Sonetos de Amor

Cerca de 1212 frases e pensamentos: Sonetos de Amor

⁠Pt.saudações

Eu queria trovar, sem privações
Cantar o amor cheio de sensação
Não pastei sentido, nem emoção
Vivi na mesma, falto de ambições
E eu não fui um bardo do acaso
Se tive o choro, o riso e a paixão
Tive a afeição, uma outra razão
Problemas mais e mais descaso

E debaixo do medo me condeno
Da dor precária dum sofrimento
Sentimento presto e tão pequeno
Tentei ser romântico no plenário
Então, assim, em nada fui pleno
No romance, raso. Um solitário!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13’46”, 17/10/2021 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠" AH, O AMOR "

Eu já vivi o amor! Ah… O amor…
Sublime, majestoso, embriagante,
um tanto mentiroso e arrogante
mas, sempre, um sonho lindo, encantador!

Me fez mais sensual, melhor amante,
voraz quanto à paixão em seu ardor…
No entanto, mais sensível, sonhador…
Um poeta em seu espasmo delirante!

Cravou-me à alma os versos da poesia
e fez-me estar bem mais em sintonia
com todo um cosmo de real candura…

O amor… Ah, sim! O amor mais verdadeiro!
Vivi-o como um sonho derradeiro
confiando, eu, inocente, em sua jura!...

Inserida por bragajunior

⁠Nossa Pindorama ancestral,
sagrada terra de palmeiras,
nosso amor sobrenatural,
amada porção continental.

As cores do Pavilhão Nacional
pintam todo o meu destino,
tudo de ti que carregamos em nós
em vinte e sete estrelas está escrito.

Nossa amorosa Grande Pátria,
Terra desta nossa Pátria Grande,
não desgarramos deste romance.

Somos inoxidavelmente um corpo,
um coração e um só espírito:
brasileiros por celestial desígnio.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Proteger o seu interior
com doçura, paz e amor
e deixar-se envolver
pelo azul de Mayreau.

Lembrar do sonho,
dos afetos, da prece
feita na igreja no alto
e de cada passo dado.

Permitir ter a mente
sob o teto estrelado,
poético e ensolarado.

Dar-se a dádiva ilhoa
de agradecer por tudo
porque a vida no fundo é boa.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠No descanso de uma rede
diante de uma bonita vista
o coração canta o meu nome
com amor e toda a maior folia.

Na Ilha Bacolet entre nós
o quê impera é o encanto
e a música que nos traz
balanço é a que vem do mar.

A cada dia é um dia para não
pensar outra coisa na vida
a não ser amar ou amar.

Não temos mais o quê se
preocupar a busca mítica
nunca mais vai nos ocupar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Ir pelo Arquipélago das Granadinas,
permitir que o Mar do Caribe
me leve descobrir se amor existe
e não deixar que nada me domine.

Próxima da Mushroom Island
em Granada estar pronta
para um novo embarque que
me leve ser a sua tripulante.

Para juntos navegar no mar
do nosso amor e deixar que
o mundo lá fora nos deixem amar.

O quê importa é só quê fica,
e preservar o melhor é o quê importa
para quando chega a nossa hora.

Inserida por anna_flavia_schmitt

TARDIA CONFISSÃO

Uma pequena mancha avermelhada,
Corpo imóvel, e mente em disparada,
Como um vulto as recordações passavam
Assim mente e corpo se separavam.

Figura robusta imóvel jazia,
Encharcada no vinho carmesim,
Uma jovem observava-o e sofria,
Futuro perdido num frenesim.

Jovem apaixonada,desistira,
Decidiu livrar-se daquela dor,
Pelo mesmo caminho ela seguira,

Em busca d'eterna felicidade,
Desperta n'escuridão o encontrou,
Enfim juntos por toda eternidade.

Inserida por GilbertoNetto

⁠BUSCA

Sigo os teus passos por onde tu andas,
mendigo um olhar, um aperto de mão,
sufoco a minha voz que fere ouvidos
que nunca ouviram o meu coração.

