Soneto 18
SONETO AO DIA DA MULHER
Ela é esse alguém que se faz linda
É fortaleza rígida, não à toa
É quem à vida com sorriso brinda
Ora sensível, chora e se magoa
É fonte de ternura que não finda
Mas se precisar luta como leoa
Ela tem coração de menina ainda
É flor e espinho numa mescla boa
Ela encara seus medos sem receio
hoje, ontem, amanhã ou tempo qualquer
Então duvidar dela é errar feio
E ela pode ser sim o que quiser
Porque para romper rótulos veio
Este lindo anjo em forma de mulher
Soneto de Amar-te!
Amo-te, não como o céu ama as estrelas ou como o sol ama a lua. Mas, amo-te, como um eterno apaixonado que ama a sua amada;
Amo-te, não como um rio que sumiu no oceano. Mas, amo-te, como um rio que se adentrou nas profundezas do amor;
Amo-te, não como um viajante. Mas, como um passarinho que de tanto amar, jurou amor;
Amo-te dentro de uma imensidão de infinitas cores que se misturou e produziram o teu aroma e sabor.
Soneto do amor distante
Ouça com atenção
O que meu coração diz:
A minha maior saudade
é a do último dia em que eu fui Feliz...
Nunca mais falei de amor
Sem do teu nome lembrar
Você me ensinou do amor
O que ninguém vai ensinar
A melodia do nosso sentimento
Nem mesmo a morte
pode calar
De toda a falta que eu sinto
Em nosso amor infinito
A maior falta... É o teu olhar
...
Soneto da Saudade
Quando amamos e vivemos
Com costumes e moral
E na vida aprendemos
O que não pode ser normal
Pais e filhos são eternos
E o desprezo não perdura
Esses laços são fraternos
Ser sensato é ter cordura
Não sou apenas biológico
Sou de trato e emoção
Pai presente, etimológico
Lágrimas surgem e solidão
Podem tirar minha razão
Não me fará falta alguma
Mas me deixe o coração
O meu eixo desapruma
Meu sentimento é verdade
Que me dói até a alma
Meu soneto da saudade
Tenho força, tenho calma
Tenho filha, tenho filho
Meus anseios no papel
Um cordeiro, um novilho
Eu, Manú e Raphael
Soneto da descoberta
Descobrir é brincar de se esconder
Para espiar vendo as coisas de longe
De repente surgir não se sabe de onde
Trovejar feito nuvem para chover,
Sem pressa os momentos desnudar
Ao pé da letra, como criança sem jeito,
Não parar diante de seu maior feito
Revirar-se feito terra para plantar,
A espreita nas entrelinhas se ajeitar.
Ler ao contrario, mudar seu olhar,
Enxergar feito criança de ponta cabeça
Espernear até a resposta encontrar
Pelo avesso se necessário virar
Crescer feito raiz para se sustentar
SONETO DE FLORESCRITURA
De flor em pétala florear
Pintando o mundo na cor de jardim
Semente que floresce semear
Todo amor que florir em mim
De flores a desabrochar
Florindo o pensamento
Tudo é florescimento
E beleza pra quem achar
De floração adubo do peito
Brotando botão na flora
É raiz que fulora
No coração do sujeito
Soneto:
Amor-perfeito é uma flor
Amor quase perfeito
Carrega dupla afeição
Um parece que voa
Outro tem os pés no chão
Ambos se sentem seguros
Os afetos que trazem no peito
Transformam cada ocasião
No momento mais perfeito
Uma dupla sincronia
Um ama a noite
Outro a luz do dia
Um amor quase perfeito
Mesmo sem razão
Um é poesia o outro a emoção
Soneto autoria #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 20/12/2019 às 19:40 horas
Manter créditos da autoria original #Andrea_Domingues
Soneto:
Calma - alma
Tão bom viver dia a dia
A vida assim jamais para
Viver todos os momentos
Como pássaros na alvorada
Ora se ganha ou perde
Igual outono e inverno
Velhas folhas se vão
Para dar chance ao recomeço
O vento sopra contra o tempo
Nem sempre se vive de flores
Às vezes aparecem tormento
Passando a luta, chega a glória
O sol sempre volta a aquecer
Aquele que continua a trajetória
Autoria #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos reservados 13/04/2020 às 19:00 horas
Manter créditos de autoria original _Andrea_Domingues
Soneto do renascimento
Um instante, um olhar
Vi a lua tentando me banhar
A cortina de fumaça sobre céu
Mesmo assim conseguiu me alcançar
A lua, o silêncio e eu
Por detrás o mundo se perdeu
Era minh'alma se libertando
De todo deserto me soltei
Vi o sol acordar
Num instante, me olhei
Oh, finalmente voltei a sonhar
A maré baixou, eu levantei
Minh'alma se banhou
O mundo aquietou, fui eu que mudei
Autoria: #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 07/07/2020 às 16:40 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Querido Soneto…
Num sonho, na rua, qualquer lugar
Eu já não sei parar ou esquecer
Outono, lavandas, eu, acordar
A chuva, o fogo, me aquecer
De dia, de noite, se beijarão
Desejos e sonhos dentro de mim
Saudade, no peito, há explosão
As minhas vontades já não tem fim
Perfume, palavras, a encantar
Poetas escrevem o meu querer
Tudo que eu sinto, eu vim cantar
E pra começar, pra te envolver
vim declarar, só penso em você
É tão fascinante te conhecer
Soneto Dissimulado
É. Eu passei a esquecer tudo
De uns dias pra cá não sei porquê
Das horas, relógio, do mundo
Qual a razão? Alguém venha dizer
Mas confesso que posso imaginar
Vai ver é por causa de um sonho
Vai ver é por causa de um olhar
Talvez seja a Lua, suponho
Tão tão além do que imagina
Brilha tornando o céu todo seu
É, quando sai detrás da cortina
Esqueço também até quem sou eu
É que o eu vira nós com ela
Tão incrível é pra mim…tão bela
Soneto de Nenhuma Dor
Nenhuma dor dói mais que dor nenhuma,
Nenhuma palavra pode até ser um soneto,
Nenhum sorriso não quer dizer tristeza,
Nenhuma verdade torna o silêncio obsoleto.
