Sociedade
Dai aos homens um fuzil e eles logo inventarão uma legião para-militar; dai-lhes um amuleto e eles logo forjarão uma seita; dai-lhes uma ideologia e eles só enxergarão o mundo através dela; um cargo e logo se tornarão autoritários incontinentes
Retirai de circulação a literatura, o agiotismo e o comércio, e a civilização perderá por completo sua identidade
Ciúmes: o ser humano é o único animal que para “preservar” o objeto de sua paixão o inferioriza, o desqualifica, o humilha e o derrota.
Cansados de buscar verdades e desculpas para justificar-se, os homens se entregam às mais variadas formas de mentiras. Entre todas, a mais ordinária é a da cidadania.
Enquanto o Estado e seus barrigudos se vangloriam de ser o “bem comum”, as massas imploram e rezam por algo como um “bem extraordinário”, uma pílula miraculosa, uma lobotomia.
O fofoqueiro não é desprezível apenas por caluniar, por intrometer-se na vida dos outros e por infernizar as relações sociais. Ele é visto como o mais abjeto dos seres, porque silencia quando o caluniado aparece.
Existe desgraça maior do que a de ter nascido num país que se orgulha de produzir automóveis enquanto importa trigo?
Dos fingimentos sociais mais comuns, chamam-me especialmente atenção o da fidelidade, o do engajamento social e o da crença em deus.
Se a cobra de prata, que levo ao pescoço, pudesse picar-me cada vez que me surpreende agindo como o populacho, tudo em mim já estaria envenenado.
Quase sempre os homens e as doutrinas que pretendem nos obrigar a ser livres, são tão opressores como aqueles que nos forçam a ser escravos.
Quem vive muito tempo fora do Brasil, ao voltar para cá, tem a nítida impressão de que para esse povo, o feijão e o arroz são alucinógenos.
A POESIA E A SOLIDÃO (B.A.S)
A poesia e a solidão sempre tiveram uma certa afinidade. O momento solitário sempre foi rico para o poeta, o filósofo e o místico.
Schopenhauer costumava dizer que a semana tem seis dias de sofrimento e um dia de tédio. As pessoas se escravizam demais no trabalho e terminam aprisionadas no tédio no último dia.
A nossa sociedade moderna perdeu a unidade, a mística, o olhar mais belo. Nos aprisionamos no capitalismo, liberalismo e outros "ismos". Com isso nos afastamos do utópico para reverenciar o "status quo". Como dizia o filósofo alemão Heidegger, nossa época é caracterizada pelo esquecimento do "ser". Nossas aspirações modernas são o "ter". Possuir cada vez mais e mais. Com isso um vazio existencial se instala em nós, destruindo-nos lentamente.
Precisamos acordar rápido para reavivar o Belo em nós. O homem moderno perdeu a capacidade criativa, gerada de si mesmo, perdeu sua identidade, sua singularidade, e mais, perdeu sua liberdade.
Valorizar a cultura, as artes, a criação espontânea, a religiosidade, a poesia são caminhos viáveis e alegres.
Enfim, as grandes mudanças ocorrem no silêncio, no vazio, na simplicidade. É preciso aquietar-se, mesmo que por um breve instante, e ouvir os versos que a vida nos dia. Dizia Rollo May: "Toda história do homem é um esforço para destruir a própria solidão".
(Bartolomeu Assis Souza, Jornal Lavoura e Comércio, Uberaba, 28/07/2001, Caderno Especial A-07)
Sempre existirão gênios científicos e religiosos para desmoralizar sociedades inteiras de idiotas...
Esquecem que a vida é nossa e não dos outros e se estabelece preso ao tradicional e esquece de viver, na tranquilidade e paz de ser, estar e sentir!
Nesse contexto de pensar a fotografia como instrumento de transformação social faz se necessário que as pessoas reconheçam essa responsabilidade.
Dedique o tempo para conhecer a si mesmo e descobrir o que de fato você é, seus desejos, sua força, sua fraqueza. Depois desta experiência volte para a sociedade e então tu não serás mais o mesmo, mas obterá uma coragem para realizar teus sonhos.
Se as mulheres na maior parte novas são vítimas do instinto doentio e animal do homem. Tanto a tolice feminina quanto o instinto doentio e animal do homem são frutos da sociedade. Ao educar o indivíduo na busca saciável e implacável pelas destruidoras relações humanas que afasta o próprio indivíduo do seu próprio eu interior.
No passado as putas eram como Ferrari e Lamborghini. Já as garotas da rua que davam pra todo mundo eram como fusquinhas. Hoje até as putas viraram fuscas.
Não pretendo ser o melhor, mas confesso que estou feliz por ser diferente e contentar com o que há de melhor numa sociedade tão egotista e avassaladora.
