Sonetos

Cerca de 1265 frases e pensamentos: Sonetos

⁠POETAS MORTOS

Ensandecidos: Vagueando à multidão
Eu vejo alegria, ansiedades e chorar...
E dentre o meu peito falta vida, me falta ar
Por sentir os temores da ilusão...

Insanidades, eu vejo a toda alma o coração
Por falsidades que os fazem fadigar,
E, ensandecida, navegando sobre o mar
Eu vejo a minh'alma à solidão...

Versos entoam dos meus sentimentos:
Tão Igual é nosso sonhar, nossos lamentos
Por virtudes nosso luar ser de alegria...

A sofrer sinto-me brando, sou louco?
Eu sou d'um Poeta o fogo intenso e absorto
A mentir o nosso amor: Que fantasia!

Inserida por acessorialpoeta

⁠NOS MEUS VERSOS

Prendo nos meus versos a sensação
de tanto encanto, de tanto fomento
enchendo-lhes dum desejo sedento
que suspira e traz mais e mais razão
Dou-lhes a cor lustral da satisfação
dos dias extasiados de doce alento
aquele toque, o cheiro, o juramento
de tanto, tanto sentimento e paixão

Em seguida, o sentido e o lampejo
criando sedução e trovas em brasas
escrevendo estrofes com sedução
que, depois daquele repentino beijo
que deu aos versos tão infladas asas
fazendo a poética pulsar o coração.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25/09/2024, 08’43” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠VERSOS COM SAUDADE

No verso magoadíssimo de saudade
Quase privado de aparato, de alegria
Tão sofridamente a sensação invade
Que nem a emoção, o agrado, sentia
Na poesia, o suspiro de infelicidade
Nas rimas o sentimento que morria
E, no ritmo da poética a banalidade

Cantando, nem eu sei que cantoria
Pranto... sei lá que tanto, apodera
Da solidão, que o coração dilacera
E a nostalgia vem forte na carência
Nem sei se sei onde está o alguém
Apenas sei que dói, vai muito além
Quando se tem uma vital ausência.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/09/2024, 18’45” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ESTE...

Este, o soneto dum amador obstinado
Em que, viveu cada situação da paixão
Tal diz a prosa do coração aprazerado:
Se havia afeto, ele fiel a sua adoração
Este, o verso com sentimento ritmado
Dentre tantos sonhos, rimas de ilusão
Onde d’alma escoa o tom apaixonado
Enchendo o canto de fluida sensação

Este, o tinido sentimentalista profundo
Em que a nota poética, é um fecundo
Apreço, de encontros e de puro ardor
Este, o sentido dum cântico contente
Deste que no amor existe realmente
O qual sabes que és o singular Amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29/09/2024, 12’55” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TUDO TEM JEITO

Soneto, tens nos versos desventuras
Que dói n’alma, ao sentido imploras
Que tudo sente e que tudo ignoras
Deixando a prosa com duras agruras
Assim, obscura e extraviada as horas
Vão as rimas com infinitas amarguras
Num poetizar com tristonhas leituras
Ditas com lágrimas que dá dor choras

Das coisas mais avarentas, as preces
Falsificando o sentimento desafinado
Que escava, trava, intriga, aborreces
Ó inquietude de impiedoso inverno
Não faça de meu versejar saturado
Não há bem que dure e mal eterno.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/09/2024, 15’05” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DE LEMBRANÇAS

Poetando depois daquela hora sofrida
meu versar resignado e quase sem dor
recorda a paixão daquele grande amor
aquele, profundo amor da minha vida
Nos versetos, quanta sensação querida
escoam da saudade, agora, sem rancor
se há lágrima perdida, é em tom menor
pois, o furor já sem aquela sanha doída

O sentido, o que resta agora, guardado
na memória, com cheiro e significado
remindo as juras desleais, sem fianças
E, que foi eu, afinal, neste sentimento?
Sei, que fui mais que apenas momento
a suspirar neste soneto de lembranças.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2024, 15’20” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠BEM-ESTAR

Ó, bem-estar, escuta, estou aqui
A minha felicidade bem conhece
Sou agrado que no prazer cresce
E que na satisfação suspira por ti
Riso, sou mais paz, nunca perdi
Teu versar quer tal a uma prece
Um renovo que na rima aparece
Dando o testemunho do que vivi

