Som
Uma noite de luar com o som do marulhar;
um aperto de mão que não é preciso falar;
o frio na barriga que faz arrepiar;
um bom vinho e alguém para amar.
Roço a língua pelo ar para capturar o gosto do som que adentra meus ouvidos. Sei que é um perigo misturar os sentidos, mas sempre arrisco um pouco mais. Vale a pena e a tentativa. Sou atravessada por histórias que nunca ouvi e, apesar da contra-intuição, são meus poros e não meus olhos quem mais absorvem o que vejo. Sou feita de remendos alheios e nem conheço os nomes das personagens principais, porque, se existe algo do qual não posso me gabar, é da minha memória. Até tento, mas já descobri que tentar não é suficiente. Sou apanhada por refratários retoques das lembranças que permeiam meu cérebro. Cérebro não me parece uma palavra poética, todavia sempre me questiono se o que escrevo pode mesmo ser chamado de poesia. Não basta rima e nem sempre ela é imprescindível. Conheço gente que faz da vida uma poesia e poesia que se presta a ser gente. Fico fascinada com estas outras dimensões de nós. Somos, ao mesmo tempo, tão bonitos e tão feios, tão belos e tão asquerosos. Sinto tudo isso no paladar. De vez em quando, é mel; de vez em outra, é fel; às vezes, é sangue atravessando a garganta, cortante, dilacerando todos os sonhos, ceifando pupilas brilhantes, escorrendo mares por outras faces. Não sei, mas algo que começou com tantos sentidos, agora parece não fazer sentido algum. Eu sinto e explico, mas temo que ninguém me entenda, a não ser quem também seja assombrado por estes pensamentos à noite, um pouco antes de dormir. Sempre, sempre, sempre…
Já vi várias vezes passarinhos entrando e saindo pela caixa de som de uma congregação, enquanto que alguns infiéis entram e saem da presença do Senhor, fazendo ninhos com os demônios.
Tenho medo da minha mente, tenho medo do som que ela faz sempre que estou quieta.
O pior pesadelo de uma pessoa agitada é sua mente, vazia e barulhenta...
Agradeço ao Senhor pelo som da Sétima Trombeta, porque pela fé eu serei levantado dos mortos pelo poder da Sua ressurreição.
Aspiramos ao som dos grandes clássicos musicais os melhores momentos da vida como o de sentir a alegria do bem-estar.
Propaganda mal feita e dinheiro jogado fora é aquela que perturba os ouvintes com som alto, fala rápida e rasteira, deixando o consumidor perturbado.
Reconhecer o som de um instrumento é talento; mas, reconhecer o dom de línguas é pelo Espírito Santo, se estiverem distintos com seus propósitos para edificar a igreja.
Tapem os ouvidos para os veículos de som alto, porque eles acham que todos os transeuntes não dão à mínima para o seu patrimônio auditivo.
Pare para ouvir o som de uma linda música e deixe o seu coração sentir as notas da vibração de sua alma, trazendo-lhe a paz e a felicidade de que tanto precisa.
Os perturbados não conseguem ouvir baixo as músicas quaisquer e aumentam o som para incomodar os outros para mostrarem o quanto eles são felizes, trancados em seus carros.
Gosto do silêncio
De ouvir os sons da natureza
e até do costumeiro som da minha rua
Tenho uma mente inquieta
Um coração que sente demais
Um rosto expressivo
Sentimentos aparentes
Inevitável negá-los
Repetindo o toque na mesma tecla, sempre obterá o mesmo som, então trabalhe com afinco e faça diferente do habitual se quiser ter um resultado evolutivo.
Nunca encontraremos um sábio genuíno escutando música de baixa qualidade em ambientes com som alto ou assistindo a programas de TV populares, pois sabe apreciar o seu próprio tempo, já que barulho e má qualidade não são compatíveis com sabedoria!
Religião X Evangelho
Enquanto um proíbe, o outro constrange.
Na Religião há imposições, somos tratados como crianças, Não toque nisso, é proibido aquilo, Não faça tal coisa...
No Evangelho somos pessoas amadurecidas, em vez de proibidos, somos questionados o porquê e pra que tal atitude?
Não é o castigo nem a recompensa que nos motiva a ser melhor, já entendemos o significado e o porquê sermos mais humanos.
Não precisamos de regras para nos frear, na consciência Deus gravou nosso limite.
Não é o medo de um Deus Carrasco, é o amor e a gratidão a um Deus amoroso.
Na Religião, os erros dos outros são sempre piores que os nossos, e impera a ilusão de que somente os que segue. tal doutrina estão no caminho certo.
No Evangelho, não há espaço para críticas ou julgamentos, todos são confrontados por seus próprios erros e pecados, e todas as pedras ficam no chão.
Podemos estar certos sem que o outro esteja errado.
Jesus não fundou nenhuma religião, até porquê a Religião é o homem tentando se religar a Deus, enquanto o Evangelho é Deus alcançando o Homem.
Júnior Oliveira
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