Sobrevivência
O meu sorriso esconde lágrimas que nunca caíram.
Minhas cicatrizes são marcas de sobrevivência.
Minha força esconde medos que ninguém imagina.
Perdas, renúncias e decisões irreparáveis.
Então não me julgue somente pelo que aparento ser, ninguém nunca percebeu e ainda existe muito a ser dito se o universo permitir.
Trate a natureza com amor, respeito e gratidão. Pois, a nossa vida e sobrevivência no planeta depende das nossas ações e responsabilidade perante a mãe Gaia.
A maturidade cobra caro pela sobrevivência, mas as duas estão condicionadas a paciência de suportar o processo.
Pobreza é uma condição de sobrevivência, não questão de qualidade, dignidade e humildade e sim classificação na classe social econômica.
A SOBREVIVÊNCIA - MANGUE
- Recife -
POEMA I
E a ponte esvai-se pelo rio
trêmula navegante nula;
nas suas cáries residimos
logicamente crustáceos.
Bípedes arquitetando sombras,
planos rostos refletidos: nunca,
no aquático espelho dos sobrados
sustém o eco dos sentidos desusados
que mordem das impegadas mãos o tato.
Incerta lama convivida:
alma lama reanscida ao sol.
Anfíbio (caranguejos, siris, meninos)
o peito ereto, as mãos para cima,
trazem as bandeiras de medalhas-lama.
Do céu ganhou a armação
em ossos; um nato esquife.
E o recheio, que lhe desse o rio.
Lá na Ponte Giratória, por mais que gire:
ossos que vivem a sobreviver de ossos!
(Publicado na antologia Presença Poética do Recife, de Edilberto Coutinho, Arquimedes Edições, SP, 1969 e 2ª edição, UFPE, 1977.)
A força se desenvolve pelo exercício; a atividade é uma condição para a sobrevivência. Os que procuram manter a vida cristã aceitando passivamente as bênçãos concedidas por meio da graça, e nada fazem por Cristo, estão simplesmente tentando viver apenas do alimento, sem exercitar-se. E no mundo espiritual, como também no material, isso sempre resulta em degeneração e ruína.