Sonetos de Amor
Sendo... até a luz do dia!
Uiva... mas que sussurro a dor brada
Sofrer desperta.... Que rumor na treva
A solidão, que no avançar da noite leva
Presa, suspirando, na triste madrugada?
É a paixão! Agita a poesia enamorada
Palpita, e a saudade nos versos eleva
E da melancolia nas rimas, tão peva
Vai sacudindo o sono e a ideia calada
Perturbas... nas trovas, o teu cheiro
Soltos na memória, e ei-los, doendo
Doidejantes, no pensamento inteiro
Pinica a inspiração, provoca arrelia
Vê os sonhos pelo desejo correndo
[...] abordo sendo... até a luz do dia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/02/2020, 05’12” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
My parallel universe
No caos do dia a dia,
Você me abraça e não me aflijo,
Meu peito anseia por teu Beijo.
Você é a melhor companhia.
Para mim é imenso privilégio
Ter você ao meu lado,
Sentir meu corpo no teu colado,
Distante de qualquer tédio.
O teu olhar me convida
A sussurros noturnos,
Amar e curtir a vida.
Ao teu lado tudo é belo,
Tudo se encaixa.
Você é meu universo paralelo.
Quando eu te vi chegar
Quando eu te vi chegar
E tomar um café com a gente,
Senti algo diferente,
Boas vibrações no ar.
Então, fique um pouco mais?
A gente faz um macarrão,
Eu seguro a tua mão
E a gente fica em paz.
Uma prosa boa sobre vários assuntos.
Deixa a noite passar,
Amanhã vamos perder a hora juntos.
Deixa que fale, o povo.
Vamos rindo pelo caminho,
A tarde a gente se vê de novo...
O meu mundo
Sou um mundo de idiossincrasias
Que nas raízes dos meus desejos
Expressando-se em lampejos
Surgem minhas manias
Na imensidão do meu céu
Onde vagueiam pensamentos
habitantes inquietos ao léu
Arquitetos dos sentimentos
Chegue, entre, sente, se apresente
Olhe as formas das estrelas
Veja um universo diferente
Com poesia ao fundo
E um amor insistente
Eis o meu mundo
MANIA
Mania, sentimento tresloucado
Capricho, teimosia, fixação
É loucura ou desejo imoderado
Apego obsessivo, ardor, paixão
Mania, sentimento atroz e intruso
Por dominar a luz da sensatez
É um insistente ser de rude abuso
Que instiga a alma e afoga a lucidez
Provei em ti do gosto de um amor
E de pequena gota este sabor
Virou mania: a gota agora é mar!
Depois de tal amor alienado
Não quero nunca mais deixar de lado
Essa mania louca de te amar!
Oldney Lopes©
As folhas em branco
Preenchem o vazio persistente
Em habitar o meu ser;
Vazio deixado por você;
Quase impossível preencher;
Uma falta que sufoca;
Na esperança da sua volta;
Rabisco folhas, contando histórias;
Vívidas com você.
No fascínio do teu ser;
Meu eu se perde em teus encantos;
Revejo teu rosto em cada canto;
Meu coração despedaçado, cai em pranto;
Revivendo memórias contracenadas com você.
Escrever sobre nós dois, é a forma diferente de te ter: sem nada exigir, sem nada de te ter, basta apenas uma folha, em segundos, sem perceber, ao meu lado está você.
M aria, de imaculada concepção
. Luiza, materialização da perfeição
. Teu riso resplandecente turva minha
trêmula visão
. Afagado sempre em teus braços, alimenta a inebriante paixão.
A h! Maria, de delicado coração,
. Vem, acalma minha agitação.
. Luiza, incandesce minha escuridão
. No idílio de minha alucinação.
L eva também Silveira, proveniente de silvestre,
. O que designa seu comportamento agreste
. Que a mim tanto enlouquece
U ma Bezerra em meu curral
. Como tu és no terral
. Com teu brilho atemporal, tão cheio de moral.
BUSCA
Esse sentimento que em mim procuro
Talvez eu nem soubesse responder
Como algo ou alguma coisa a conhecer
Que é óbvio mas disfarço no escuro
Pois sou busca de mim, sou neblina,
Um grito que ecoa, pelo chamado,
Vendaval por mim há tempos esperado
Que responde à mim essa minha sina
Pois na retina, é tua imagem tatuada,
É tua história me ocupando o pensamento
Diga-me, que te parece esse meu sentimento?
Que faço eu dessa minha'alma inflamada?
Bendito são esses versos que por hora clamo
Quando negar já não posso mais... eu te amo...
TEUS SINAIS
Sinto na pele teu som
Embalo na cor do tom dos dedos
Na delicadeza das palavras, um segredo
Que escorre das mãos o que é bom
Da tua presença tão forte
Aromas, sabores, tuas cores
Que sutilmente revela amores
E no sorriso da menina, teu Norte
Um caminho que conhece tão bem
Onde escorrem cachoeiras mais além
Nesse enroscar de leito de rio
Até desaguar, céu e mar em desvario
Pois desvendados já estão os sinais
Eu e você...Nada mais!
