Soneto da Saudade

Cerca de 25644 frases e pensamentos: Soneto da Saudade

Após a leitura do soneto
murmurei: atrevido!...
Com se atreve a provocar meu pensamento,
se eu ainda não tenha isso vivido!?

Tua boca mesmo longe atiça
meus desejos que são: te levar a uma plantação,
onde cultivo girassóis e lá te faço pirraça,
sentada em teu prazer, sinto até o pulsar do teu coração.

Nada tenho a alegar, sou simples e antiga,
flor de algodão, que aprendeu com os bichos
tudo que há na terra, do milho a espiga.

Mesmo a distância, já fiz contigo tudo
que o amor deseja, e você sem nada saber
que já me partiu, e talvez diga: Isso foi quando?⁠

Inserida por ostra

Soneto
Sabiá Laranjeira


Vem Sabiá Laranjeira
Cante pra mim uma canção
Seu canto forte, melodioso
Encanta-me, alegra meu coração.


És símbolo do meu Brasil
Onde fez seu ninho permanente
Aqui cantas a paz e o amor
E és dispersor de semente.


Nos pomares busca alimentos,
Livre, saltitando pelo chão
Encontra insetos desatentos.


Faz alvorada com seu gorjear
E serenata ao anoitecer
Pra sua amada conquistar.

Inserida por marta_souza_ramos

⁠Um panorama,
Tantas possibilidades
Um soneto que declama
Inquietação, serenidade.

Inserida por michelfm

⁠Soneto Vida


O grande mistério da vida
Com toda a docilidade
Uma conduta mais atrevida
Nos oferece a crueldade;

A criança alegria e liberdade,
Juventude um encanto e doçura,
Nos brinda com amargura
A sua tão fragilidade,

Ensina - nos a ser forte,
Entendemos que não é sorte,
A felicidade com trabalho merecido;

Dores aprendemos a suportar.
A velhice o amargo esperar,
Num canto talvez esquecido.

Set/01/10
Missias

Inserida por MIssias

⁠SONETO DESBOTADO

De tiranas nostalgias, sobrevivido
o fado, vou suspirando, e vazado
vou passando ao ocaso passado
dos dias onde o jeito é nascido

O agrado em rasgas dividido
corre da satisfação apressado
pro vazio, palpita compassado
na solidão, em pesar convertido

E, murmurando tão cruelmente
o trovar alvorece no desalento
e um aperto no peito então sente

Oh! má sorte, no amor sedento
Que vive a lastimar no poente
desbotando está o sentimento!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/10/2020 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto da distância
⁠Quando dois corpos querendo se tocar
E a distancia o fazem separados
Esperam o ansiosos o tempo passar
E acalmar os corações atribulados
A esperança o fazem acreditar
Que ao fechar os olhos serão confortados
Isso os farão relembrar
Que quando ama não esta isolado
Assim, quando a noite chegar
E a solidão não te fazer bem
E no céu só restar o luar
Sei q vai olhar pro céu
E estarei olhando pra lá também
E estaremos unidos por um mesmo véu

Inserida por DiegoAzevedo

⁠SONETO SEM VOLTA

Vai-se mais um talvez pra outra parada
Vai-se um, outro, enfim decaídas cenas
Que dói no peito, na solidão, e apenas
A teimosia para essa pesada derrocada

Cá na quimera, quando a dura nortada
Bafeja, os devaneios em alças plenas
Ruflam a alma em emoções pequenas
No ocaso do horizonte atiçando cilada

Também dos silêncios onde abotoam
Os suspiros, um a um, não perdoam
E choram, lágrimas pelos olhos vais

Na perfídia imatura, ilusões escoltam
Os sonhos, que sempre ao amor voltam
Mas que ao poético não voltam mais...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro de 2020, 20’20’ – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NATAL EM SONETO

Um menino, e aquela noite festiva
Noite cristã, natalício do Nazareno
Celebrando os dias do Filho, terreno
Mesa posta, a família, ternura viva

E nesse singelo canto doce e ameno
Minha consagração contemplativa
Pura, reza a confiança na fé ativa
Aos pés do presépio, o amor pleno

Presente em soneto, e em gratidão
Louvores dou, Paz e Bem ao irmão
Noite de confraternização, de luz!