Nunca me ouves e eu vou dividido,
angustiado por não te alcançar.
Na verdade te seguem restos de mim,
implorando um sorriso, um pouco de paz.

Fito o teu semblante, teus lábios fugidios
que as esperanças em mim sepultaram.
Pela altivez com que disseste o "não!"

Não tens piedade e o meu vulto te segue
e os meus passos que nunca te encontraram,
são pingos de amor, esquecidos no chão!



(in “Moleque Atrevido” )

Inserida por touchegrs

⁠Farsa
Inventei tantos disfarces para a minha dor!
Desnudei a alma e embriaguei-me de solidão.
E mesmo diante de tão grande inquietação,
Mantive sempre um sorriso no meu rosto.
Se não fui, quis parecer feliz a qualquer custo!
E esconder do mundo todo o meu desgosto.
Quis ser sempre de tudo o oposto, ainda que,
por dentro, todo o meu ser estivesse de luto.
Nunca os meus olhos verteram uma lágrima!
Nem diante da morte expressei algum lamento.
Nem interjeições de espanto ou sofrimento!
Guardava comigo, engolia à seco, disfarçava!
Não fraquejei um só instante, quis ser forte! Mas
quando te perdi, meu amor, tornei-me tão fraco!

Inserida por poetarossini

LIVRAMENTO (soneto)

Leia-me! O meu verso árido e nefando
Que queima o meu peito, e dá arrepio
De quando teu paleio vem me cevando
Nos embustes sorrateiros, vis e tão frio

Olha-me! Não temas, pois, sou brando
Já não busco o poetar num belo feitio
O meu ser ainda permanece, radiando
Já o senso, é tal qual um céu sombrio

Fala-me! Verdades, não simule pranto
Pois, as flores do cerrado têm candura
As agruras, não vão ser, minhas pupilas

E se escrevo este soneto, enquanto
Escorre nos versos a minha tristura
O meu amor, desobriguei das quizilas...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020, 17’33” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

MASMORRA (soneto)

A vida expira assim como os ventos
Tal a dor e alegria do pensamento:
Fugaz, vagos clarões, sentimentos
Nas venturas, ausentes, eu invento

Vidas que não tem vida, lamentos
De pó, para o pó somos momento
Em vantagens e em detrimentos
Num sopro espalhado a portento

Mas, as sensações sem ter vida
Desengana, extermina e alucina
São almas vazias, e com rancor

Calam as quimeras, põe de saída
A ilusão, numa inércia assassina
Expropriando o coração do amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/01/2020, 09’35” – Cerrado goiano
Olavobilaquiando

FIRMAMENTO (soneto)

Por tantos amores, desvairado e descontente
O teu, eu reconheci naquele exato momento
Pois, o meu coração, ficou aflito e diferente
E, que estaria no meu constante pensamento

Que ainda agora mesmo, no peito, és presente
Em um arfar, infinito, suspirante e tão violento
Que sei que ali, havia amor, que a alma sente
E que aquele “oi”, seria para gente, portento!

Piedoso Bragi, que a minha solidão sentiste
Na poesia deste bardo, que havia sofrimento
Agora, inspirai as boas sortes não pungentes

E que então o poeta seja alegre, e não triste
E que caia sobre ele a ventura do firmamento
Com as rimas apaixonadas e beijos ardentes

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

MY BLAME (soneto)

Imagino às vezes diferente, os amores
Que deliciei atado em trabalhoso laço
Penso no que fiz e o que não mais faço
Levado pela brisa do avezar com dores

Penso nos tão verdadeiros sofredores
Dos quais, eu, sou apenas um pedaço
E no abraço dos que deixei por cansaço
E nunca mais pude mandar-lhes flores

Imagino os que fiz ter momentos infelizes
Onde não tive raízes, e então tão dispersos
E, no peito deixei-lhes com ásperas cicatrizes

Penso nas escritas, ditas: - exclusivos versos
Se na verdade eram sentimentos aprendizes
Com lados de bondades e quinhões perversos

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 de janeiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

TEU NOME (soneto)

Deixa a vida com sua sina, enfim devasse
A tua solidão que é o teu maior lamento
Que tem a dor calada no teu sentimento
Todo a angústia que sente se mostrasse?

