Sonetos
AQUELA POESIA (soneto)
Era tão poética, serena e encaminhada
Aquelas sensações que tanto bem fazia
Cheia de sentimento, e tão apaixonada
Por verso que a prazerosa alegria trazia
A versificação era de somente ternura
Sempre meiga, que o olhar entretinha
Onde cada palavra tinha cortês figura
E nas entrelinhas aquela poesia, tinha!
Era promessa que se dava com carinho
Repartindo amor, sempre com jeitinho
Onde em cada verso eram versos seus
Aquela poesia de você, quanta saudade
Emoção, suspiros, paixão, muita vontade
Fartamente sussurrado nos versos meus.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 julho 2025, 19’08” – Araguari, MG
ACERBO FIM (soneto)
É está a última saudade que te entrego
Igualmente a última versificação para ti
Nestas linhas sentidas meu superar rego
Não mais versos tristes, do que eu sofri
O meu sentimento agora quer sossego
Ter sensação, o que nunca de te recebi
E comigo fica apenas aquele aconchego
Da partida, o adeus, do nada que perdi
É este o derradeiro cântico que te faço
Pois, neste trespasso, desata-se o laço
E por certo, tinha que acontecer assim
Sim, é um poema sombrio e magoado
De uma poesia com versos destroçado
Arrancados de mim, neste acerbo fim.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 julho 2025, 18’45” – Araguari, MG
ACREDITAR EM QUÊ?
Quem disse que esse mundo é verdade?
Tudo é mentira, uma grande ilusão!
Dentre as coisas banais, no coração
Tudo é sem cor, é nada, tudo é maldade!
Há alegria em tanta gente! Veracidade?
Falsos risos dentre o peito, tudo é vão!
De amor são incompletos e sem paixão!
No vaguear dentre à noite são saudades!
Acreditar em quê? O amor ninguém sente!
Os sonhos são sussurros na mente.
As almas vagueiam no esperar da morte…
No olhar desse mundo sou mais um louco!
No viver de migalhas, contentar com pouco:
De falsos sorrisos, e no esperar da sorte!
London Bridge Island,
é Ilha da Ponte de Londres
que pertence a Granada,
e o coração por lá dispara.
O destino para nós uma
surpresa sei que ele prepara,
Não tenho pressa de nada,
apenas não quero mais ter razão.
Deixar-me guiar pelas correntes
das Pequenas Antilhas
tornando os segundos presentes.
Permitir que o encanto vire rotina
de braços dados com a alegria
de ter no mundo a melhor companhia.
Em mim revivem todos
os Caribes reunidos,
Rumando assim
a encantadora Bequia.
Por dentro não permito
acesso ao meu santuário
particular para mantê-lo
acima de tudo imaculado.
Busco ser o paraíso
poético presevado
para que o melhor dure.
Se não fizer assim ninguém
fará isso por você e por mim,
não conto jamais com salvadores.
Na vibração das Pequenas Antilhas
entrar e deixar-se levar
pelas correntes do Mar das Caraíbas
até chegar nas Pequenas Antilhas
No tranquilo refúgio da Princesa
me encontrar em Mustique
e saborear o melhor sem se preocupar
se o tempo irá passar ou não passar
O quê realmente importa é o melhor
do amor bonito desfrutar e não se importar com o quê lá fora está a se passar
Viver na intensidade do oceano
de amar e com ousadia um no outro
sem medir a profundidade mergulhar.
AQUI TEM
Não repararam agora? pela poesia
Nos versos, suave rima enamorada
Que canta a paixão tão encantada
Musicando o poema numa sinfonia
Que tenteia a sensação com euforia
Deixando a satisfação d’alma alada
Criando inspiração pela madrugada
Numa poética que pulsa com magia
O afeto, o sentimento, olhar atraído
O sentido. Aquele beijo tão dividido
- Enfim feliz! Acontecido, bom, vem!