Ó, alegria és tu em mim, virtude
Um sentir à frente, sempre pude
Querer-te boas sensações trazes
Então, com tua ventura vou além
É emoção sentimento e também
Fé. Pois, eleva o bem que tu fazes.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/2024/16’21” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CERRADO EM PAUTA

Cerrado, além chão, quanto elemento:
diversidade, mistério e toda sua galeria
formoso, glorioso fascínio, árida poesia
pura magia, e o belo maior sentimento
Cada canto o encanto, singular intento
e que toda imaginação, tom e sinfonia
envolvendo a sensação em policromia
que há de aprisionar o mais desatento

De toda narração o mais condimento
só de vos provar, sertão. Tão singular
perceber é vivenciar-vos, eu bem sei
Porque por saber aprecio o momento
tomando privilégio, fazendo apreciar
pois, a cada dia notando mais prazei.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12/10/2024, 21’01” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠COMO É BOM ESTAR AMADO

Eu vi uns belos versos que causaram
suspiros, de um coração apaixonado
e que, discursava emoção e cuidado
aonde os beijos de amor extasiaram
Eu vi que olhares nas trovas falaram
renderam a alma e deram o recado
e que, meu sentimento ficou lotado
e, assim, as rimas a paixão velaram

Eu vejo no verso encanto e sedução
que cresce na poética o que sente
e sente o doce cheiro perfumando
Eu vejo no poema a meiga sensação
fazendo a este trovar tão diferente
e, ao ledor, como é bom estar amado.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14/10/2024, 18’26” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CARECENTE

Se eu peço ao verso para ter piedade
que não seja hostil a uma trova dócil
dizes que sou tão rude e um tanto vil
querendo um rimar com sensualidade
De onde vem tão pouca serenidade
se pouco o poetizar aparenta gentil
mais atento e amável, terno e sutil
sem aquele tom com voracidade?

Meu suspirar dolente e tolo chora
nos versos que vem e vão e, assim,
embalados em tristura, vêm afora
Parece então que tudo é apenas dor
pondo o versar triste diante de mim
carecente de apego, emoção e amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15/10/2024, 14’16” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SAUDADE QUE CONFESSO

Depois que te perdi, só depois, da tua partida
Senti no peito, um vazio, que cá eu confesso
Um calafrio na alma, aquela pior dor sentida
E, se há igual, parecida, afirmo, não conheço
Suspiros sofrentes e aquele choro espesso
As noites tão compridas na ilusão perdida
Ladeando a emoção, cujo o certo endereço
É o coração, que arde numa aflição sofrida

Depois que foste, só depois, singular paixão
Me vi significado em uma constante tortura
De sussurros duma surtada dorida contrição
De não retribuir, a ti, o carinho que me dava
Com exatidão, repondo com minha ternura...
Ah! Saudade, está sensação, não imaginava!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 janeiro, 2023, 19’56” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠UMA ILUSÂO PERDIDA

Se um dia, ao pé do barranco, vires caída
Uma ilusão luzente, na gramínea deitada
Envolta em sonhos e quimera rendilhada
Com certeza, de alegria e ventura garrida:
Dobra-te em mesura, dá-lhe uma atenção
Não a deixe sem poesia, abraça-a contigo
Faze da tua imaginação um poético abrigo
Aconchegado n’alma e na versada emoção

Leve-a a todo o canto, e cheia de encanto
Crie, suspire, tente, em um versejar tanto
Que faça do prazer recanto, e descanso
E não deixe o estorvo, desejoso, saqueá-la
Lute, desfrute, curte e vai ligeiro ofertá-la
A um raro coração, então, juntos e manso!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 janeiro, 2023, 20’18” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

“FELICITÀ”

Estes versos são risadas cheias de alegria
Desfastios que eu acalento no meu peito
São satisfação, são amor, um afável feito
Rimas que ataviam a felicidade na poesia
É o festejo, um conto, sonhos, solenidade
Aquele gesto tão repleto de fantasia terna
A vida! O ser! O maneio na ventura eterna
O enredar da liberdade com a cumplicidade

“Felicità”! Sois o guia pra esse poema existir
A eterna confissão de quando tem o sentir
Que, então, o faz, a toda a gente ao me ler...
São frases que rimam o sorrir e, que acalma
Prosa que ganha o contentamento da alma
O bom agrado da sensação ao perceber ter!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 janeiro, 2023, 14’14” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SÓ LEMBRANÇA

