Sol
Já que o solstício privilegia aos amantes do sol que vivem no hemisfério sul, o grande negócio é o equinócio, que propicia a luz solar incidir igualmente no sul e no norte, aí, se descontentes beligerantes e armados até os dentes por lá se encontravam, se abraçam todos num grande armistício.
Caminhando sob o Sol
Sobre o duro e estéril
Solo infértil da terra salgada
escavei e ali eu achei
Um pote de sementes
Que naquela hora e lugar
infelizmente
Não serviam pra mais nada
Caminhando sob a sombra
de um chão acidentado
da terra alagada
Mergulhei e ali me deparei
Com um pote de ouro
Que naquele momento
Também não serviu-me pra nada
Palmilhando cada centímetro
do chão pisado
de meu coração sem cura
cansado e endurecido
embaixo da dor eu encontrei
um pote de amor, que àquela altura
era tardio, não valia mais nada
Procurando na terra dos sonhos
Onde eu sempre ponho
A esperança que às vezes me resta
No final de mais um dia de tortura
Encontrei um grão de sabedoria
Cristalina e pura
Ali acabou-se a procura
Finalmente eu havia encontrado
Alguma coisa que presta.
Colo
A vida nos cerca de tudo
Sem tua voz padeço mudo
É sol brilhando mas, tudo escuro...
Ao meu redor montes de gente
Corpos de carne sem qualquer mente
Me faz pensar quão indecente
É o coração de quem nada sente
Como um riso tão solto que soa demente
Dentro de mim só você...
E um espaço vazio pra te caber quando crescer
E uma vontade de se perder
De sentir frio
Pra se aquecer no melhor colo
Você.
Esquecidos nas metrópoles...
Ao acordar pela manhã sentiu algo diferente, os raios de sol invadiam o quarto que lhe parecia o mesmo, a cama não lhe era estranha, bastava um leve mexer para se ouvir o ranger conhecido das molas do colchão, continuava só, como já há muito tempo, desde quando, não se lembra bem, ainda jovem, perdera quem amava para uma doença agressiva e intratável.
Ela havia sido a única pessoa que amara de verdade, sua amiga, companheira, confidente, se conheciam intimamente, detalhe por detalhe, todos os medos, os defeitos, as dores do corpo, da mente e do espírito.
As virtudes diferiam um pouco, ela sorria mais, delicadamente vaidosa destinava bom tempo no cuidar dos longos cabelos que chamavam a atenção naquela face quase juvenil.
Ele, totalmente descuidado, cabelos e barba por fazer, achava perder tempo nesses cuidados, só os fazendo vez ou outra para lhe agradar.
Ah, como gostavam de relembrar como se encontraram.
Havia sido num retiro, desses onde muitos vão à busca de silêncio e paz quase que sempre para acalmar algumas das muitas inquietações que lhes incomodavam e, o mais incrível, ambos, de forma tão semelhante, não deveriam estar ali, fora uma decisão de última hora, deixando amigos que partiriam para mais uma festa qualquer.
Diversão igual àquela já não lhes chamava a atenção, até iam, mais para satisfazerem aos outros do que a si mesmos, mas, daquela vez, algo maior os fez mudar de ideia, uma certa intuição, como se fosse uma clamor.
Ao saírem daquele lugar de calma e tranquilidade nunca mais se separaram, continuaram trabalhando, mantendo os laços familiares, frequentavam um lar de velhinhos sem ninguém e um orfanato repleto de crianças de várias idades.
Tinham a vida social que aquele lugarejo permitia, deixaram a vida seguir seu curso, não fizeram planos, só a promessa de que viveriam um para o outro, e assim foi até quando aquele mal interrompeu suas jornadas de felicidade plena.
Porque então acordara e se sentia deslocado nessa manhã e que razões o fizeram percorrer mais uma vez esse percurso que em sua lembrança estava cristalizada?
Algo diferente ocorria, as mãos que trouxera ao rosto eram sensíveis, pele fina e com feridas, as unhas compridas, tentou levantar-se rapidamente, dores sentia pelo corpo que não lhe obedecia.
Erguendo-se com dificuldades sentou-se e, defronte a um pequeno espelho na parede, com atenção nunca tida, olhou e percebeu um rosto com os sulcos próprios de uma idade avançada, por instantes, confuso, se perguntava,
Quem era aquele refletido no espelho, alguém tão diferente e estranho, com poucos cabelos e olhar distante?
Com mais atenção percebera não estar sozinho como imaginava, parecia um grande salão, levantou-se vagarosamente e, andando não mais que dois passos, esbarrou numa cama com alguém encolhido, desviando-se, com mais um passo outra cama e outra pessoa, este sentado à cama, com o rosto do espelho se parecia e, com mais atenção, ainda sem entender direito, viu outras camas mais, chegando mais próximo de alguém com fala inaudível e o braço estendido lhe apontava uma jarra de água.
Perguntava-se, como chegara ali e quanto tempo poderia ter se passado?
Preso à memória de um tempo tão feliz, apenas envelhecera, e como os que ali estavam apenas haviam sido esquecidos.
Em memória aos que viveram num "depósito de velhos" escondido no centro de São José dos Campos, metrópole do Vale Paraíba Paulista, com 600 mil habitantes.
Uma reflexão para um país onde os que envelhecem aos milhões estão perdidos e sem memória.