Nenhuma dor me traz a solidão,
Nenhuma ausência me faz sentir sozinho,
Tanta paixão me deu nenhum amor,
A solitude amplia meu caminho.
Nenhum ocaso me faz pensar que é tarde,
Nenhuma verdade me faz refém do medo,
Nenhum perdão me ameniza a mágoa.
Nenhuma lembrança é a dor que ainda arde,
Nenhuma saudade tem o gosto azedo,
Nenhuma agrura me arranha a alma.
Soneto da Carta não entregue
Está tão cedo... Vieste desesperada,
e ainda é madrugada em meu perdido coração.
E vistes: erra até sua pulsação
quando você chega, sem avisar — calada.
És pura como lã recém-nascida, como avelã doce.
Não tornes vilã de um sonho só meu,
mas sê a mesma — mesma onda que nasceu
de um mar inteiro, em alma sentimentalista.
E vide, lenta, como fiz ao ver tua presença.
Sê atenta, com canções turvas de saliento,
e reina em meu nome... se for pra mudar, que mude.
E se esqueças, que seja de forma miúda,
das canções de época — que nem o tempo amiúde,
mas nunca do amor, que em nós ainda se iluda.
Soneto de um solitário
Permanece como réu, imoto
a respiração sem equação
em silêncio o ego e emoção
como em oração fiel devoto
O lamento que acolhido na mão
chora suor do quesito remoto
a lágrima se imerge num arroto
dos soluços surdos do coração
Como centro de tudo, a solidão
que desorienta e se faz ignoto
o olhar, largado na escuridão
Seja breve e renovado broto
que renasça após a oblação
o abraço que se fez semoto
(traga convívio pro ermitão)
Luciano Spagnol
AMIGOS (soneto)
Onde estarão os amigos na amizade
Aqueles que trilharam ao nosso lado
Na diversidade, no momento calado
Ou aquele aliviado pela boa vontade
Por onde andarão, tivemos um passado
Insólitos prazeres, manhas e civilidade
Os perdoados e os ainda na rivalidade
Apontados na memória com bom grado
Tem também os de nossa intimidade
Tão queridos e pelo coração amado
Sempre relembrados com felicidade
Todos no meu poetar com significado
Com muita e deveras grande saudade
Aqui vai o meu sincero, muito obrigado!
Luciano Spagnol
Agosto, 2016
Cerrado goiano
SONETO EM DESPEDIDA
Até logo! Aqui ficam férteis momentos
do meu viver. Na lágrima levo a aurora
na bagagem o mundo, vou-me embora
o abrigo que cá havia, agora lamentos
Na memória a saudade em penhora
se foi inglória, porque tive detrimentos
e é nas perdas que tem ensinamentos
e vitórias na vida, basta, é hora agora
Nesta mais uma passagem, portentos
vim com amor, e vou com amor afora
tento no coração bons sacramento
Sigo, para trás fica o tempo outrora
o céu claro são alvos adiantamentos
Goiás, despeço-me, a gratidão chora
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
SONETO "MEA CULPA"
Você que sempre foi especial, errei
Então, no meu erro, desculpa peço
É difícil perdoar! Sei! Árduo regresso
Eu confesso: -com remorso fiquei!
E nesta "mea culpa", algo lhe direi
Se o coração escuta, é progresso
Não é fácil arrepender sem acesso
Tão pouco indulto de quem o fazei
Então, com um afeto lhano modesto
No nada é impossível, o meu gesto
De contrição... Na minha incorreção
Nem tudo na vida nos é tão funesto
Pra que seja no amigo ato molesto
E neste soneto de amor: -Perdão!
Luciano Spagnol
27, agosto de 2016
Cerrado goiano
SONETO DUM PISCIANO
Sou peixes, das águas da emoção
dum olhar profundo, sou cardume
que bóia na nascente do coração
das irrigas condoídas, e de nume
Ter zelo e dedicação, sua missão
doar-se num dos lados do gume
alma encharcada de expressão
gota a gota, afeto com perfume
Banha o outro nas tuas chagas
içando doçura nas tuas austagas
peixes, místico servidor do amor
Neste mar, e com suas dragas
devora a tirania, e as pragas...
Do zodíaco, eterno sonhador!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
JUBILA CANÇÃO (soneto)
Bendito sejas o amor, ao coração meu
Que desnudou o breu da minha solidão
Em luz, das andas minhas na escuridão
Quando a sombra, me era o apogeu
Bendito amor, que me estendeu a mão
Como quem no amor oferta o amor teu
Sem distinção, pois, dele dor já sofreu
E então sabe aonde os vis passos dão
Bendito sejas, que no prazer plebeu
Trouxe amor à vida e, boa comunhão
Ao pobre pecante, dum âmago ateu
E então, neste renascer com gratidão
Que no peito uivou e angústias moeu
Do solitário pranto, fez jubila canção.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro, 2017
Cerrado goiano
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