Sociedade
Se o dinheiro não pode comprar a felicidade, ele certamente deixa você escolher sua própria forma de miséria.
As pessoas tem uma péssima mania de usarem seus defeitos como autodefesa para suas atitudes irresponsáveis.
As pessoas estão sempre gritando que querem criar um futuro melhor. Não é verdade. O futuro é um vazio apático que não interessa a ninguém. O passado está cheio de vida, ansioso para nos irritar, provocar e insultar, nos tentando a destruí-lo ou a repintá-lo. A única razão pela qual as pessoas querem ser donas do futuro é para mudar o passado.
A gente é criada para ser assim, mas temos que mudar. Precisamos ser criadas para a liberdade. O mundo é grande demais para não sermos quem a gente é.
Nem sempre podemos construir o futuro para nossa juventude, mas podemos construir nossa juventude para o futuro.
Temos mesmo que começar a cuidar uns dos outros e parar de lucrar com as misérias alheias. Essa não deveria ser a nossa realidade.
Percebo que um homem tem que decidir não divulgar nada de novo, ou então tornar-se um escravo para defendê-lo.
Você acha que, se não colocarmos uma foto de nós mesmos na internet, não existimos? Pare de olhar a vida através de uma câmera e aproveite-a com seus olhos.
Se as pessoas não tiverem vínculos profundos com sua memória ancestral, com as referências que dão sustentação a uma identidade, vão ficar loucas neste mundo maluco que compartilhamos.
A verdade é que a maioria das pessoas não muda de ideia. Elas simplesmente morrem. Então, se elas não morrerem, ficaremos presos às velhas ideias e a sociedade não avançará.
Marielle permanece viva e como um farol de esperança pelo mundo afora para as pessoas que acreditam profundamente na possibilidade da transformação racial no Brasil, nas Américas e por todo planeta. Ela não acreditava que o racismo estava destinado a ser uma característica permanente da sociedade, mesmo com o legado de 500 anos, ainda assim poderia ser abolido.
A representatividade é importante, porque não basta ser mulher e mulher negra, mas tem que estar comprometida com as questões, e eu estou. Comprometida com as pautas feministas, com a questão racial, com a agenda dos direitos humanos no Brasil.
Investir em cultura não é caridade: é uma parceria que ajuda a projetar o Brasil internacionalmente.
Há muitas coisas engraçadas no mundo. Entre elas, a noção de que o homem branco é menos selvagem do que os outros selvagens.
Temos de aprender a encarar as pessoas menos à luz do que fazem ou deixam de fazer, e mais à luz do que elas sofrem.
