Som
DOCE PRESENÇA
Deixei o som me tocar
Despi-me das tantas perguntas,
Indagações que aprisionam
E vi
Tantas e tantas personas caírem
E ao som de cada uma delas
Um novo encontro...
E assim,
Ri de mim, doce criança na ciranda da vida
Das inúmeras certezas,
Planos ou sonhos meramente humanos
Afins e Efêmeros.
E o som adentrando cada espaço humano,
Ao meu entorno e no meu ser espiritual,
Deitei-me sobre os lençóis das melodias.
Que me afinavam,
Que me embalavam
Que me harmonizavam,
Suavidade, encantamento.
E dancei, dancei, respirei, respirei...
Respirei até alcançar,
Meu ponto máximo de alegria e silencio,
Para assim, aqui e agora,
Receber o que é meu.
Na Luz e amor que me presenteia,
Meu ser espiritual,
Da minha essência eterna e bendita,
Que transborda e me alimenta.
Nesse instante luz- clareza,
Permito-me e aceito,
Serena e alegremente,
Toda essa Entrega
E perene Recebimento!
Toda voz do amor, fala além do som. Todo sentimento que o amor retém, libera inspiração. E o que seria da poesia, se não existisse o toque fulgente das paixões? E dos poetas, o que seria deles, quando as portas da razão vigiasse a escrita vazia das certezas? Amar é flutuar nas asas dos sonhos! E é lá que eu sempre em ti irei pousar.
Ser Poeta É Ter O Dom...
Ser Poeta É Ver O Som...
Ser Poeta É Crer Sem Ver...
Ser Poeta É Ter Pra Ser...
Se eu calcular a velocidade
da frequência que meus sentidos
emitem, por minuto, ao te ver.
O numeral seria aproximado
à multiplicação 340,29 m/s por 343,00 m/s.
Em equilíbrio e no vácuo.
A Canalização dessa Energia
Equalizaria o (((Eu Te Amo))).
A música da minha vida é, ora em tom maior, ora em tom menor. É a construção da harmonia em meio aos ruídos.
A faca perfura, transpassa a carne
como um espelho refletindo
o interior do corpo
O avesso das palavras
e a contramão das decisões
fez em mim o desespero, seu habitat
Os erros do passado
e as lembranças do cárcere
transitavam em minha mente
sem remorso aparente
tento disfarçar a lágrima
que insiste em cair
Ajoelho no chão em prece
tendo ao meu lado seu corpo amado
Cai a faca emitindo um som
inesquecível, frio, agudo e breve
Abreviei uma vida !
grito de desespero e de remorso,
e o seu gemido de dor
para sempre ficará gravado
Óptica, luz e corda
Pupila, retina e córnea
Feixes de luz na ótica
Entrelaces em cores e formas
Contempla, transforma o olhar
Como cabos trançados, a corda
Guia, salva, ancora
Amarra, confunde, enrola
Nós, que atam e desatam
Nós, cegos, bem feitos na náutica
Nós, primórdios da matemática
Memória de nós, contadas no Ábaco
Sábia de cór, de cor, decorado
Das 7 cores primárias
Arco íris, paisagens em quadros
Coração, de cor e coragem
Em cordas, aquarelas e telas
Mas belas, só elas, não fazem coro
Da dó, só, lá, sem cor, sem cordas
Não há tom, som, sem hora, acordes
Partitura só, de notas fá, lá, si, cala
Dicionário em si, lá, denota
O centro da corda em ré, significado
Visto, ouvido ou lembrado
Em verdadeira harmonia da o tom
Profundo sentimento, se toca
Inesquecível, a cor do coral
Descoberto acorde ideal
E da cor seu significado real
Qual vai ser o tom da nossa música?
Si, Lá?
Dó ?
Ou Ré?
Não sei cantar, só sei rimar, a nossa história de vida um pouco sem fé.
Amor nem sempre se dá.
Amor nem sempre vale a pena cultivar.
Qual vai ser o tom da nossa música?
Si, Lá?
Dó ?
Ou Ré?
Tentei cantar pra te encontrar.
Nossa música não tem tom só alguém desafinado fazendo um som.
O som do silêncio
Do coração
Fala mais alto,
As palavras ferem a
Alma em
Constante e contínua
Evolução.
Geilda Souza de Carvalho
Quem sabe,
Se a clave de sol
Nasce ou se põe
no horizonte pentatonico?
Lembre se que aquele som harmônico,
e executado por tantos,
foi sonhado só.
"São as vozes acompanhadas de acordes distorcidos que me trazem a tranquilidade que esse mundo caótico me tira, é nessa hora que consigo sentir o frio em meio ao inferno."
As músicas que gostávamos tocaram na rádio
Na primeira noite em que fizemos amor.
E eu te dizia enquanto nos beijávamos: eu amo essa musica.
Desacreditados que o universo já compunha a trilha sonora da nossa união.
E depois você me levou pra sua casa e pegou aquele seu velho violão
Todo rabiscado, passado de geração a geração.
E você tocou com entusiasmo, as músicas do nosso passado em comum.
Ali descobri que tínhamos a mesma afinidade, as mesmas nostalgias
As mentes parecidas
E os corpos ali apenas para consumar
O que a alma já sentia.
E a trilha sonora dos nossos dias
É a minha playlist preferida
Depois do som da sua voz.
Voz que eu já não ouço, que não faz mais parte do meu dia.
Mas ninguém pode me roubar a trilha
Que compôs a história do nosso amor.
Essa eu ouço todo dia, sonhando que um dia
Seja de novo o som da tua voz.
A poesia cria o ambiente que permite usar as palavras para compor o som, ou apenas perturbar o silêncio, onde um menino pode aprender a usar as palavras e com elas fazer arte; pode criar chuva; pôr do sol; arco íris; e até fazer um caminho de estrelas; fazer as borboletas surgirem do teto, ou até pedra dar flor, porque na poesia o menino pode até ser poeta!
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