Já, o poetificar - bem mais tagarela
Vai cantando e deixando mais bela
A prosa, de um amor, que aqui tem!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22 agosto 2024, 05’33” – Araguari, MG
ESTADO DE FELICIDADE
Em um poema todo feito de recato
De sonho, sentimento e docilidade
É que vê o terno trovar na felicidade
E (mais que singelo) amor de fato!
Não é um verso de irreal formato
Nem a imaginação só na vontade
É luz, agrado, uma outra felicidade
Que preenche a poética num ato
Um abstrato sentido, duma paixão
Da alma, feito de emoção, ternura
E de uma prosa atraente e serena
Ô rimar, rimar risonho e amoroso
Poeta assim feliz, assim gostoso
E põe o tom em sensação plena.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
24 agosto 2024, 10’49” – Araguari, MG
QUE INSPIRA É O AMOR
Melhor há de poética que inspira
Uma toada que nos diz: é amor
Melhor há de poética que o ardor
Duma paixão, que ateia e “pira”
Os versos com sensação, suspira
O afável sentimento, na face rubor
Diz-me se há outro senso amador
Que agrade mais. Não é mentira!
Pois, se mente, nada será fecundo
Que é do gosto, que é da felicidade
Sedutor, bem mais que um segundo
Que é da velhice, que é da saudade
Criando um versejar mais profundo
Cheio de olhar, toque e de verdade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 agosto 2024, 12’34” – Araguari, MG
OCASO DA VIDA
Vai, folha seca, vai, desgarrada
Ao vento em fascinante magia
Vai, que o outono, já evidencia
No fatal balé, de poética toada
Cumpre o destino, meta sagrada
Mudada: sem cor, árida sinfonia
Sem viço, sem a gala da energia
E, a tua pálida força, já crestada
No tempo, a tua mocidade palia
Deixando-te no calor da saudade
Vai, folha delicada, doce poesia
Baila pelo ar desta final liberdade
Realizou a sua crucial biografia...
Ímpar e, cada um de nós há-de.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 agosto 2024, 16’23” – Araguari, MG
Na beira da linha
Deparei-me com uma menina;
De cenho fascinante.
Numa troca de olhares;
encantei-me num só instante.
Eu que sempre fui revestido contra amores;
Com medo de no peito sentir dores;
Não suportei tamanha simetria.
Fui vencido por detalhes, tudo isso, num só dia.
Foi avassalador. Não há no mundo quem não falhe!
A beleza daquela moça era convite irrecusável.
Eu que me achava impermeável à emoção;
De repente, submergido de fascínio,
Estava eu colhendo os pedaços
Do gelo que habitava o meu coração.
Incertezas
Por muito tempo,
Já não sei, sobre o amor de nós dois.
Sentimentos perdidos ou deixados para depois?
Do ápice à decadência.
Amor ou ilusão?
Não sei mais a dimensão!
Você não dá a devida atenção;
Já não sei mais qual é o vocativo usado para mim, pelo seu coração:
Se é; Amante, amigo ou conhecido. Certeza tenho que não é marido,
Pois, o tempo extinguiu essa função.
O seu pensamento irreversível;
O seu sentimento imutável;
Coloca a nossa união, em situação instável.
Nem um passo à frente, nem um passo atrás.
Já não sei se vivo ou só existo.
Já não sei para que lado fica esse caminho chamado (paz)…
Houve algo que me fez sobreviver;
Todos esses instantes, enquanto;
Eu vivi analisando a amargura:
Que seu usufruía de mim!
Seria apenas momentos para você.
Mas, em mim, isso possui-me;
Como o ar, que eu necessito, a cada instante!
Sei que por você, não posso mais lutar;
Mas, por mim, tentarei sobreviver de lembranças, lágrimas e suspiros.
E, se tudo o que eu te dei, foram, apenas momentos para você;
Só me resta a esperar e morrer aos poucos.
Ao meu grande amor.
