Solitude e Solidão
Nos Intervalos do Mundo
Nos intervalos do mundo, onde o ruído se cala,
há um canto onde a alma se despe,
e na penumbra suave da solitude,
enfim se encontra sem pressa, sem medo.
É ali que o silêncio fala mais alto,
e cada pensamento tem forma e peso.
A dor amadurece, a dúvida dança,
e o coração respira o que antes temia.
Mas nem toda jornada é feita a sós.
Às vezes, no eco de um gesto leve,
uma voz amiga, uma mão estendida,
nos lembra que não somos deserto.
Há apoio nas sombras também,
em olhares que não julgam,
em presenças que não exigem,
em abraços que dizem, oi estou aqui.
Solitude é ponte, nunca prisão.
E apoio é farol, nunca amarra.
Entre os dois, o espírito cresce
na liberdade de ser, e no milagre de ser.
Entre o Silêncio e o Vento
No fio da tarde, o tempo se dobra,
carrega lembranças no sopro do ar.
O mundo respira, mas quase não fala,
tudo que importa começa a calar.
Os passos se perdem nas sombras do chão,
mas dentro de mim, há fogo e caminho.
Mesmo na dor, renasce a esperança,
feito uma flor brotando sozinha.
O olhar se levanta, encontra o infinito,
não pelo céu, mas pelo sentir.
Pois quem já caiu, aprende o segredo:
é no silêncio que a alma decide existir.
Um Pequeno Sorriso
Há dúvidas que se instalam como neblina na mente densas, persistentes, inalcançáveis por qualquer lógica. E há tristezas que não choramos, porque se tornaram parte da respiração cotidiana.
Seguimos por instinto, como quem anda sobre um fio invisível, disfarçando o peso com gestos comuns, ocultando o abismo sob passos calculados.
É uma sobrevivência sutil: esconder as ruínas enquanto oferecemos fachadas inteiras.
Talvez seja isso o que chamam de força
não a ausência da dor, mas a habilidade de seguir mesmo quando tudo desaba por dentro… e ninguém percebe.
ECOS DO SILÊNCIO
amanhecerá
entre a penumbra de um dia e outro
o ruído do silêncio fazendo eco na madeira dos móveis
o criado-mudo tão mudo quanto antes
estático na sua velha roupagem de verniz vencido
— o tempo deixa marcas me disse, mudamente
— e eu que achava que não... sorri sardônicamente
silêncio lá fora. barulho lá dentro
o vento soprando as horas como se o tempo fosse vela
entre um silêncio e outro [o ruído do tempo]
esse barulho que não passa... virá de fora ou virá de dentro?
No meu íntimo intenso, penso que carrego comigo o espírito de um lobo solitário, que não é compreendido na sua plenitude, que passa um certo tempo adormecido, mas quando desperta, faz eu querer estar acompanhado apenas da minha amada solitude ao som causado por meus pensamentos, principalmente, aqueles bons que conversam e motivam o meu imaginário, festejam com o meu senso poético.
Talvez seja justamente esta a razão da tranquilidade que sinto à noite, da grande atenção que dedico a lua, encantadora de várias formas em todas as suas fases, que transforma marcante a mais simples ocasião, que me traz uma sensação muito cativante, singular como deve sentir um lobo que caminha tranquilamente sob a forte luz do luar sem nenhuma companhia desgastante, sem ninguém que eu possa incomodar.
Para a saúde do meu bem estar, graças a Deus, isso representa um fragmento da minha complexidade e este espírito de hábitos noturnos sente a necessidade de adormecer, o que me permite aproveitar outras companhias, deixar a solidão pelo menos descansar, poder saborear também a simplicidade e outros benefícios do dia claro, caloroso, frio, chuvoso ou nublado, uma vida não tão solitária, um sono bastante necessário.
Estamos distantes
Mesmo próximos estamos distantes. Nossas conversas outrora tão cheias de brilho e vida, hoje são vazias e singelas.
Nossas mensagens que antes duravam horas e horas, agora são simples e repetitivas como simples "bom dia" e um "dormiu bem".
Estamos distantes, há um tempo atrás podíamos dizer que nossos corações batiam na mesma sintonia, e que juntos éramos capazes de enfrentar o mundo, mas hoje já não somos assim.
Quando penso em nós, muitas vezes não vejo o nós.
Não sei ao certo se o futuro me assusta, mas sei que em muitos pontos ele me traz dúvidas.
Estamos distantes e não estou falando sobre estarmos em lugares distintos, só queria que você soubesse que estamos distantes.
