Somos aquilo que fazemos quando Ninguem nos Ve
Acha que eu não ouço só porque não posso falar? Acha que não tenho emoções?
Uma fraqueza é uma ferida fácil de infectar. Quando tocada, a gente se retrai, treme e a protege em desespero. Isso é uma fraqueza.
"— Por que, Jacob, acontece tanta tragédia, sofrimento e flagelos na humanidade?
— Porque a humanidade está invertendo os valores, Jacira: trocando os valores reais de amor, verdade e fraternidade mútua pelos comportamentos desastrosos da frivolidade e da ambição. Esqueceram-se do que realmente possui valor e entregam-se à corrida desenfreada do poder, do adquirir para satisfazer desejos inúteis, que nada acrescentam na evolução espiritual; ao contrário, impedem a caminhada evolutiva do ser à procura da perfeição, jogando-o no caos espiritual. E o que se vê são jovens descrentes que se atiram nos comportamentos cruéis para eles próprios e para o próximo; perdem a juventude, a oportunidade de construir um futuro promissor e a própria vida, desesperando-se e levando lágrimas aos olhos dos pais. A humanidade está precisando de homens que falem de Deus, do bem e do amor ao próximo, e não de pregadores de palavras vazias onde o amor de Deus não se faz presente."
Viver cada instante alegre intensamente, porque não sabemos o que sucede adiante. Certo que haverá tristeza a enfrentar, nem sempre teremos flores para apreciar.
Se ficarmos em silêncio, notícias falsas e alarmistas e transmissões pessoais duvidosas tomarão espaço.
“Os dois vivem sem conseguir se abrir um com o outro. Será que seria diferente se eles fossem mais sinceros e abrissem o coração?”
Nós, somos a forma que agimos quando ninguém vê.
Nós, somos aquele pensamento secreto.
Nós, somos aquilo que desejamos ao outro.
Nós, somos fruto da nossa própria imaginação.
Nós, somos tudo o que espalhamos ao longo da vida, e não todas as quinquilharias juntamos.
O QUE A GENTE FAZ COM A DOR
Feridos, todos nós somos. Já fomos duramente golpeados quando estávamos mais felizes e distraídos. Já experimentamos a dor de ver a nossa confiança mais pura e amorosa ser machucada. Já sofremos perdas que devastaram temporadas de jardins. Já fomos atingidos pela fúria de tempestades repentinas que alagaram as ruas todas do nosso rosto. Já nos sentimos sozinhos nas
trilhas da mata cerrada da alma, em longas noites escuras, expostos aos perigos reais e imaginários, nenhum vestígio de sol.
Nunca conheci uma única pessoa que não traga no coração uma dor em carne viva, um pranto que ainda escoa em silêncio ou uma cicatriz para sempre falante. O que varia é a maneira que cada um de nós escolhe para lidar com isso a cada instante que o tempo desembrulha. Um jeito é, ainda assim, investir na vida; outro, é investir na morte. Um jeito é, por causa de tudo, alimentar mais o medo; outro, é, apesar de tudo, alimentar mais o amor. Nenhum deles é fácil, mas a paisagem de cada caminho é diferente.
(Extraído do livro "Cheiro de flor quando ri", Ana Jácomo)
Ninguém te sacudiu pelos ombros quando ainda era tempo. Agora, a argila de que és feitos já secou e endureceu e nada mais poderá despertar em ti o místico adormecido ou o poeta ou o astrônomo que talvez te habitassem.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. (…) As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração.E o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. (…) Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
Nota: Adaptação de trechos de Link
A coisa realmente mais complicada de entender no ser humano é o valor. Pois ninguém dá quando tem, mas todos querem valorizar quando já está tudo perdido.
Do resto ninguém precisava saber. Quando falo de resto refiro-me ao que deu errado, ficou para trás, decepcionou, machucou… Falo das portas fechadas na cara, das pisadas no peito, tiradas maldosas de ar, ilusões da vida para nos dar uma rasteira. Falo daquilo que ninguém quer, mas que a gente faz o de sempre: passa por cima - ou finge que passa. E saí pela rua com a cara deslavada de quem é feliz. Ninguém, ninguém mesmo precisa saber do nosso esforço para tentar ser qualquer coisa além do que não deu certo.
