Sobrevive Amor Acima de tudo

Cerca de 415355 frases e pensamentos: Sobrevive Amor Acima de tudo

Impassível diante do dragão

Há quanto tempo nos conhecemos?
Sei la...
Eu vinha, você ia... foi um encontro comum, casual.
Milhares já se encontraram assim,
Depois eu comecei a sentir algo,
Talvez uma saudade sem razão,
sei lá...
Não era tristeza, não era alegria,
Era uma indecisão de amar você,
E eu passava momentos, olhando para a frente,
Desligado, sem ver nada.
Engraçado! Olhava e não via!
Estava absorto, parado, consumido por mim:
Uma verdadeira estátua em introspecção!
Estava "Encucado"
"Encucado" com ausência que era presença.
E de repente, a interrogação indecisa foi evaporando,
E eu vi dentro de mim que era amor.
Você estava enquadrada no que eu queria,
Desde o sorriso até as lágrimas.
Você era o sim diante do altar,
Você era a mão certa na escada incerta
Você era o horizonte nítido...o agasalho...
Mas eu cometi um erro...
Não perguntei se eu também era tudo isso para você.
E a verdade é que não era.
Eu não estava enquadrado no que você queria,
Eu era o não
Não era sorriso, não era agasalho, não era nada....
Era um ser andante maravilhosamente invisível para você.
E de repente, a exclamação veio em "Closed"
E eu fiquei afirmando seus defeitos,
Fiquei procurando tudo o que você fazia de errado,
E você não fazia nada.
Fiquei torcendo para você me decepcionar.
Afundei-me como arqueólogo nas ruínas da sua imagem adorada,
E você permaneceu intacta.
Eu quis desmanchar a ilusão,
Quis vomitar um amor que me assentava bem,
E torci para você me decepcionar.
Eu queria tanto sentir raiva de você,
ódio!
No entanto, você se manteve a mesma,
Impassível diante do dragão no qual me transformei.
Então, me decepcionei comigo,
Porque não compensei o que queria
Com o que sentia.
E numa noite não muito longe,
Resolvi selar a carta da despedida.
Fechei os olhos,
As lágrimas pingaram uma a uma,
E eu adormeci, sonhando o sonho da aceitação!!!!

Lá no interior eu era mais feliz, tinha paz
mental. Gozava a vida e não tinha nenhuma enfermidade. E aqui em
São Paulo, eu sou poetisa!

Diante de uma tentação, um cristão se tornará um mártir ou um idólatra.

Se não formos vigilantes e corajosos, continuamos na mesmice da rotina e decadência.

⁠O segredo do sucesso é conquistar aquilo que o dinheiro não pode comprar.

Faxina pra ela chegar.


Ele estava la, sentado com seus milhões de idéias.
Com a cabeça encostada no tédio, de tanto que as coisas se repetiam.
De tanto que ele tava cansado, sem muita expectativa de novas surpresas.
Afinal, era todo mundo tão igual e previsivel.


E as coisas tao parecidamente identicas.
Como ver a Lagoa Azul, mais uma vez.
E ele se dopava de risos, whisk's, cigarros, e tanto mais.
Pra ver se ficava tudo menos chato.


Ae, quando ele tava lá, tão conformado com a chatice.
Com aquele cigarro acabando na mão, esgotando os pulmões,
esgotando o tédio, esgotando o tempo na internet e a paciência dele.

Ele olhou pro lado. Ele olhou pra ela.
Ae, ele sempre lirico, se deixou levar.
E por que não?
Se ela estava lá.
Aquela imponente presença de dedos longos e finos segurando,
um cigarro que parecia queimar a paciência dela e o tédio dela,
tanto quanto o dele.
Pessoas tão diferentes e ele via ali, tanta coisa em comum.

E agora, ele estava preso.
Ele que tanto falou em 'finalmente liberdade'.
Estava ali entregue, sem lutar, por vontade própria.
Ele estava ali, e tinha se esquecido do tédio, tinha se esquecido
de encostar a cabeça.
Ela havia trazido naqueles olhos vivos, a vontade da renovação.
E ele queria se renovar, queria mudar tudo, pra que quando ela
viesse pra vida dele, ela encontrasse tudo de alguma forma,
arrumado pra ela.