Oh! Cerrado! O tempo passa e insiste
tuas várzeas feridas, no ataque, tanto
e o teu sofrimento se mistura o pranto
de irreflexão. Quanto sentimento triste
A sedução no teu seduzir ainda existe
que teima na vida em morte, vil manto
deste desencanto, num sofrente canto
que murmura, que agoniza, e assiste

Agora, cerrado, é tablado de matança
de quem te lança, feri e além avança
em busca de mudança, árduo rosário
O teu fascínio és calvário, és cenário
de extermínio, tantos... tantos, vário
deixando para atração, só lembrança.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 abril, 2024, 20’36” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠EM REDOR DA POESIA

Em redor da poesia distrai o amor
Suspiroso, alegre, impar, elevado
Cândida sensação dum confessor
Num soneto tão quão apaixonado
E neste sentimento cheio de ardor
Diz-se palavras ternas, no afinado
Poetar: modesto, castiço, amador
No tom singular. O peito apertado

Obriga então a poesia ser serena
Onde a prosa pra sedução acena
Desenhando o sentido, as ilusões
Nesta bruma de paixão, estamos:
Soneto e poeta, nestes reclamos
Cochichando prezadas emoções.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 abril, 2024, 19’36” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENREDADA DE NADA

Versejo triste, ralo, a poesia vazia
Verso sangrando de muito sonhar
Atrás de uma poética com alegria
Em vão me esforço para alcançar
Rimei paixão, sensação, ousadia
Sem nunca largar, ou desanimar
Em uma fé sedutora que me guia
Sofri, chorei... Noite e dia a idear

Poeto exausto, lerdo, desatento
Um canto de sussurro, lamento
Saem nos versos em enxurrada
E neste poetizar com verso rudo
A minha desilusão é quase tudo
Numa poesia enredada de nada.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10 abril, 2024, 20’36” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CATIVO

Ao que a poesia verseja, e teia
Sussurrante, trivial, num clamar
Num amargor do que a perreia
Imersa em um profundo pesar
Com inquietude que devaneia
Um falho sentir, o pouco estar
No qual a insatisfação a enleia
No âmago de um triste poetar

Enturvo nesta aflição tão aflita
De sofredor que na dor orbita
Se limito, então, dizer não sei...
Sei que é danoso, penetrante
Sentimento avarento, pedante
E cativo desta sorte me tornei.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 abril, 2024, 19’18” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PREDESTINAÇÃO

Imerso em versos dum sonho fundo
Com rima amável, tão simplesmente
Sublime, lia-se na poesia claramente
Que não era igual, era amor fecundo
Tinha na poética algo mais profundo
Aquele olhar sedutor de quem sente
Uma métrica enamorada, docemente
Singular, nobre, do coração oriundo

E neste rubro, e emotivo entardecer
Pra sempre se tornou um significado
Serenamente, no peito, doce abrigo
És então, definição, sentido, um crer
E a solidão uma toada do passado...
Agora, o predestinado amor comigo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 abril, 2024, 16’40” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SOMBRAS

Guardo poemas soturnos e cinzentos
Numa inspiração desbotada, sem luz
Suspiro no verso sentido, que traduz
A minha poética, cheia de tormentos
Tem tons, inquietos, ais e lamentos
Nos sussurros, a poesia me conduz
Choro e apertos numa pesada cruz
Poetizando estes árduos momentos

E cada sentimento, então, aí figura
Sofrência, enchendo de desventura
A prosa que só queria, apenas amar
E triste, poeto e sinto, sofro e enleio
Vejo tudo feio, tenho o coração cheio
E, a noite sombria, a passar devagar.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 abril, 2024, 19’32” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Vão-se-me

Dos versos para ti, dantes, nada existe
A lembrança é algo de um pouco valor
A poesia, vazia, está sem aquele amor
Que um dia foi certo, da poética saíste
Porque assim como chegaste, partiste
Cessando o peito que batia com ardor
Sangrando n’alma, criando tom de dor
Na prosa, chorosa, suspirante e triste

O tempo anda, a emoção sai do cais
E a sofrência apenas lesão no sentir
E o coração atrelado em outras elos
De quanto foi outrora, nada tem, mais
Nada, daquela sensação, só o resistir
Vão-se-me uns após uns, dos flagelos.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 abril, 2024, 12’04” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

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