E, ainda que se perca, se inquieto
O coração. O crer sustenta o afeto
Feliz Natal! União em Cristo Jesus!

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AOS PÉS DA CRUZ (soneto)

A Vós submisso vou, braços crucificados
Nesse calvário sacrossanto da paixão
Receba-me, na Tua elevada compaixão
E, por nos livrar do mal, estais cravados

A Vós, Pai, que pelos pecados fustigados
Piedade! ... poupe os ceticismos incertos
No Teu perdão, Teus zelos estais abertos
Perdoai nossas falhas, e rumos errados

A Vós, pés encravados, por nos amar
A Vós, chagas abertas, para nos ungir
A Vós, na dor, e Teu sangue a libertar

Por não nós deixar, nem de nós desistir
Por ser o filho escolhido, o meu olhar
Aos pés da cruz, aqui estou pra remir...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/07/2020, 11’02” – Triangulo Mineiro
paráfrase Gregório de Matos Guerra

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O ACENDEDOR DO DIA (soneto)

Lá vem o sol o acendedor do dia na rua
Este mesmo, rubro, que vem reluzente
Raiando no horizonte, turvando a lua
Quando o véu da noite se faz ausente

Parodiado a poesia, a prosa continua
Na energia, na quimera poeticamente
À medida que a luz aos poucos acentua
E a escureza da noite se vai de repente

Encantada evidência que Deus nos doa
Brilho que doira o dia e ilumina a vida
E que com tal esplendor nos abençoa

Assim, em nossa alma o amor insinua:
O bem, a fé, a felicidade a boa acolhida
Que na claridade com a gratidão tatua

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/07/2020, 07’22” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A intenção era arder como a chama que Camões eternizou em seu poema, mas acabei em um soneto escrito num papel toalha, manchado pelos pingos de chuva que saíram do peito de alguém que disse “Me traz a garrafa da mais forte que tiver”.
Castro no Bar dos danos sintomáticos.

Inserida por Castro

⁠DESENCANTO (soneto)

Muitas vezes trovei os amores idos
Chorando o desalento e desventura
No engano, numa lira feroz e impura
De infelicidade, o vazio dos sentidos

E nesses instantes sofridos, convertidos
Cada lágrima escrita era de amargura
Com rimas sem resolução e tão escura
Soando a alma com cânticos gemidos

E se tentava acalmar com justificação
Mais saudoso ficava o árduo coração
Que se enganava querendo encanto

E, sussurrando, num afiado suspiro
Os versos que feriam, tal um tiro
O amor, eclodiam do desencanto

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/07/2020 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A MORTE DAS VIOLETAS (soneto)

No vaso floreado de variada cor
De suave frescor e delicada trama
Cheias de viço e aveludada rama
Desabrocham as violetas em flor

Pouco estar, e de fugaz esplendor
No seu breve e infortunado drama
Enlanguescida, ela, curva e acama
Tal aos pés da sofrência a fatal dor

E vai perdendo o regalo a violeta
Aos amuos do tempo, ali funesto
Num despojo final, e última reta

E, desbotada e então tombada
Épica, em um derradeiro gesto
Mortal, a violeta se vê imolada

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de agosto, 2016 – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO SEM SONO

Tarde da noite. Ao meu leito me abrigo
Meu Deus! E está insônia! Que conversa
Morde-me o pensamento, e tão perversa
Numa flameja que acorda, tal um castigo

Meia noite. E o silêncio também versa
Tento fechar o ferrolho, e não consigo
Da espertina. E assim impaciente sigo
Olho pro teto, numa quietude inversa

Esforços faço, remexo, me envieso
Disperso, nada! O sono se concreta
E o meu fastio já se encontra farto

