se nelas nada digo é que nada tenho que dizer.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difício, mas é muito importante. Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

Nas faldas do Himalaia, o Himalaia é só as faldas do Himalaia. É na distância ou na memória ou na imaginação que o Himalaia é da sua altura, ou talvez um pouco mais alto.

Quero seguir o caminho doha cem por centos aparti desta data.

Senhor!torna me puro como a água e alto como o céu.

"De sonhar ninguém se cansa, porque sonhar é esquecer, e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos."

"Nem esta obra, nem as que se lhe seguirão têm nada que ver com quem as escreve. Ele nem concorda com o que nelas vai escrito, nem discorda. Como se lhe fosse ditado, escreve; e, como se lhe fosse ditado por quem fosse amigo, e portanto com razão lhe pedisse para que escrevesse o que ditava, achava interessante - porventura só por amizade - o que, ditado, vai escrevendo"

Falo das paixões cotidianas. Daquelas que, sem pedir permissão, irrompem peitos de todas as idades e tamanhos e lá se abrigam temporariamente. A intromissão pode acontecer numa manhã despretensiosa, numa tarde gélida ou numa noite solitária. Desde que seja executada de forma surpreendente. Sim, as sedutoras também são maquiavélicas. Preparam o clima fria e calculisticamente para que o alvo caia feito um patinho na história.

O sentir é um pensar extravagante.

Tinha-me levantado cedo e tardava em preparar-me para existir.

“Acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.”

Sou metade sonânbulo e outra parte nada

Exprimir é sempre errar.

A impossibilidade de tudo quanto eu nem chego a sonhar

Tudo se me evapora. A minha vida inteira, as minhas recordações, a minha imaginação e o que contém, a minha personalidade, tudo se me evapora. Continuamente sinto que fui outro, que senti outro, que pensei outro. Aquilo a que assisto é um espectáculo com outro cenário. E aquilo a que assisto sou eu.

Teus medos tinham coral e praias e arvoredos.

Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo...

O essencial da arte é exprimir; o que se exprime não interessa.