Sociedade poesia

Hoje, a nuvem é a metáfora central da internet: um sistema global de grande potência e energia que ainda assim retém a aura do numenal e do numinoso, algo quase impossível de entender. Nós nos conectamos à nuvem; trabalhamos na nuvem; guardamos coisas na nuvem e recuperamos coisas dela; pensamos pela nuvem. Pagamos pela nuvem e só a notamos quando ela não funciona. É algo que vivenciamos o tempo todo sem entender de fato o que é e como funciona. Estamos nos treinando para depender da nuvem apenas a partir de uma noção nebulosa do que se confia a ela e o que se confia que ela vai fazer.

A onda que mais carrega o progresso dos últimos séculos tem sido a ideia central do próprio Iluminismo: que mais conhecimento - mais informação - conduz a melhores decisões.

Jesus disse: “Que adianta ao homem, ganhar o mundo e perder sua alma”. É exatamente isso que estamos fazendo na atual sociedade. Queremos a todo custo ganhar o mundo, mas não fazemos nenhum esforço para ganhar a vida espiritual.

O mundo, o mundo social, era insuportavelmente complicado, dois bilhões de vozes, os pensamentos de todo mundo a se debater, todos com igual importância, investindo tanto na vida quanto os outros, cada um se achando o único, quando ninguém era único. Era possível afogar-se naquele mar de irrelevância.

Religiões e sistemas morais, inclusive os dela, eram como picos numa majestosa cordilheira vista muito ao longe, nenhum deles claramente mais alto, mais importante, mais verdadeiro que os outros.

Uma pura sorte, virmos ao mundo com as partes devidamente formadas e no lugar certo, nascermos de pais carinhosos, e não cruéis, ou, por acidente geográfico ou social, escaparmos à guerra ou à miséria. E, por conseguinte, acharmos facílimo ser virtuosos.

Precisávamos dizer em voz alta todas as coisas amargas, negativas e perversas que pensávamos. Os remédios, os hormônios e a constante frustração da nossa vida nos tornam babacas, e não temos permissão para sermos babacas em público, porque as pessoas não gostam.

Mas talvez todas as vidas parecessem maravilhosas se tudo o que você visse fossem os álbuns de fotos...

Todos queriam ser ricos e bonitos, mas os verdadeiramente ricos e belos tinham que fingir que eram iguais aos demais.

"Cultive bons pensamentos constantemente em sua mente, dessa poderá emitir energias boas para todos que encontrar."

Muitas pessoas com baixa autoestima irão até os confins da Terra para encontrar o insulto por trás do elogio.

Vivemos num mundo distorcido, onde tudo, tanto o grande quanto o pequeno, está sujeito a vigilância, e onde qualquer coisa que tenha valor sempre será explorada.

Aqueles que espionam as pessoas acabam sendo espionados por elas. Existe uma lógica democrática fundamental nisso.

Não é como se nossas leis fossem códigos morais - elas são apenas um conjunto de regras criadas por políticos para se manterem no poder.

Você tem pessoas andando com todo o conhecimento da humanidade em seu telefone, mas elas não têm ideia de como integrá-lo. Nós não treinamos as pessoas para pensar ou raciocinar.

À medida que cada homem acumulava mais informações para seu próprio ponto de vista, cada um se tornava mais dogmático, e as inadequações em seus modelos do mundo mais rígidas.

As mulheres não devem julgar as vidas umas das outras, se não tivermos passado pelo fogo umas das outras.

Ah, esses falsos moralistas, conservadores de araque, que se dizem defensores da moral e dos bons costumes, não perdem por esperar, pois haverá um momento em que todos perceberão que eles não passam de embusteiros, adeptos do seguinte ditado popular " faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".

Não existe uma "cara de índio", mas sim uma identidade que nos torna pertencentes a um povo.

Particularmente, não suporto falta de diálogo e falta de prestação de informações em nenhum setor da vida, e estratégia de 'cortina de fumaça' não cola comigo de jeito nenhum. Sinto cheiro de indecência de longe mesmo quando ando querendo me enganar.