Primavera
O sol vai surgindo
O dia fica mais lindo
As flores se desabrocham
Os pássaros se alegram
É primavera
Casais admiram a estação mais bela
O amor aflora na pele
Algo tão singelo
Princesas surgem do castelo
É primavera
Flores alegram as amadas
Casais nas ruas de mãos dadas
Á ultima flor cai no chão
O doce primavera vai deixar saudade no coração!
Sol e Chuva
Sol e Chuva dias tão cheio de magia.
Que ninguém entender,
Ás vezes sol, e logo chuva
Assim vem o tempo,
E hoje está sol e chuva...
O tempo tão confuso!
Não sabe se brilha ou se molha
E chuva cai sem pressa,
Não tem hora marcada
Só o tempo e capaz de entender,
O mistério da vida...
Quando a mente e capaz de desprender,
O mistério de toda beleza,
E assim também caminha minha mente
E assim vou caminhando com casacos
e botas e sobrinha,
No sonho de pura poesia!
Com sensações da magia do sol e chuva,
Que molhar e seca,
Todos meus caminhos confusos.
Ao céus hoje fiz um pedido,
que mandasse você para mim.
Deus então logo cedo
enviou o sol, que me trouxe o calor do seu corpo,
ao entardecer o vento que me trouxe seu cheiro de flor,
agora a noite as estrelas com o brilho dos seus olhos
e a lua imitando a doçura do seu rosto,
agora espero a madrugada,
finalmente por sua chegada!
Sergio Fornasari
Amanheceu,
Novo dia nasceu.
O sol brilha no céu da minha janela,
Nuvem cizenta entra por ela.
Trazendo-me a oracao do dia,
Gracias te dou Senhor, pela vigilia,
Peco tambem que vigie o meu dia.
Alimenta de amor o meu pobre coracao,
Encha-o de fé, para que eu nao caia em tentacao,
Reconheco, sim, sou pecador, por isso peco perdao.
Não é porque você errou ontem que precisa prosseguir errando hoje.
O sol nasce todos os dias trazendo com ele novas oportunidades, novos jeitos de caminhar.
Todo dia é dia para mudar!
Teu sorriso e mais belo que o sol e às estrelas
Teu perfume.... Hummmm... Ooooooooooooo dilicia não a flor que se compare com o perfume mais doce e natural como teu
Teu corpo... Puts... Se ter um forte desejo é pecado... Acho que sou o maior pecador
Troca-se o ódio pelo o amor de verdade.
a chuva pelo sol
a tristeza pela alegria
a dor pelo conforto
o imperfeito pelo perfeito
os passos pelos voos
a guerra pela paz
a morte pela vida
troca-se a insegurança pela coragem.
troca-se a infelicidade e a dor
por apenas um amor.
Dentre os muros construídos,
escolhi viver do lado
onde brilha o Sol
e nascem flores;
onde há gente que cria laços,
que respeita e divide
sendo multiplicador da Paz.
Gente que fala o que sente,
que não precisa
antingir a alguém
com intenção de chamar
a atenção.
Gente que traz
como bandeira a compaixão,
sem usar discursos
de autocomiseração.
É deste lado que eu vivo!
04/09/2015
Que mesmo em dias chuvosos, possamos ter um sol dentro de nós, para deixarmos sempre nosso coração bem quentinho.
"" Dê-me o lazer como recompensa
e todo alvoroço do nada fazer
pegue o sol e regue nosso dia
modelado por uma brisa quase suave
assim suados e cansados de bem viver
repousaremos nas nupcias do nosso desejo
pra amanhã recomeçar
na convicção de que viver bem
tem apreço e valor... ""
SO TE AMAR FAZ SENTIDO
O sol não é só uma estrela maior
É a forma de explicar o brilho que há em teus olhos
Pois seria injusto houvesse trevas no universo
Tendo eu a vastidão das tuas retinas.
E todo esse cosmos vazio
Esses errantes cometas
E essa falta de ar
Pra flutuar os planetas.
Pra quê os tons dos corais?
E o tempo gasto na rota
Por que partir e voltar
Se o ficar lá, não importa.
Tão meigo gesto da pena
Obsoleto porém
E os novos meios da escrita
Se tornam os versos desdém.
Tão infundadas e incertas
Estas questões vagabundas
De uma mente ocupada
Por nossas Almas profundas.
Encharcadas num mar de amor
Só te amar faz sentido
Quanto às respostas. Não quero
Pra mim é tempo perdido.
DESAFIANDO A PREGUIÇA
Da janela do meu quarto observo
O dia que passa marrento
E vejo o sol com preguiça
Por ser sol de outono
Lá fora, correm galinhas e patos
No terreiro mesclado pelo cimento
Onde descansam os cachorros e os gatos
Também preguiçosos
Me chamam as tarefas diárias
Mas a preguiça é contagiante
Nesse dia de sol indolente
Que parece estagnar a gente
Da janela do meu quarto observo
O quintal sem menino correndo
Ta tudo tão silencioso
Que parece natureza morta na tela
Vejo mato, cimento e ribeirão
E casas de vizinhos fechadas
Só a minha está aberta
Por preguiça minha de fechar
Deixa passar esse dia
Enquanto eu aceito o desafio
E vou fazendo poesia
Com preguiça e um assobio
(Nane-15/05/2015)
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