E agora, lá estava ele, faxinando tudo.
E esperando ela chegar.

Da boca dos poetas mais amadores saem as palavras mais belas e puras,mesmo que poucas e curtas são palavras que gritam de um coraçã que ainda tem esperança.

Quem conhece o solo e o subsolo da vida, sabe muito bem que um trecho de muro, um banco, um tapete, um guarda-chuva, são ricos de ideias ou de sentimentos, quando nós também o somos, e que as reflexões de parceria entre os homens e as coisas compõem um dos mais interessantes fenômenos da terra.

Machado de Assis
Quincas Borba (1891).

"Marxistas não ligam a mínima para a verdade porque acreditam que a única verdade é a do processo histórico, do qual eles próprios pretendem ser os condutores. É o pretexto mais elegante que alguém já encontrou para inventar a verdade a seu belprazer. Nunca a expressão 'donos da verdade' se aplicou tão perfeitamente. Fazem com a dita cuja o que bem entendem.
É difícil deixar de ser marxista porque o marxismo é um prazer narcisístico indescritível."

"vc está me devendo um sorvete de sabor igual ao seu Beijo"!
"Quero um sorvete do sabor de seu beijos"

Vi caráter onde não tinha... vi bondade onde só havia mágoa... acho que vi com olhos de Cristo!

cabelos ao vento
sorriso largo
sacudo a poeira
dou a volta por cima
e entro com o pé direito
olhos bem abertos
coracao desperto
ligo o sinal de alerta
vou pé por pé
fazendo muito barulho
de alegria e felicidade
estouro a champagne
visto-me confortavelmente
de branco e paetê
danço um samba lelê
canto alto
sinto ainda mais alto
emociono-me
choro de felicidade
e vamos q vamos
rumo à finalidade
de sermos e estarmos
imensamente felizes!!!

A cada verso teu
Tira-me um sorriso meu.
A cada música tua
Me inspira e me faz flutuar.
A cada palavra dita
É o amor, que tenho para lhe dar.

Errar uma vez é humano, duas é burrice e três é por opção; de livre e espontânea vontade.

seja o que for, era melhor não ter nascido,
porque, de tão interessante que é a todos os momentos,
a vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger,
a dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair
para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas,
e ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos,
entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs,
e tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso,
com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida.
cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços,
é preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas...
por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro,
tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca...
que há-de ser de mim? que há-de ser de mim?

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado não sei.
De nada me serviria sabê-lo
Pois o cansaço ficaria na mesma,
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto –
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma tranquilidade lúcida
Do entendimento retrospectivo...

Álvaro de Campos
Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática, 1944.

⁠Reze, tenha esperança e não se preocupe. Deus é misericordioso e ouvirá a sua oração.

Último Soneto

Que rosas fugitivas foste ali!
Requeriam-te os tapetes, e vieste...
--- Se me dói hoje o bem que me fizeste,
É justo, porque muito te devi.

Em que seda de afagos me envolvi
Quando entraste, nas tardes que apareceste!
Como fui de percal quando me deste
Tua boca a beijar, que remordi...

Pensei que fosse o meu o teu cansaço ---
Que seria entre nós um longo abraço
O tédio que, tão esbelta, te curvava...

E fugiste... Que importa? Se deixaste
A lembrança violeta que animaste,
Onde a minha saudade a Cor se trava?...

Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases; o algarismo não tem frases, nem retórica.

Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país, dirá:

– Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito superior a todos os direitos.

A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:

– A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não lêem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles; é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber porque nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.

Replico eu:

– Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições...

– As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: "consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação"; mas — "consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%". A opinião pública é uma metáfora sem base; há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: "Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem..." dirá uma coisa extremamente sensata.

E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos e ele tem o recenseamento.

Machado de Assis
Ilustração Brasileira, 15 ago. 1876.

Num momento estou feliz
No outro estou triste
Esqueço sempre que sou uma pessoa
Com erros e acertos
A pior parte e que eu
Tenho que errar para aprender.