Soneto da Mulher Perfeita

Cerca de 60989 frases e pensamentos: Soneto da Mulher Perfeita

Pior que a emenda é o soneto de pé quebrado.

Inserida por SAINTCLAIRMELLO

Recito o soneto do descanso todas as noites que caminho em estradas insanas.

Inserida por Guismiths

Porque minha poesia é soneto de saudades !

Inserida por LeoniaTeixeira

Procurando em soneto o que um dueto traria.

Inserida por filizzolinha

amo-a com a insanidade do poeta a se descobrir diante os primeiros versos que compõem um soneto.

Inserida por leopoldpierre

⁠Filosófico pascalino mexe com a alma. William Shakespeare (1664-1616), deixou 34 peças e 134 sonetos e muito mais. A vingança, em Hamlet, é bem conhecida. Algumas escritas na quarentena da Peste Negra (1665/6). Bons aforismos oportunos: Que é o homem, se sua máxima ocupação e o bem maior não passam de comer e dormir? Ser ou não ser... Eis a questão. O mundo é um palco, e todos os homens e todas as mulheres são apenas atores. Em certos momentos, os homens são donos dos seus próprios destinos. Somos feitos da mesma matéria que nossos sonhos. Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia. Tudo aquilo não passou de um sonho, um sonho de uma noite de verão. Há algo de podre no reino da Dinamarca. É uma infelicidade da época, que os doidos guiem os cegos. O mundo está desarticulado!

Inserida por samuelfortes

Um poema apaixonado, fez de seus versos soneto. Sonhava encantar com rimados a poesia charmosa que ele aprendera a amar.⁠

Inserida por magicamistura

⁠Já dizia Vinícius de Moraes em seu soneto: "que não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure", e eu acrescento ao final, pensando em você, com as palavras "e que dure para sempre", porque honestamente, quero uma vida inteira ao seu lado e que a mesma, dure para sempre...

Inserida por Mandz

⁠O soneto é a essência do poeta, mas a prosa é todo o resto: corpo, alma e coração.

Inserida por ednafrigato

⁠Contemplando a primavera me encontro em um soneto de flores.

Inserida por SandraSchmittel

Um soneto, uma frase, uma música...são coisas simples de dizer, de escrever, de cantar...já sentimento não se explica, sente-se !

Inserida por LeoniaTeixeira

Quando perceberes que és um poema, um soneto, e souberes que és música; Achegue-se a quem te saiba declamar e cantar

Inserida por keyladebora

PAIXÕES

Amores, latejo em ti, nas saudades, por onde
Estive! e sou estórias, e rasto, e madrugadas
E, em recordações, o meu coração responde
Num clamor tal ao vendaval e folhas levadas

Daqui do cerrado, e teus cipós, e tua fronde
Gorjeiam as melodias, e desenham estradas
Na memória, onde, além, o passado esconde
Da pressa, e as doces perfumadas alvoradas

Recordo, choro em pranto, eram dias felizes
No prazer, tal uma flor, de ti, pimpo e exulto
E eu, suspirando, poeto loas com cicatrizes

Tu golpeada e finda, - e eu fremirei sepulto:
E o meu silêncio cravado, em vão, tal raízes
Se estorcerão em dor, penando sem indulto.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Através da vidraça os olhos já não alcançam
o horizonte em detalhes acinzentados,
descortina-se lá fora a visão da liberdade,
embora ali dentro existam braços acorrentados

Sobre a mesa simples a louça especial,
ornando com a toalha de renda branca e linda,
tingida por pétalas de flores caídas,
apenas lembranças, outra tarde quase finda...

O corpo transpirou e quase dormente
deixou agitar o coração em desarmonia,
n'alma os sonhos, aos poucos, sucumbiram...

Percebeu grande vazio, tão de repente !
flutuando nesse escuro vácuo de agonia,
ao amor que se ausentou, lágrimas surgiram...

Aos encantos vindos de ti me apego
Embebido à sombra de teu carinho
Certo de não mais estar sozinho
E se for preciso do mundo abnego

De súbito na vida me acho cego
Ao ver surgir a ti novo caminho
Restando-me a tristeza que carrego
Assim o jasmim se exibe espinho

É o destino agindo fora de hora
Um alerta agudo no peito que arde
E de repente te vejo ir embora

Dar valor ao que se tem é pura arte
Ante o adeus que surge cedo ou tarde
Porque na vida toda pessoa parte

A TERCEIRA LÁGRIMA

Se o homem destemido jamais chora
Eu digo que até Deus pode chorar
Pois já que tudo pode, a qualquer hora
Pode também, sentido, lacrimar.

Pois vi, num rosto, a fome da criança
Carente, solitária, numa praça
Todo amargor, toda desesperança
Daquela vida só, fria, sem jaça.

Seus olhos eram vozes a implorar
Era um espelho, a angústia em seu olhar
A refletir, dolente, os olhos meus.

Sem entender o senso do destino
Vi merejar nos olhos do menino
Plácida e triste a lágrima de Deus!

Oldney Lopes©

TOLICES

"Todas as cartas de amor são ridículas"
Pessoa bem o disse, com razão
Uma fala de amor é uma gotícula
No mar revolto e turvo da paixão

Pior quando há palavras de ironia
Camuflando os agrores do ciúme
Instigando o torpor de uma agonia
Que surge, imotivada, num queixume

Prefiro então ridículas tolices
Declarações, ainda que mesmices,
Palavras ternas de doce sabor

Então desejo pois de minha amada:
Se para me dizer não tem mais nada
Diga-me ao menos tolices de amor!

ELA

Ela me afoga, ela me traz à tona
Ela me me mata e traz de volta a vida
Ela me acolhe e cuida e me abandona
Prende, encurrala e mostra-me a saída

É ela quem acende a luz nas noites
E apaga a escuridão no amanhecer
E acaricia-me com seus açoites
E me maltrata com seu bem-querer

É ela a minha musa mais dileta
Ela é meu rio: curso, leito e borda
É ela o meu trajeto, a curva, a reta

Que guia-me nos sonhos e me acorda
Que quando estou vazio me completa
E que quando estou pleno me transborda!

Oldney Lopes©

INDIZÍVEL

Pobre incapaz, nosso vocabulário
Que tenta definir o que é o amor
Jamais o encontrará no dicionário
Quem nunca houver provado o seu sabor

Amor nunca se explica com palavras
É mais do que a maçã, mais que a serpente
Amor é amo e faz de almas escravas
Amor é servo e serve a quem o sente

Amor é assim: princípio, meio e fim
Raiz e solo, orvalho e flor, jardim
É dupla eternidade em todo agora

Vida de dois em um, da carne ao pó
Dois corações pulsando como um só
Uma só alma, que em dois corpos mora!

Oldney Lopes©

FUGAZ

Amor de sonho e vida e de esperança
Que por ventura e gáudio logrei tê-lo
Foi sonho e vida que curtí com zelo
Com esperança firme e confiança

Mas triste é amor que morre em tenra idade
Que é de um sonho, quando cessa o lume?
Que é da vida, evolado o perfume?
E da esperança, cessada a vontade?

Percebo deste amor o esvoaçar
Enevoar, perder-se na distância,
E dissipar-se em prantos eternais

É sonho - esvaído ao despertar
É vida - envelhecida já na infância
Esperança - chamada nunca mais!

Oldney Lopes©