Somos Passaros de uma Asamario Quintana
Vi um pássaro,
Trazia no bico uma rosa
Tinha nas asas mel e cor,
Disse-me que trazia um recado
Um recadinho de amor.
Nas letras tinha vinho
Sabor,
Teu nome guardava
Ouvi cantos, poesias...
Falava poemas, declamava
Tinha tua cara, teu cheiro.
Me olhava, me cantava
Com jeitinho e calor.
Porque existe uma rosa em cada estrela
Porque tem um som em cada mar,
Porque rolam sentimentos em cada lágrima
Porque sobram palavras em cada olhar !
Não sou fera, só ferida !
Não sou fatal, só criança.
Me visto de segredos, sagrados...
Me desnudo em sonhos, sonhados.
Porque canto a vida, que não vivo
Porque falo do que vivo a sonhar !
Porque sou menina inocente, donzela...
Porque sou aprendiz na arte de amar.
Entre um olhar e outro o desejo passa, entre uma saudade e outra fica a lembrança: lembrança de um momento, lembrança de uma voz, lembrança de um sonho !
Há um rosto que me segue
Há um olhar que me vigia
Há uma voz que me canta
Há um canto que me judia
Há um beijo sem toque
Há um silêncio, arrepia !
São vontades caladas
São palavras guardadas
Ocultas,
Sem reciprocas, sem respostas...
Uma música: saudade que bate, fere...noites de abandono. Vazio, solidão ! Resta-me luzes de sonhos que acorrentam meus devaneios.
Há uma voz em letras, palavras caladas, tocadas...olhares disfarçados, guardados... loucas vontades marcadas, abafadas...amor perdido, cantadas guardadas !
Sim, quem sabe !
Quem sabe um dia, em uma esquina...
Em algum lugar do talvez, pode ser;
Nos toquemos, nos cruzemos.
Quem sabe em um campo, em uma casa
Em ruas e cantos.
Talvez o amor nos encontre em rios,
tardes e mar.
Quem sabe, tudo aconteça ou nada:
Nada nos separe, nada nos impeça...
De amar !
Uma flor, um cheiro...
Um olhar, festa !
Danço em cantos, flutuo.
Me entrego em sonhos, me dou.
Faço versos, serenatas...
Canto poemas de amor.
Não dá pra continuar de bobeira caçando uns olhos que não são meus, buscando uma boca...uma voz ! É virar pelo avesso essa história, guardar no livro do tempo e continuar sem olhar pra trás.
Não se pode viver só de ilusões, esperando quem não saiu da praia, quem não atravessou a rua. Daqui pra frente é sorrir diferente, dançar novas canções...chega de recordações brega, sertanejas. Mudando o disco a rota: " ...foi fulminante, sou provocante, rolou blecaute..." nem só de sonhos se vive!
Agora é sair na zoeira, dançar batuque...cair na gandaia.
Imploro teus olhos, caço: peço bis, tris...quero tudo mais uma vez. Sentir o mesmo frio, arrepios...tomar doses de desejos, comer do mesmo prato. Quero teu riso, teu rosto, tua voz...recomeçar, continuar, seguir... meus planos: reviver, reinventar, reescrever, viver tudo de novo !
Cada letra é uma válvula de escape, uma porta de saída. É juntando as sílabas que viro o jogo, é falando em versos que te canto !
Há dias que bate uma saudade tão doida, doída....que fere o peito, rasga a alma. Dor que bate sem dó, machuca...coração chora ! Pior é a certeza de não poder fazer nada, não depende de mim: é você a causa dessa dor, é você o remédio, a cura. Chorei, implorei, mendiguei...me despi diante dos teus olhos, me joguei de ponta nos teus braços ! Nada, nenhuma promessa, nenhuma resposta.
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