DOCES DESEJOS
Pousa teu olhar sobre meus sonhos
Vê que em ti reside o prazer e a razão
De insanos desejos, ânsias que exponho
Entre ternos toques e o fogo da paixão
A mágica sensação que ora te proponho
Traz ao peito o fulgor cristal do coração
Acendendo da vida a chama, eu suponho
Em sermos nós, sol e mar de eterno verão
É beleza, é luz de um invólucro de ternura
Pois que da pele também brota a candura
Fascinante equilíbrio na sinfonia do amar
Que faz do meu corpo teu barco, teu mar
Eu, tua...Entregue aos meus doces desejos
Eu, tua...Perdida no sabor dos teus beijos
QUERERES
Ainda me habita a cristalina luz
Nos sonhos que guardo na retina.
Bobos desejos, quereres de menina,
Cores e amores da vida que seduz.
Permito-me, na ternura viver o momento
Do cúmplice olhar que revela a plenitude,
Brisa das palavras guardadas em quietude,
Na flor do desejo solta em versos ao vento.
Pois, em tudo me encanta a delicadeza
Que pinta no céu da minh'alma a leveza
Em ternos sentimentos de tons infinitos
Tudo que é bom, tudo que é bonito
São suaves gestos das mãos, a nobreza
Nas linhas que me invadem em clareza
ROTINA
Tão suave o sabor, aquele de fruta vermelha
Na memoria das minhas manhãs de cada dia
Despertando os nossos corpos em poesia
Nos beijos, que n’alma acendem a centelha
E envoltos na tênue luz que o quarto invade
Ao teu olhar, o de malícia, revelo o meu jeito
Eu e você...Na maestria dos toques perfeitos
N’um amar, e amar, na loucura da felicidade
Pois são só teus todos os meus momentos
Do doce desejo que perdura além do tempo
Força do sentimento que ilumina meu ser.
O nosso castelo não é quimera, é bem querer
E dia-a dia, no conforto do teu peito proclamo
Você é minha loucura mais sã...Eu te amo!
Não quero muito, não quero pouco, quero somente o que não for rebolco...
E que seja menos porção, e naquilo que for, seja do coração.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
ASSIM, O CERRADO
O cerrado, quando empoera
Ressequido o vento no ar
Chora seco folhas desespera
No azul do céu a bailar
O horizonte se põe a embaçar
Na miragem da atmosfera
Embaralhando o olhar
Na imensidão em quimera
Ah! Se o frescor assim espera
O tempo de chuva, pra se revelar
Retorcidos galhos esclera
Num cinza a cromatizar
Assim, o cerrado, se gera
Vida diversa, lato lugar
De exótica primavera
Quem te conhece, só amar...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
UM TEMPO...?
Pede-me um tempo,... Um tempo?!
Que momento nosso pede-me?
Acaso poderá levar o momento
Preciso em que "Fomos?" Diga-me!
Tomas de mim as juras de fidelidade?
O segundo preciso em que me amou?
O ciclo indefinível que à ti me fiz verdade
Levarás o que? Algo de nós sobrou...?
O que do nosso enlace foi " Demais"?
Ousas pedir-me um tempo, minha vida?!
Se algo " Não foi"... Então leva o" jamais!"
Nunca te entregarei nossas eternidades.
Se queres ir. Vá!_ Não mencione o tempo.
Do meu amor não fará, nunca, brevidade!
Minha esposa linda.
A minha amada é única
Ela tem os cabelos cor de cobre
E o sorriso que brilha mais que prata
Nas primeiras horas do dia
Nos primeiros raios de sol
Quando adentra nosso quarto
E toca seus cabelos
Parece que suas madeixas roubam os raios do sol
E ficam incandescentes
Ela olha para mim e sorri
Em seguida vai lidar com seus potes,
Seus recortes, suas agulhas, que tiram todas as agruras do viver.
Assim a vida fica mais linda.
APENAS POETA
O silêncio cai solitário neste coração amante
São ruídos que aram a alma profundamente
Dos sonhos que terminaram secretamente
Derrubando castelos e até mesmo o instante
Não há remissão e tão pouco dor clemente
Somente o vazio em um rodopiar constante
Soluçaste por estar tão só, e tão arrogante
Sentado à beira do caminho, ali pendente
As quimeras terminaram, não mais sonante
Não há sentinelas, nem armas, só vertente
Da realidade eu não soube ser um vigilante
A sensibilidade alanceou, agora no poente
Sou apenas poeta, na poesia um imigrante
Já amor! Ah, este, meu eterno confidente!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
O brilho dos teus olhos negros, tão
Lindo, intenso, invadiu meu coração,
Apaixonado, vivo e sempre atento
À luz que nos coloca em movimento!
E cintilante, chega essa emoção:
Desperta e fortalece o sentimento
Que contraria a força da razão...
Mas cada sintonia há seu momento,
E cada sintonia há o seu amor!
Hoje, no entanto, um pouco mais além;
Talvez amor além do amor, não sei...
Fiz poemas, respostas eu busquei...
Respirei... Há teu cheiro aqui também...
Mas será que isso explica esse esplendor?
AMAR É UM VÍCIO
Meu maior vício foi te amar demais.
Ocultei coisas do meu passado
só para disfarçar tudo que fiz de errado
ao me deixar amar você.
NICOLLAS
És verso perfeito
Cântico de felicidade,
Do céu foste enviado
Doce anjo abençoado.
És perola de Deus
Diamante celestial,
Entrego-te em versos meus
Esse amor eternal.
És vida minha
Doce amor
És do céu a poesia,
Filho amado divinal
És anjo menino
Meu amor incondicional.