Chega de engano! Revela-te o ferimento
Ao universo, defrontando-a sem repasse
Ao coração, que já lágrimas tem na face
E suspiros nas noites num pesar sedento

Olha: não suporto mais! Ando cabisbaixo
Deste sofrer, que o meu amor consome
De senti-te sozinho no peito tão imerso

Ouço em tudo o silêncio, golpe baixo
Do desejo. Que vive a calar o teu nome
E insiste em recordá-lo no meu verso

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando

VERSOS DE AMAR (soneto)

O poetar que sofre, desgarrado
Da emoção, no exílio sem pejo
Da inspiração, ali tão separado
Calado, e sem nenhum desejo

Não basta apenas ser criado
Moldado na doçura dum beijo
Nem tão pouco ser delicado
Se o cobiçar, assim me vejo

O poetar que tolera, e passa
Sem se compor com pureza
Não há quem possa ele criar

E mais eleva e ao poeta graça
É trazer na poesia a grandeza
E a leveza dos versos de amar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Soneto torto sobre flores e desespero

Nosso quarto sem você é um mar de solidão
Onde me afogo na cama vazia
As flores do jardim, uma a uma na escuridão
Também esperam o raiar do novo dia.

A aurora renova a esperança
Que o sol que nos move e ilumina
Porto feliz onde meu coração descansa
Presenteie-nos com sua silhueta divina.

O crepúsculo vespertino no horizonte que venero
Recolhe mais um dia de espera, de dor lenta que lacera
Ao meu suave modo me desespero.

As ondas da noite fria
Me carregam novamente para o mar de solidão
Onde me afogo na cama vazia na espera do novo dia.

DRAMA (soneto)

Quando é que o afeto meu terá encontrado
a sorte duma companhia pra se apresentar?
Quando é que na narração poderei conjugar
Assim, despertarei de então estar deslocado

Se sei ou não sei, só sei que eu sei atuar
E se eu estarei ou terei ou se está iletrado
É impossível de inspirar, o ato está calado
Pois, o silêncio discursa sem representar

O aplauso alheio pulsa, mas de que lado?
Na cena a ilusão é expulsa e, põe a chorar
Impossível imaginar atuar sem ser amado

E este drama sem teatro, e ator sem teu lar
De comédia trágica, no peito, então atuado
É amor e fado, no palco, querendo ser par!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

SONETO DO DESLUMBRAMENTO

Como é bom namorar minha princesa
O coração bate mais palpitante
Meu sorriso nasce mais cintilante
E o mundo parece ter mais beleza

Até a libido tem mais pureza
Pois o amor, em nós, é uma constante
Tudo e tanto em apenas um instante
O teu querer é a minha certeza

Não quero acordar deste lindo sonho
Que mudou a minha realidade
E uma vida perfeita lhe proponho

Meu coração é só serenidade
E esse sentimento sem tamanho
Nos unirá por toda eternidade.

SONETO DO DESENCANTO

Meu verso hoje é de saudade
É lembrança amarga dorida,
É pétala doce ferida
É dos lábios o gosto acre.

Meu verso é ferida d’alma
É cântico de sofrimento,
É do amor o desalento
Do poeta que inda chora.

E nesses versos de solidão
De dor e desencanto
No peito um coração,

Se rasga em pranto
Recordando a desilusão
Por ter se apaixonado.

SONETO DO DESEJO

Queria ter-lhe em braços afetuosos
despir-te em versos de malicias,
cobrir-te com plumas de anjos
beijar-te com poesias (caricias).

Queria ter-lhe em céus de primavera
em noites calmas silentes,
um amor que inda pudera
ser puro...inocente.

Queria ser-te sorriso
beijo apaixonado,
paixão no inicio

poeta enamorado,
queria estar no paraíso
para sempre ao seu lado.