Solo
Solo de piano,
manhã em brisa fria,
no coração os toques
das notas em dueto,
sintonizando a vida
numa canção que extasia
Não se deixe levar pela irá e pelo ódio, são sentimentos que envenenam nossa alma, cultive no solo de suas emoções o amor e o perdão, estes são sentimentos que nos enobrece e não permita que alguém ou alguma coisa lhe talhem as suas conquistas e se o medo ajudar a te aprisionar no cárcere da sua mente seja forte e enfrente-o pois se você vencer o medo, talvez o ódio não envenenará a sua alma, talvez o amor vai te fazer se apaixonar por alguém, e as suas conquistas serão o prêmio da sua coragem de enfrentar a vida sem medo de ser feliz.
Abençoo o solo de vossas canções em idealizações expurgando todas as maldições mesmo que a dos simples palavrões.
O Tao do Cerrado
Resistência milenar às adversidades:
solo ácido, seca, raios, fogo, enxada,
foice, ignorância, trator e correntão.
Por suas profundas raízes - quando queimado
na primeira chuva é capaz de renascer
em rubros, brilhantes, tenros brotos.
Não apresenta a exuberância da floresta tropical
porém discreto, guarda preciosos remédios
sortilégios e segredos, como ensina a vó indígena.
Considerado infrutífero pelos homens do progresso
sem importância econômica, sem valor
pelos tecnocratas importados - os mais equivocados.
Leve, profundo e misterioso como o Tao -
o caminho da vida - o universo inominado
ensina pelo seu exemplo o viver em equilíbrio:
sem desperdício, no fluxo exato, resíduo zero.
Que dizer de sua rara beleza :
vasto planisfério de luzes e estrelas
espaço em céu aberto de chapadas,
cristal das águas transparentes,
rochas de calcário e jardins de bonsai.
Na força dos seus contrastes
a um só tempo: delicado e agreste
frágil e vigoroso, bizarro e gracioso.
Não podemos permitir que a grosseria
a cegueira e ganância de homens sem raiz
possa vencer a sua obstinada vocação
às mutações, ao milagre da vida.
Delírios
By, Les Portes
Não, não, não
Como poder ser?
A amizade esfrio-se
O solo de guitarra não existe
Sinto-me cansado...
A vida afastou-se da amizade
Ninguém curti ninguém...
As retinas dos teus olhos são estradas
Que estou indo a cem por hora...
Ele e Ela sumiram
Porque a comunicação esfriou-se
E cada um busca seu esconderijo
Em cavernas diferentes
Com títulos e placas eróticos ou "sagradas"
Cultos a eros
Ou Cultos a Deus?
Ele e Ela sumiram
E todos estão sumindo em suas cavernas
Estão se escondendo...
Erotização de tudo
E amor ágape derretendo igual gelo e sol
E por isso estou em um delírio
Com coisas reais
Vendo escapes rotineiros
Fim dos tempos
Deliro delírios...
Mas seus olhos me caem bem!
O Amor é a montanha mais alta,
é incrível, de lá é possível ver tudo.
A aparência é o solo mais superficial,
é lá que as pessoas constroem o mundo.
Poema
Família,
Árvore da vida
enraizada no fértil solo
de amor do Criador.
Entrelaçada no conjugal amor, multiplica sementes que um dia desabrochadas se filiam como fruto e flor.
Da terra ao céu ascende,
em direção a luz ardente,
até um dia findar
como energia à fonte divina retornar e se eternizar.
Semeastes tuas manifestações sobre esse solo, germinastes em faces e concedeu-me os frutos, nessas expressões. Hoje, lhe reconheço, recebo, aceito e sou grata! Em mim ouço-te... nítida voz em comunhão!
No alto manancial, assim como a água brota do solo, meus sentimentos se sobressaem diante de tal imagem, mas o som da nascente se sobressai diante de minhas palavras fazendo uma mistura de som e poesia!
A chuva são lagrimas
Lagrimas de dor
Que cai no solo
Se transformando em um rio finito
Que deságua no infinito
que logo retorna ao ceus
Para mais uma vez sofre
E retornar ao chão.
No solo onde vivo e hábito, desfiz os laços, daqueles que sempre (querem) mais, e, nunca se contetavam, liberados cósmicos estão, em todos os tempos e momentos.