Muitas das vezes, aceitamos a todos os convites possíveis para que, talvez, o ruído físico das pessoas a nosso redor seja capaz de abafar o ruído abstrato da nossa mente, que pode ser estridente, potente e intimidador. Estar imerso na solitude pode ser desafiador: lidamos com nossas tristezas, medos e angústias. Isso pode, no entanto, ser divino: nos ajuda a invocar nossa criatividade, nosso autoentendimento e a compreensão do nosso lugar no mundo, perante as outras pessoas.
Que não tenhamos receio em fazer esse exercício importante para a manutenção do nosso olhar sóbrio em relação ao caminho que percorremos na vida.
A pressa em que a sociedade caminha
é a mesma pressa em que o predador encontra a sua presa.
A velocidade em que a sociedade caminha
é veloz como a mordida do predador.
É forte, é voraz,
é mortal.
Ninguém enxerga,
ninguém quer ver
mas a morte está
vindo contra você.
Você será consumido por ela
da mesma forma em que a
presa é consumida pelo
predador.
Normal,
natural,
e ninguém vai perceber.
Me sinto só,
geralmente isso é bom,
é bom.
Me sinto livre,
geralmente isso é bom,
é bom.
Me sinto amado,
geralmente isso é bom,
é bom.
Me sinto solitário,
geralmente isso é bom,
é bom.
Me sinto completo,
geralmente isso é bom,
é bom.
Me sinto vivo,
geralmente isso é bom,
geralmente.
Hoje não escrevo sobre nada,
nem amor,
nem paixão, muito menos
mulheres.
Ainda que não escrevo hoje,
escrevi ontem
e provavelmente escreverei,
amanhã.
Se ele chegar.
Sempre chega,
de algum modo ou de outro
ele virá.
Talvez não pra mim,
mas pra você
que estás a ler,
meu poema de hoje.
Tenho me amado profundamente, sorrido das minhas próprias bobagens, me acolhido, aceitado a lentidão de um processo longo de cura, mas confesso que não é em tudo que isso pode ser possível. Sinto falta de um afago, de uma troca de olhares, dos beijos e das carícias que tenho evitado. Eu não consigo me permitir viver algo raso com quem quer que seja. Tenho medo das consequências e do enorme vazio que isso me causará. Quem sabe um dia eu encontre o amor que nunca tive, alguém que me respeite e não queira nunca me perder e se esforce para isso. Estou cansada de amar sozinha a vida toda, implorar para que fiquem, eu nunca mais farei isso. Quem sabe um dia eu encontre esse amor recíproco que eu sei que mereço. Eu não tenho escolha, apenas aceitar que não tenho os abraços, afagos, carícias, beijos e companhia de uma pessoa que eu ame e que me ame também.
Dói saber.
Olhando para trás, dói saber quanto tempo da minha vida perdi esquecendo de sorrir porque estava muito ocupado fazendo os outros felizes.
Quantos sonhos não realizados, quantos projetos inacabados, porque estava muito ocupado realizando sonhos e projetos de outras pessoas.
Dói.
Dói saber que o tempo passou e a pessoa a quem você jurou seu amor, hojenão diz nem a primeira letra.
Dói.
Dói saber que meus cabelos ficaram brancos, meus olhos estão enrugados e não sou tão forte quanto antes.
Me dói saber que o tempo passou e que você se foi, deixando-me nesta solitude chamada desamor.
Com os anos fiz alguns amigos, mas um em especial deve ser notado. Ele é bem quieto, as vezes teu jeito me incomoda. As vezes é tudo o que eu preciso. O silencio me acompanhava, como se tudo que eu tivesse fosse ele. Mas me senti insatisfeito, ele era muito intenso ocasionalmente. Escolhi deixá-lo. Hoje sinto sua falta, gostaria de vê-lo, hoje quero apenas a sua presença, sua amizade me basta.
Se for para me machucar, por favor não venha. A vida já me foi tão cruel que prefiro me abster do amor a arriscar minha felicidade em solitude.
"Toda vez que eu vejo a sua face, eu fico tentando encontrar ao menos um único centímetro de defeito, mas eu sempre acabo me perdendo na infinidade da sua perfeição.
Até hoje, tudo o que me causas, não tem noção.
Eu sou seu curador, curo tristeza, ausências, até mesmo, depressão.
Às vezes, eu queria ter até três, mas às vezes, me dá vontade de não ter coração.
Companhia é boa, ótimo é solitude, melhor? A solidão.
Eu tento lhe revestir, com o manto do perdão.
Mas só me existe o ódio, rancor, perdição.
Sua face, meu amor, cada centímetro do seu corpo, eu sei, é perfeição.
Eu tento, rogo, imploro, por um único beijo, um momento contigo, mas tudo é em vão.
Entre viver uma vida vazia, meu amor, eu prefiro viver, cada centímetro, da sua perfeição..."
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