Pego no devaneio, e o olhar ali reteso
Arregalado, e nesta apertura secreta
Fico ancorado neste túrbido quarto

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/08/2020 – Triângulo Mineiro
copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A ESCULTURA (soneto)

Idealizada, em traços no pó de mármor
Num luzidio de inspiração e de talento
Nas minúcias de fêmea em movimento
Fixas em forma rara, de delicado primor

Transpirando volúpia, vida e portento
Do pó de pedra forjada com tenro amor
Surge a forma e, prostrada em fomento
Abrigo imortal, num cendal esplendor

Do albor da imaginação, dos desejos
Surge assim esquia e férteis latejos
Ante a estátua feita, minha ovação

E o espanto avido do meu espreitar
Põe a beleza e delicadeza no olhar
Dela, a escultura amoldada a mão

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/08/2020, 11’41” – Triângulo Mineiro
Inspirada na escultura de Eliete Cunha Costa

Inserida por LucianoSpagnol


SONETO DE LEMBRANÇAS
Descrevendo o passado
De tudo que foi vivido
Que nada seja esquecido
Tudo será lembrado.
Talvez numa simples poesia
Deixando tudo guardado
Quem sabe se algum dia
Conheçam o meu passado.
Cada canto tinha sabor
Trazia aquele cheiro
Como se fosse flor.
Tudo está tão ausente
Mas nada será esquecido
Fica guardado na mente.
Irá Rodrigues
Santo Estevão-BA

Inserida por Irarodrigues


SONETO DA PAZ
Bendita seja a oração
Palavras que nos traz
Ouvindo com o coração
Trazendo a nossa paz.
Esse nobre sentimento
Embevecido na canção
Eleva a alma e o coração
Ao Senhor pedimos proteção.
Queremos paz e harmonia
Em nosso interior
Com fé em Nosso Senhor.
Esse amor que traz energia
Enviado por Jesus
Nosso guia e nossa luz...
Irá Rodrigues
Santo Estevão-BA

Inserida por Irarodrigues

⁠SONETO DE AMOR

Quero-te comigo, desde o primeiro olhar
E te quero, simples assim, desde a primeira canção
Quero-te comigo, onde conjuga o verbo amar
Desde que invadiu meu coração.

Quero-te comigo, com o sorriso de sempre
Nas noites de lua cheia, das loucuras eternas
Pela vida inteira, nos sonhos da gente
Pois quero-te comigo, nas noites sinceras.

Quero-te amor, nos versos da canção
Que perpetuarão para sempre
Em meu mais puro coração.

Quero-te amor, mesmo se pensar em fracassar
Pois desde o primeiro dia
É com você que eu quero ficar.

Inserida por Diego_Moreira_Mauro

⁠SÚPLICA (soneto)

Se tudo muda e tudo perece
Se tudo cai aos pés da negaça
Se veloz a vida por nós passa
Pondo de lado o teor da prece

Se, se a inspiração desfalece
Se dói a dor que a dor enlaça
Se perde o encanto, a graça
O lhano, e aí a gente cresce

Se o amor tem a alma pura
E este amor também tortura
Nos gerando tolos e loucos

Se tudo tem no tempo valeria
Tudo vai, Pai! Por que não alivia
O sentir que me traga aos poucos?

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Setembro, 05/2020 – Triângulo Mineiro
paráfrase Auta de Souza

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto de realidade

Outra vez uma história mal contada...
E acada frágil argumentolançado,
quebro, como umvaso despedaçado,
retrato da minha alma machucada...

A decepção bruscamente instaurada...
O afeto assim se fez, menosprezado,
a confiança, este bem tão estimado,
destruída, implodida; reduzida a nada...

Humilhado, sem ter tidoo ônus de errar,
iludido, perdido no limbo desse ínterim,
até sentir o açoite da traição aestalar...

Respiro consternado, perante o fim,
quizera eu, apenas a utopia de amar,
sem que fosse usado isso, contra mim.

Inserida por ClayWerley