Sol e Chuva
SOL E CHUVA
No horizonte, o sol se ergue,
seus raios dançam sobre a terra,
a vida desperta, cores se intensificam.
Mas a chuva, em sua sabedoria,
desce suave, alimenta as raízes,
traz frescor, renova o ar.
Doce contraste entre luz e sombra,
um abraço de opostos,
onde a vida se equilibra,
e a esperança floresce em cada gota.
“O amor e a comunhão são como o sol e a chuva, para a semente da vida humana, trazendo transformações profundas que florescem em crescimento e evolução contínua.”
FÉ
Podia fazer chuva ou sol, ele não faltava um dia na igreja. Tinha fé de um dia encontrar Deus. Uma noite olhou o céu e se descobriu nele. Nunca mais foi no templo.
Faça sol, faça chuva, tá sempre bem cheirosa. Adora pagode, adora noitada, tá sempre esplendorosa.
SONETO PRIVADO
A tarde no cerrado cai, aquosa
Silente, e o pôr do sol rubente
A chuva, em gota lustrosa...
lacrimeja melancolicamente
Nesta languidez, a sensação
Duma aflição, vou suspirando
Enternecido, cheio de ilusão
E, lá fora o pingar em bando
Sinto o coração palpitando
Na solidão, e no devaneio
Assim, o tempo passando
Em um suplicante floreio
Nostálgico sinto arrepio
Demanda o pensamento
E a saudade no seu feitio
Cata poesia pro momento.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 dezembro, 2024, 17’43” – Araguari, MG
E a nossa vida era assim: independentemente de
haver sol, nuvem, chuva, minha mãe sempre fazia
tudo no capricho.
(Maria Antonieta da serra do Ramalho)
Se ficarmos esperando a chuva passar, os ventos se acalmarem e o sol ficar mais frio, nunca faremos nada na vida!
Um depende do outro!
O amor é como sol e a chuva
para fazer germinar a semente,
depois de germinada dela vem eselentes frutos.
O amor encherga sim, e enchega mais profundo que qualquer olho humano. Ele consegue encontrar qualidades onde ninguém mais consegue.
O amor é infalivel.
Deus falou com Moisés através da sarça ardente, comigo Ele fala através da chuva, do sol e dos animais
Rotina
Põe-se o sol ao cair da tarde.
Surgem as estrelas no céu...
Vem a chuva depois da chegada de grossas nuvens...
Caem as folhas dos plátanos...
O dia segue a noite.
A noite se encerra com o amanhecer.
Sempre tudo igual...
Vem a primavera depois do intenso inverno.
Antes de montar algo se lê o Manual.
Flores se abrem.
Frutos amadurecem.
Sol que tudo aquece.
Coisas de rotina.
E, às vezes, você nem atina.
Caminho
No sol quente ou na chuva forte.
Pegando ônibus para ir e voltar, andando 1,6 km até chegar.
Um caminho sem muitas movimentações de pessoas, ali só carros.
Rezando todos os dias, na esperança que talvez aquilo mudasse.
Aceitei caronas de estranhos sem nem pensar; e confesso que disso eu não me arrependo.
No lugar que ia, alguns dizia que era o "melhor local do mundo para estar". Só eu sabia o que enfrentei por estar lá; conheci pessoas incríveis outras nem tanto, momentos "únicos" confesso.
Já cheguei todo molhado por causa da chuva e todo suado por causa do sol.
Quando chegava em casa, chorava, porque tudo aquilo me destruía cada vez mais.
Comentários negativos, xingamentos ofensivos, que escutava, pessoas que não se puseram em meu lugar para me criticar.
A vontade de desistir estava estampada na cara.
A esperança morrendo aos poucos.
Não era fácil...
Mas venci, aquele caminho marcado em mim, agora é só lembrança. Faz parte de uma vasta experiência que agora levo na bagagem por outros caminhos...
Fui tomada de amor pela existência, pela brisa, pelas gotas de chuva, pelo brilho do sol e pela majestade da Lua. Dentre todas as paixões, toqueio céu com a sua amizade
Se tem sol, fico na sombra;
Se tem chuva, procuro cobertura.
Coração machucado, não entra no clima.
Ciclos da Alma
Por Rizza de Morais
Neblina na serra, chuva na terra
Neblina que baixa, sol que racha
Felicidade na alma, paz que acalma
Silêncio que aquece, ternura que embala
Entre montes e vales, o tempo dança
Ora em névoa, ora em esperança
É a serra que chora, é o céu que clareia
Natureza que fala, alma que anseia
Tal como o tempo, a vida é passagem
Hora é nevoeiro, hora é miragem
Mas dentro do peito, brilha esperança
Feita de luz, de amor, de bonança
Felicidade não grita, sussurra baixinho
É vento leve, caminho mansinho
É paz que se achega sem pedir licença
É flor que desabrocha na minha presença
Não preciso de olhos que me vejam flor
Sou raiz, sou tronco, sou o meu amor
Ser feliz é saber — com alma e certeza —
Que o amor mais profundo nasce da minha beleza
