Sofro Calado
Minha amizade com Deus é consolidada, quando, eu falo, O ouço e também entendo o Seu silêncio, não importando o momento que eu esteja passando, amigo também tem o seu direito de ficar calado.
A Justiça deveria ser implacável com quem é corrupto reincidente. A mesma pena deveria ser aplicável a quem se cala, diante do sofrimento dos inocentes!
Quer arrumar inimigos? Fale seus posicionamentos ou a verdade para eles! Quer manter seus amigos? Fique calado ou concorde com tudo deles!
Deleita-me a visionar o invisível dos olhos nos pensamentos!
Deleite-me a construir meu mundo,meu tudo calado,deveras me ausento, das casas de vento,do sopro da mariposa,da formula do elixir,da cura da mente,que se sente agora,maldita escola do mundo aprender,viva apos vida e logo morrer!
Não é que tudo me lembre você.
É porque eu nunca te esqueci.
Não é que eu era tão calado.
É porque eu adorava te ouvir.
Não é que eu não gostava de mim.
É que eu amava mais você do que eu.
Fui calado pela minha própria inspiração.
Proibido de anunciar a paixão.
Versor esquecidos e frases jogadas ao chão.
Feliz e infeliz, não era isso oque eu sempre quis.
*Na intimidade dos meus pensamentos guardei algo só meu,um sentimento ingênuo de quem ama em silêncio. E assim vou vivendo.*
Dia desses, ainda viro mar
“Há uma santidade nas lágrimas. Não são marca de fraqueza, mas de força. São mensageiras da dor incontrolável e de amor indescritível.” Washington Irving
Daqui, ando com um choro pouco religioso. Meu choro é calado, mora apertado no peito. Tem momentos que eu o sinto revirando-se desajeitado, procurando um lugar mais confortável para ficar. Porém não escorre. É choro acrobata, conhece a complexidade da vida, contorce-se, mas não fica onde deveria estar e não encontra o caminho do rio onde as lágrimas vão de encontro ao sol.
Somos amigos antigos e ele se lembra de cada dia em que a vida o fez pulsar e aumentar seu volume. Ele é sensível, é poeta que rima dentro de mim.
Às vezes luto para que ele se vá, encontre as portas do olhar que lhe abrirão horizontes, mas meu choro é confuso, teme o abismo da liberdade que a expressão do sentimento proporciona.
Ah, choro carente, não percebe que sua gota é semente, que seu sal é força e que sua queda pode ser voo?
Mas hei de me programar e guia de um choro perdido serei. E chorarei. Por três dias e três noites em tempestade e calmaria. Até que a pressão termine, até que o coração se acalme, até que a vida se lembre que ser sensível para fora também é uma opção.
Um dia desses, ainda viro mar.
Calado
Paz mental. É tudo que preciso. Somos capazes de encontrá-la em qualquer lugar, mas é preciso ser rápido, pois se disfarça nas sutilezas dos ambientes. Encontrei paz em um andar vazio. Havia uma cadeira que parecia ter sido feita por encomenda. Bebericava um café amargo. O ar condicionado era o único barulho, e era sublime e confortava meu coração. Encontrei paz em um bar restaurante maltrapilho. Havia uma mesa de sinuca que eu acabara de jogar. A cozinha estava fechada com uma placa acima “Visite minha cozinha”. Entornava uma cerveja morna. Uma barata desfilava sobre a placa serenamente e despreocupada com o ambiente, e naquela vez ainda estava relaxado, como se todo o barulho houvesse se tornado sussurros ao vento e eu conseguia filtrar o que gostaria de ouvir e ouvia consolos fraternos à entes queridos. Encontrei paz numa mesa empoeirada de madeira. Um jornal aberto numa notícia de meu agrado. Ingeria uma sopa para aquecer meu peito. Ouvia novidades de um velho amigo, enquanto observava um quadro com velhinhos sobre uma mesa, provavelmente descrevendo suas desventuras. Não deveria registrar nada, deixe que os outros registrem. Com o passar do tempo dizem que tudo vem à tona. O ruim, talvez tenha sido o bem. O desleixo pode ser sinônimo de felicidade. Paz mental. É tudo que preciso.
Cada vez que a abraço mais difícil se torna encontrá-la. Restou apenas acompanhar o passar do ponteiro do meu relógio, e talvez o silêncio reine novamente.
Triste
decisões oblíquas
ilusões colossais
vindas de espíritos opacos
triste
por natureza translúcido
nunca soube quem sou eu
conto agora minha história
de lutas e glórias
mas vem um louco sádico
acádico arcaico
me dizendo o que devo fazer
RAM!!! vou dizer:
ou melhor o meu querer
se expande do meu ser
vai além do que posso ver
olha aqui seu doutor
sou um mendigo desgraçado
em pais capitalizado
quase não como
quando bebo falo meu vômito
minhas entranhas, minha esperança
meu povo empalidece
mas não se esquece
chão rachado
vento calado
mas aqui a fome
não tem outro nome
bota mais água no feijão para o homem
aquele que consome a vida social
SOFRER
"ÁS VEZES A VONTADE É DE REVELAR,
COM PALAVRAS TUDO O QUE DENTRO
GUARDAMOS.
MAS A RAZÃO PRENDE A VOZ,E SOLTA
O CORAÇÃO.
ESTE, SEMPRE SOFRE CALADO."
ROLDÃO AIRES
POMEMA PARA INOCENTES - JAS
Ladrão quando ajuda pobre
É para ele ficar calado,
aplaudir os seus delitos
e dizer muito obrigado!
Isto é cumplicidade
é do crime fazer parte
É também ser desonesto
Farinha do mesmo saco!
Sometimes your silence says more about you than when you speak.
As vezes o seu silêncio diz mais sobre você do que quando você fala.
Sabe porque não falo muito? Porque não tenho voz para as pessoas, ou elas me interrompem, falam por cima , ou simplesmente porque não quero.