Na penumbra da noite és o luar,
Que ilumina as trevas da minha vida,
Onde teu doce e ternurento olhar
Renova minha esperança perdida.
Sinto a pureza do teu grande amor,
Sem laivos de interesse ou ingratidão.
Pois em ti há um intenso calor
Nos deliciosos beijos de paixão.
Temos longo percurso para viver,
Cheio de diferenças e incertezas
Que podem causar algumas tristezas
Relevadas na grandeza do ser
Onde palavras de sabedoria
Por ti serão ditas, minha Sofia.
Na utopia da vida;
Resolvi vivê-la com você.
Apesar do somatório das angústias;
Que por vezes fizeram-me sofrer;
Persisti na ideia de que a minha vida:
Só teria sentido, se fosse vivida com você.
Fanatismo ou ilusão? Não sei!
Apenas, atendi os desejos do meu coração.
Por você
Reinvento-me a todo instante.
Volto sempre ao recomeço.
Não me importa o tempo que passe;
Se preciso for, viro-me ao avesso.
Tudo isso para reencontrar
Aquela menina,
Que me pediu um selinho de amizade!
Me deixando totalmente sem jeito.
Do amor mais puro, à sua falta.
A saudade no meu peito sobressalta.
Você deu-me medo, hoje faz falta.
Do medo, soube quando senti.
Da falta, senti quando procurei.
Essa ausência sua, ainda me mata;
Viver sem ti, ainda não sei!
Soneto O caminho do coração
O caminho pra chegar em meu coração
É muito simples...basta começar com olhares
E se os teus olhos, assim como os meus brilhares
Terás em meu pensamento reação
Se por mim tiver muita aspiração
E se meu sorriso espontâneo ganhares
Poderá andar comigo em muitos lugares
E quem sabe, bem de perto sentir minha respiração
Por ti e pelos momentos que passarmos juntos
Os risos provocados por tal felicidade
A espera de mais uma vez, unir em pensamentos
Mais uma vez ter a oportunidade
De mãos dadas em soluços dizer sentimentos
E andarmos...na mais completa naturalidade
Por ser amor
Por ser amor foi que eu sofri
Esperando por sua decisão
E a pior coisa foi te ver partir
Não apenas de minha vida, mas meu coração
Por isso ainda te amo muito
O fogo não se apagou
Do mesmo jeito que te amei bendito
Minha alma, se alegrou
Seu amor corre por meus átrios
Meu combustível para a vida eterna
Que sedento venho a ti com ébrios
Pois fizestes da minha vida tão terna
Que nem mesmo uma amnésia profunda
Causaria esquecimento de ti, oh minha amada
Posso esquecer meu nome, mas não o seu que aprofunda
Por ser amor, o meu bem afortunada
O caminho para a distância
Alma que sofres pavorosamente
A dor de seres privilegiada
Abandona o teu pranto, sê contente
Antes que o horror da solidão te invada.
Deixa que a vida te possua ardente
Ó alma supremamente desgraçada.
Abandona, águia, a inóspita morada
Vem rastejar no chão como a serpente.
De que te vale o espaço se te cansa?
Quanto mais sobes mais o espaço avança...
Desce ao chão, águia audaz, que a noite é fria.
Volta, ó alma, ao lugar de onde partiste
O mundo é bom, o espaço é muito triste...
Talvez tu possas ser feliz um dia.
Soneto Ao sorriso
Olho o sorriso esplendoroso
Teus olhos lindos de sol infindo
Como uma luz, vão espargindo
Por ser tão poderoso
E em teu regaço amoroso
Nosso amor vai fluindo
E de você eu vou fruindo
Me acalentando, dormindo
Amor meu, doce amor do meu coração
Nunca vi tamanha perfeição em teus traços
Que afeta a minha fala, e até minha respiração
E mesmo que eu esteja morrendo, caido, em pedaços
Por alguém que me dê, tanta inspiração
Se for pra morrer de amor, que seja nos teus braços
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